quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

river campeao!

"El mas grande sigue siendo River Plate, por su estilo, sus estrellas y su gente. Porque River no se vende, porque se lleva en la piel y en cualquier lugar que este siempre va al frente.."  toca e toca cada vez mais alto o hino do River Plate, o campeão da Copa Sulamericana de forma invicta que lava a alma com fúria e coração. 8 vitórias, 2 empates e uma conquista irretocável que coloca o conjunto de Nuñez na rota de voltas olímpicas em âmbito continental.Um processo de reconstrução que vai além das quatro linhas, que teve início com a saída da nefasta gestão de Daniel Passarella. Rodolfo D'Onofrio assumiu a presidência apostando pelo retorno de jogadores históricos ao comando gerencial do futebol. Com Beto Alonso e Enzo Francescoli - ídolos dos anos 80 e 90 -  agora como diretores, o River foi atrás de Ramon Diaz, seu histórico e folclórico treinador. O mais vencedor D.T millonario escolheu o bom e velho 4-3-1-2 riverplatense como seu estandarte tático. O título do torneio final de 2014 resgatou o toque de bola e o retorno aos títulos que estancam o orgulho ferido após o traumático rebaixamento em 2011.
Campeão do Torneio Final 2014: Sempre no 4-3-1-2 de Ramon Diaz, o River voltava a ser campeão e mostrar bom jogo
Daquele time ainda permanescem 6 titulares: Marcelo Barovero, Gabriel Mercado, Jonathan Maidana, Leonel Vangioni, Ariel Rojas e Teo Gutierrez. No miolo de zaga Pezzella assumiu a condição de titular na reta final com a lesão de Jonatan Maidana. Na cabeça de área, após a saída de Lobo Ledesma, Gallardo deu chance a Kranevitter. O jovem, saído das canteras millonarias, vinha jogando o fino como o encarregado do primeiro passe e da marcação do enganche rival. Contudo, uma lesão séria fez de Ponzio o novo "velho" regista. O veterano se destacou pela inteligencia tática e a boa e velha chegada maliciosa de quem tem temperamento e "maneja los tiempos". Para o lugar do colombiano Carlos Carbonero, o River foi atrás do uruguaio Carlos Sanchez, que havia disputado a B Nacional em 2012, tendo escasso destaque e partindo para terras aztecas. Na armação, o River contratou junto ao Argentinos Juniors o veterano Pisculichi. O meia, honrando a tradição do clube de La Paternal foi o fator determinante na conquista, substituindo Lanzini com propriedade. O gol decisivo contra o Boca e o protagonismo na finalíssima, deixam Piscu como um dos maiores personagens da conquista. No ataque, Teo Gutierrez e Rodrigo Mora fizeram dupla entrosada e goleadora. Mora, que estava emprestado a La U de Chile, retornou em grande estilo para substituir Fernando Cavenaghi, o centroavante histórico, que perdera o segundo semestre em quase sua totalidade por uma grave lesão.


Na decisão um duro e bem organizado Nacional de Medellín. Juan Carlos Osorio, el profe, foi mais conservador, desfazendo o 3-3-1-3 da primeira partida e espelhando o seu time no 4-3-1-2 com Edwin Cardona como enganche, marcado de perto por Ponzio. Os primeiro 20 minutos foram de "pierna fuerte". Muitas dividas, faltas e chutões. Nesse período vimos 10 faltas em 20 minutos com uma média de uma infração a cada 2 minutos. Pouco jogo e chances apenas em bolas paradas com Pisculichi. O Nacional esperava em 3/4 do campo, especulando com marcações determinadas e saída rápida com Orlando Berrio pelo flanco direito contra a marcação de Vangioni. Ruiz, o centroavante mais adiantado, ajudava para cobrir o lado direito e as eventuais subidas de Mercado - que retornava após suspensão. Na meia cancha, Mejia era o regista verdolaga. Tudo passava por ele, incluindo o primeiro passe e outros mais longos - de 30 a 40 metros - que eram bem controlados pelos zagueiros German Pezzella e Ramiro Funes Mori. Bernal e Farid Diaz perdiam os seus duelos contra Carlos Sanchez e Rojas, e assim, os millonarios tiveram seus melhores momentos dos 20 aos 35 minutos.O River, mais descansado, mostrava intensidade para roubar a bola dos colombianos em seu campo. Teo Gutierrez e Mora, mano a mano contra Najera e Henriquez, tiveram boas chances frente a frente contra Armani, no entanto, o goleiro argentino do Medellin se fazia luzir a cada intervenção. Teo perdeu três belas chances, mantendo os cafeteros no confronto. Contudo, a grande chance Verdolaga viria em uma ótima trama de contra ataque e uma triangulação de Cardona, Berrio e Ruiz, que só não terminou em gol graças ao pé salvador de Barovero.


Por José Victor e Felipe Bigliazzi

terça-feira, 22 de julho de 2014

Nacional(PAR) 2 x 0 Defensor - O Nacional Querido acaricia a final da Libertadores

Com um Defensores del Chaco repleto,  Nacional e Defensor começaram a decidir a semifinal mais underground de Libertadores dos últimos anos. Agraciando aos muitos torcedores de Olímpia e Cerro Porteño que apoiavam o tradicional clube do bairro Obrero de Assunção, a partida foi intensa e cheia de alternativas. O Nacional soube se impor ao quadro uruguaio, abrindo uma ampla vantagem no confronto de ida.
 
Postado pelo treinador Gustavo Morinigo no tradicional 4-4-2 britânico, o conjunto paraguaio começou o jogo dentro do campo do rival, explorando a velocidade de seus meias extremos. Tudo acontecia pela esquerda, onde Julián Benitez atuava as costas do jovem lateral Enrique Etcheverry de apenas 18 anos.
 
A estratégia do Defensor era esperar com suas duas linhas de 4, chamando o quadro local em seu campo para abrir espaços no contra-ataque. Fernando Curutchet escalou o conjunto violeta no 4-4-1-1, com De Arrascaeta muito apagado na função de enlace, deixando o centroavante Matias Alonso isolado entre os zagueiros guaranis. Os uruguaios abusavam da ligação direta e dos erros de passes.
 
Com a intensidade característica dos times paraguaios, o Nacional passou a pressionar na segunda metade do primeiro tempo. A dupla de volantes, Riveros e Torales, subia bastante ao ataque, arriscando chutes de media distancia. O gol era uma questão de tempo, e foi ali, pela esquerda, que Julian Benitez encontrou Brian Montenegro - recém contratado junto ao Libertad - para abrir o placar com um lindo tiro a queima roupa: 1 a 0 Nacional querido.
 
O Defensor seguia impreciso, desarticulado, com o prodígio Giorgian De Arrascaeta irreconhecível. Os únicos lapsos do Defensor vinham através de Felipe Gedoz pelo flanco esquerdo.  No último lance da primeira etapa, o garoto de Muçum quase empatou o jogo em uma bela cobrança de falta que beijou a trave de Nacho Dom.
 
No segundo tempo, Fernando Curutchet adiantou as linhas do Defensor, abrindo a defesa e se expondo para os contra-ataques puxados pelo trio Derlis Orué, Melgarejo e Julian Benitez. Não fossem as intervenções do goleiro Campaña, o Nacional teria ampliando logo nos primeiros 10 minutos.
 
Eis que,  Curutchet decidiu apostar na experiência de Nico Oliveira, o artilheiro do reggae, que diferentemente dos confrontos frente ao The Strongest e Nacional de Medellin, pouco aportou ao ataque violeta. O segundo gol paraguaio já madurava, e após erro crasso na cobertura de um escanteio, Derlis Orué acertou um lindo chute para definir o placar. Curutchet ainda apelou para o jogo aéreo com o ingresso do grandalhão Joaquim Boghossiam.
 
 
O Nacional se fechou nos minutos finais com o ingresso do zagueiro Fabian Balbuena que formou uma linha de 3 defensores ao lado de Caceres e Piris, assegurando uma vitória segura, maiúscula que encaminha o Nacional Querido a uma final inédita. Para o Defensor vale lembrar que nas oitavas de final foi derrotado em La Paz pelo mesmo placar no jogo de ida. Em Montevideo, conseguiu remontar a série vencendo o The Strongest por 2 a 0 e levando a vaga nos pênaltis.
 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A CRONOLOGIA TÁTICA DA ARGENTINA: ES EL EQUIPO DE SABELLA!

A Argentina está na final e deve muito a seu treinador. Diferente de Scolari, Alejandro Sabella nunca se conformou com o irregular rendimento de seus comandados. Com as lesões e o pouco funcional 4-3-1-2 -  esquema fetiche durante as eliminatórias - Sabella  foi encontrando o equilíbrio passo a passo, sempre com variação tática e leitura correta dos rivais. Contra a Bósnia, Pachorra surpreendeu a todos com um 3-5-2 pouco usual em seu ciclo. Campagnaro e Garay como stoppers e Federico Fernandez como líbero, constituíam o tripé defensivo. O esquema não funcionou. Com um meio campo despovoado, a seleção albiceleste teve pouca posse de bola, abusando da ligação direta com Mascherano. No segundo tempo, Sabella desfez o erro estratégico, posicionando a Argentina no 4-3-1-2 com os ingressos de Gago e Higuaín. O volante do Boca Juniors trouxe mais cadência ao time, ao passo que Messi, mais próximo do gol adversário e com Higuaín como sócio, anotou um gol ao seu estilo para fechar a primeira vitória.

Para o duelo frente aos iranianos, Sabella decidiu manter o esquema padrão com Messi como enlace para municiar Higuaín e Agüero. Eis que, o ferrolho iraniano de Carlos Queiroz e a pouca mobilidade do ataque fez com que a Argentina não encontrasse o caminho em Belo Horizonte. Outra vez, a seleção albiceleste deixava uma pobre imagem, apesar da genialidade de Messi que garantiu a vitória com um golaço agônico. Contra a Nigéria, o 4-3-1-2 seguiu em voga. Porém, os graves defeitos defensivos ligaram o sinal de alerta para Sabella. Era preciso mudar algumas peças e criar alternativas para dar mais solidez a um time excessivamente ofensivo. A lesão de Kun Agüero foi um convite para Sabella  posicionar uma nova seleção argentina.

3 vitórias, muito questionamentos por parte da impressa e alguns pontos de interrogação marcavam a trajetória na primeira fase. Com este cenário chegava a Argentina para encarar a Suíça pelas oitavas. Com a lesão de  Kun Agüero e a suspensão de Marcos Rojo, Sabella decidiu armar um 4-2-3-1 inédito. José Basanta, de maior pode defensivo foi escalado na lateral esquerda. No meio de campo, Biglia ganhou o lugar de Gago, formando ao lado de Mascherano, uma dupla de volantes de muito coração para recuperar a posse de bola. Na linha de armadores, Di Maria foi para a ponta direita, com Lavezzi pelo lado oposto. Messi, ficava centralizado, com Higuaín isolado no comando do ataque. Jogo duríssimo, nervoso, definido na prorrogação com uma roubada de bola de Palácio em campo rival e uma nova genialidade de Messi para servir Di Maria. O posicionamento do meia do Real Madrid, invertido por Sabella, acabou sendo decisivo.
Contra a Bélgica, com muita coragem e convicção, Sabella decidiu novamente mudar o esquema. Pachorra postava a Argentina no 4-4-1-1 como nos seus tempos de Estudiantes. A estratégia era dar a bola para os belgas e explorar os contra-ataques pelos flancos com Lavezzi e Di Maria. O gol de Higuaín ajudou a fomentar essa ideia. Com a lesão de Di Maria, Enzo Perez assumiu o posto pelo lado esquerdo da segunda linha argentina. Com personalidade e muito sacrifico, o ex- Estudiantes soube suprir a ausência de Di Maria. Na zaga, Sabella decidiu colocar Martin Demichelis no lugar do inseguro Federico Fernandez. O zagueiro campeão inglês com o Manchester City se ajustou perfeitamente, formando uma dupla de zaga segura ao lado de Ezequiel Garay. No final do jogo um pouco de sofrimento, graças ao recuo em demasia do selecionado argentino. Por fim, após 24 anos, a Argentina voltava merecidamente a uma semifinal de Mundial.

Na semifinal contra os holandeses, Sabella manteve o 4-4-1-1 com Enzo Perez e Lavezzi pelos lados, rivalizando contra os alas laranjas, Dirk Kuyt e Daley Blind. Messi à frente da segunda linha argentina se aproximava de Higuaín, custodiando a principio por De Jong, e posteriormente pelo implacável Classie. No entanto, o destaque argentino em São Paulo esteve no sistema defensivo. Mascherano e Biglia fizeram uma partida sensacional, anulando Sneijder e Wiljnaudum. Rojo, de grande mundial, novamente fez uma partida segura, marcando bem os avanços de Robben. Garay e Demichelis demonstraram outra vez o acerto de Sabella, que bancou a dupla de zaga com muita coragem. Van Persie foi figura nula, graças ao rendimento 5 estrelas dos zagueiros argentinos. Nos pênaltis apareceu a figura de Chiquito Romero. De questionado a herói, o ex-arqueiro do Racing faz um grande mundial, aportando segurança ao time.
Para a final, cogita-se a volta de Di Maria. A priori Enzo Perez deve seguir no time. O meia provou que pode muito bem jogar essa final na marcação de Lahm, em um duelo onde a Argentina sabe que será difícil ter o domínio do meio de campo. Sabella deve manter o esquema 4-4-1-1. Messi terá um duelo chave contra Schweinsteiger. Biglia e Mascherano terão que fazer uma partida perfeita para frear Khedira e Krosso, ao passo que Rojo e Zabaleta ficam com a dura missão de custodiar Özil e Thomas Müller. O ponto a ser explorado pela a Argentina é pela débil marcação germânica pelos lados do campo, principalmente pensando num suposto lampejo de Lavezzi sob a marcação de Howedes. Se o tri vier, Sabella será consagrado por ter a coragem e a convicção de mudar nomes, esquemas e estratégia durante a Copa do Mundo. Por essas e outras a torcida argentina já ensaia o hit: "de la mano de Sabella todos la vuelta vamos a dar"

terça-feira, 8 de julho de 2014

CRONOLOGIA TÁTICA DA ALEMANHA NA COPA DO MUNDO

Neste mundial, estamos presenciando uma nova Alemanha. Talvez, a única seleção entre as sobreviventes que prima pela posse de bola, para delírio das viúvas do Tiki Taka. Joachim Löw resolveu mudar o esquema tático para esta Copa do Mundo. O selecionador alemão - que desde que assumiu a Nationalelf em 2006 - sempre utilizou a linha de ônibus 4-2-3-1. Eis que, com o Bayern de Munique de Pep Guardiola como modelo, Low resolveu mudar de sistema de cara ao mundial. Foi assim, que vimos a Alemanha moer Portugal na estreia, postada no 4-1-4-1/4-3-3. A ideia era ter Lahm como regista, organizando o time como primeiro volante para suprir a ausência de Bastian Schweinsteiger nas duas rodadas iniciais. Com isso, Boateng, novamente seria improvisado para custodiar Cristiano Ronaldo.
Outro detalhe polêmico do novo sistema foi o posicionamento de Mesut Özil, que passou a atuar pelos lados do campo. O meia do Arsenal, claramente no sacrifício, teve seu rendimento prejudicado desde então. Contra Gana, veio a tona os problemas defensivos da Alemanha. Um notório efeito colateral do novo sistema. Com Hummels e Mertesacker, o lento miolo de zaga ficou exposto à velocidade africana. Além do mais, Howedes e Boateng, zagueiros de origem, contribuíam pouco nas ações ofensivas.
No último jogo da primeira fase contra os Estados Unidos, Low pôde contar com o retorno de Schweinsteiger, que formou ao lado de Kross a dupla de meias; Lucas Podolski também ganhou a posição de Götze pelo flanco esquerdo do ataque. Novamente, Thomas Müller foi o herói alemão com seu faro goleador. Apesar das criticas, Lahm seguia como primeiro volante.


Contra a Argélia, vimos a Alemanha sofrer em demasia com os contra-ataques. Com as linhas adiantadas, Mertesacker e Boateng - agora como zagueiro - ficavam expostos no mano a mano contra Slimani. Pelas laterais, duas avenidas deixadas pelo garoto Mustafi na direita, e o frágil Howedes pelo lado oposto. No meio campo, o bom e velho toque de bola propagado pelo tridentre Lahm/Schweinsteiger/Kroos com Ozil e Gotze aberto pelos flancos e Müller como referência.

 Nas quartas, finalmente Low atendeu os pedidos da imprensa alemã: Lahm voltava para a lateral direita. A nova dupla de zaga seria formada por Boateng e Hummels. No meio, Schweinsteiger assumia com astúcia a missão de ser regista alemão. Khedira, novamente titular, ficava adiantado ao lado de Kross como armador. Klose, titular pela primeira vez, ficou com referência de ataque, deixando Thomas Müller sacrificado pela ponta direita. Completando o ataque, Özil atuou como ponteiro esquerdo. Contra o Brasil deveremos ver a Alemanha com essa formação. A dúvida esta no ataque: Klose ou Götze??

domingo, 15 de junho de 2014

ARGENTINA 2 X 1 BÓSNIA - SABELLA, UM CARA DE CORAGEM

Não se pode dizer que Sabella é covarde. O treinador argentino arriscou mudar o sistema de jogo, justo na estreia da Copa do Mundo. O 4-3-3, de toda eliminatória, dava lugar a um 3-1-4-2. Gago e Higuain cediam a titularidade para Campagnaro e Maxi Rodriguez. Uma das ideias era liberar um pouco mais as subidas de Di Maria pela esquerda. O gol contra, logo no começo do jogo, dava a impressão que a vitória viria comodamente. Eis que, vimos a uma Argentina confusa, sem posse de bola e descompactada. Messi era facilmente batido, ora por Besic, ora por Kolasinac, quando não pelo zagueiro Spahic. A Bósnia tomava conta do meio de campo, com paciência, rodando a bola em seu 4-2-3-1. Pjanic ditava o ritmo, ao passo que o armador Misimovic ficava com a missão do últimos passe, acionando o centroavante Dzeko.
 
A Argentina seguia imprecisa, com Zabaleta e Rojo contidos pela marcação dos ponteiros Lulic e Hajrovic. Mascherano como condutor era outro exagero do novo sistema, tentando descompensar a falta de compactação entre meio e ataque com ineficientes passes longos. A ideia de jogar com 3 zagueiros, mais do que nunca, parecia equivocada. Federico Fernadez, Campagnaro e Garay ficavam com a marcação apenas de Dzeko, trazendo inferioridade numérica no meio de campo. Mudar era preciso.
Para o segundo tempo, Sabella foi novamente corajoso. Mesmo com a vantagem no placar decidiu voltar ao esquema tradicional com a entrada de Gago e Higuiain. A Argentina retornava ao 4-3-3, que de fato se transforma em 4-3-1-2, com  Messia servindo Aguero e Higuain. A albiceleste voltava melhor, com Gago dando mais cadencia e posse de bola. Messi, passo a passo, entrava no jogo. Por fim, L Pulga se situava onde melhor rende: nos últimos metros do campo rival, as costas dos volantes Besic e Pjanic. O segundo gol resume a melhora. Tabela com Higuain, corrida de 15 metros e chute no canto. Golaço característico.
 
Safet Susic ainda mexeria na sua equipe em busca do empate. Entraram Visca, Ibisevic e Medujanin nos lugares de Misimovic, Hajrovic e Mudja. Assim, a Bósnia quebrava os 30 minutos de predomínio argentino no segundo tempo. Ibisevic acompanhava Dzeko, dando maior presença entre os zagueiros argentinos, ao passo que Lulic e Visca atacavam pelos flancos. O gol de Ibisevic traria emoção aos últimos minutos. Sabella resolveu segurar o resultado com a entrada de Biglia no lugar de Agüero, para auxiliar Gago na cobertura de Medujanin e Lulic , que caiam pelo flanco esquerdo. No final o 3 a 1 deixou claro que o caminho para a Argentina é jogar ao seus estilo, no 4-3-3/4-3-1-2.

sábado, 14 de junho de 2014

MÉXICO 1 X 0 CAMARÕES - PELA ALAS EL TRI ENCONTROU O CAMINHO; CAMARÕES DEIXOU UMA POBRE IMAGEM

México e Camarões debutavam em meio à chuvosa Arena das Dunas de Natal. El Tri, fiel a seu estilo, começava a todo vapor, assumindo o rol de protagonista. Miguel Herrera postou o México no 3-5-1-1, usando muito as subidas dos alas Layun e Aguilar. Camarões compactava nos últimos 40 metros do campo com um conservador 4-1-4-1 que deixa Eto'o isolado entre a trinca de zagueiros astecas - Francisco Rodriguez, Rafa Marquez e Hector Moreno. O México era superior, não fosse a péssima arbitragem do colombiano Wilmar Roldán, poderia ter saído na frente já no primeiro tempo  O meio campo dos leões indomáveis tinha Song entre as duas linhas armadas por Volker Finke. A zaga com Nkolou e Chedjou falhava aos borbotões, enquanto os laterais Djeugoue e Ekotto ficava presa a marcação do alas mexicanos. A segunda linha camaronesa tinha Mbia e Enoh por dentro, além de Moting e Mounkandjo abertos pelos flancos.

 As princpais jogadas de Camarões partiam pela ala esquerda com Layun ultrapassando as costas de Mounkandjo, saindo no mano a mano com o lateral direito Djeugoue. O Ox0 deixava um trago amargo aos mexicanos pela ampla superioridade, principalmente com a boa atuação do tridente de meias composto por Vazquez na contenção, além de Hector Herrera e Guardado como armadores. A dupla de ataque, Oribe Peralta e Giovani dos Santos seguia bastante imprecisa.

No segundo tempo, Finke tirou o lateral Djeugoue, de péssima atuação para a entrada de Nounkeu. Os meias extremos , Mounkandjo e Moting ficava preso a defesa armando quase uma linha de 6. O México seguia dominando mas já sem criar tantas chances de gol. Eis que de uma linda jogada de pé em pé, o México abriu o placar. Herrera foi o arquiteto da jogada, Giovani dos Santos arrematou e após rebote de Itandje, Peralta, então apagado no jogo, anotou o único gol do confronto.



Finke tardou em mexer na equipe. Apenas nos últimos 15 minutos houve a entrada de Webo para acompanhar o isolado Etoo. Camarões foi para o abafa e teve chance de empatar. Miguel Herrera compensou com a entrada de Marco Fabian no meio de campo no lugar de Guardado e Chicharito, que perderia um gol incrível, ocupando o posto de Oribe Peralta.. No final, merecida vitória mexicana. Lição de casa feita e a possibilidade, pequena porém real, de vencer o Brasil usando os lados do campo com Layun e Aguilar.

COSTA DO MARFIM 2 X 1 JAPÃO - O FATOR DROGBA, COMO SEMPRE DETERMINANTE

O Japão de Zacheroni conheceu o doce gosto momentâneo do domínio do jogo. Foram 2/3 da peleja, onde a Costa do Marfim era consumida pela estratégia bem definida por Alberto Zacheroni. Até a entrada de Drogba, que mudaria o destino, a tranquilidade reinava como havia planejado o estrategista italiano. O Japão foi a campo no seu habitual 4-2-3-1, que se transformava em um 4-4-1-1 com Honda encostando em Osako no comando do ataque. Kagawa, o outro distinto dessa geração japonesa, se sacrificava pelo time na marcação do lateral direito Aurier. Pelo flanco oposto, Okasaki fazia a mesma função, combatendo os avanços de Boka. A Costa do Marfim tinha a bola mas esbarrava nos grosseiros erros de passe da dupla de volantes, Die e Tiote. Yaya Toure era o único que encostava no tridente de ataque para tentar articular algo melhor. Contudo, Hasebe, o volante de mil batalhas, freava o craque do Manchester City, ajudado por seu companheiro Yamaguchi.


Eis que apareceram os velhos fantasmas dos elefantes. Zokora e Bamba vacilaram, numa terrível e corriqueira desatenção que original o primeiro gol asiático. De um lateral, vejam bem, Honda apareceu libre para fuzilar Barry, que nada pode fazer. O Japaão seguiu, mesmo sem a bola, com o controle psicológico do jogo, com suas duas linhas bem próximas, evitando o desborde dos ponteiros, Gervinho e Kalou, enquanto Bony deixava a torcida marfinense com saudades de Drogba.
 
Foi então que aos 15 do segundo tempo, ingressou o craque do Galatasaray, que em seu primeiro lance já mostrou a que veio com um calcanhar delicioso. A Costa do Marfim deixava o 4-2-3-1 e passava a atuar no 4-2-2-2  com dois centroavantes - Drrogba e Bony - dois meias extremos - Gervinho e Kalou - e o recuou de Yaya para formar a dupla de volantes com Tiote. Foi assim, que em dois minutos, a Costa do Marfim encontrou o gol. Fruto de uma maior presença de área para incomodar os inseguros Yoshida e Morishige.
 
O lateral Aurier, então sumido, subiu duas vezes pela direita sem o acompanhamento de Kagawa. No primeiro encontrando Bony. No segundo, foi a vez de Gervinho ir a rede. A defesa japonesa, a segunda mais baixa desse mundial, desnudava a velha falência pelo jogo aéreo. Mesmo com as mudanças de Zacheroni, o Japão não teve forças para buscar o empate. O Grupo B, o dos mortais, segue aberto, agora com um caminho aberto para Colômbia e Costa do Marfim, que se enfrentam quinta feira em Brasília.

ITÁLIA 2X1 INGLATERRA - EM UM PARTIDAÇO, A AZZURRA MOSTRA MATURIDADE PERANTE AO JOVIAL ENGLISH TEAM

 Itália e Inglaterra nos brindaram com um verdadeiro recital de futebol. Uma Itália protagonista, com o maestro Pirlo ditando o ritmo de posse de bola com muita paciência. Prandelli, nem um pouco adepto ao famoso catenaccio postou a azzurra no 4-1-4-1, com Danielle De Rossi entre as duas linhas, marcando individualmente ao arisco Sterling. O meio campo tinha Pirlo e Verratti desnudando categoria pelo centro contra a marcação de Henderson e Gerrard, ao passo que Candreva e Marchisio fechavam a linha pelos flancos duelando contra os laterais Glenn Johnson e Leighton Baines. A Inglaterra sempre perigosa, também muito diferente do famoso chuveirinho inglês de outrora, apostava na velocidade de um insinuante quarteto de ataque. Roy Hodgson escalou o english team no 4-4-1-1. A surpresa foi ver Rooney aberto pelo flanco esquerdo, deixando Sterling como enlace e Sturridge como referencia entre os zagueiros Barzagli e Paletta. Completando o quarteto, Danny Welbeck, o mais apagado de todos, fechava a segunda linha inglesa como wing direito, duelando contra o improvisado Chiellini.
Em um primeiro tempo equilibrado, a Itália encontrou a vantagem inicial com uma genialidade de Pirlo. Com um corta luz espetacular, o meia da Juventus abriu o espaço necessário para que Marchisio pudesse chutar no canto direito de Hart. Logo na sequencia, um passe sagaz de Sterling encontrou Rooney as costas de Damian, que com um cruzamento inteligente serviu Sturridge livre para empatar o cotejo.
 
O segundo tempo seguia sob um ritmo alucinante. O segundo gol italiano surgiu pelo setor mais frágil da defesa inglesa, o lado esquerdo com Baines e Jagielka. Candreva foi ao fundo servindo Balotelli. Super Mario se adiantou a Cahill para conectar o gol da vitória.A Inglaterra foi em busca do empate, e se não fosse as boas defesa de Sirigu - substituto de Buffon - o empate viria de galocha. Rodgson mudou o time com as entradas de Barckey como enlace, deixando Rooney e Sterling como wingers. Prandelli também colocou sangue novo com o ingresso de Thiago Motta no lugar de Verratti, sem mudar o desenho do time. No final, com as entradas de Wilshere e Lallana, o english team foi para o último abafa. Rooney voltava a ser o centroavante. No entanto, com um Pirlo superlativo, a Itália conseguiu esfriar o jogo com toda inteligência e astucia. Lindo jogo numa bonita vitória italiana. Os ingleses seguem vivos. Apesar da derrota, o futebol apresentado é alentador para o duelo de vida ou morte contra o Uruguai na próxima quinta.

URUGUAI 1 X 3 COSTA RICA: A PREVISÍVEL CELESTE CAI DIANTE DA ORGANIZADA COSTA RICA

Apesar da lesão de Suarez, esperávamos um Uruguai distinto em todos os âmbitos. El maestro Tabarez mantinha o 4-4-1-1 com Cebolla Rodriguez e Stuani pelos flancos, Forlán de enlace e Cavani como referência de ataque. Os Ticos, com grande trabalho do colombiano Jorge Luis Pinto, vinha ao Castelão no 5-4-1, com os alas Junior Diaz e  Gamboa presos ao tridente de zagueiros - Umaña, Gonzalez e Duarte - custodiando Stuani e Cebolla Rodriguez. A Costa Rica especulava no começo do jogo a espera de um eventual contra-ataque puxado por Bolaños ou Bryan Ruiz. 
 
O Uruguai assumia um tímido protagonismo, demonstrando uma enorme falta de criatividade. Por sorte, veio um infantil pênalti em Lugano, convertindo por Cavani sem sobressaltos. A vantagem charrua não era baseada em uma superioridade tangível. O Segundo tempo deixava um alerta de que algo deveria melhorar, principalmente na transição do meio-campo.No segundo tempo, a entrosada zaga uruguaia deu uma aula de equívocos. Sob as costas de Martin Cáceres veio o cruzamento que encontrou o centroavante Joel Campbell, o nome do jogo, livre diante da falha cobertura de Lugano e Maxi Pereira: 1x1. Minutos depois, em uma falha clamorosa na bola parada, o zagueiro Duarte anotou a vantagem da seleção da Concacaf.
 
El Maestro ainda tentou mudar o quadro, colocando em campo Lodeiro, Alvaro Pereira e Abel Hernandez nos lugares de Forlán, Gargano e Cebolla Rodriguez.  O Uruguai foi pra cima, impreciso e sem ideias em um 4-1-3-2 com Arevalo sozinho na contenção. Stuani, Lodeiro e Alvaro Pereira  ficavam como armadores e uma nova dupla de ataque foi formada por Cavani e Abel Hernandez. Os Ticos mantinham o 5-4-1 apesar das entradas de Cubero na cabeça de área ao lado de Celso Borges, enquanto Ureña, como ponta direita, se aproveitava da avenida Martin Cáceres. No ultimo lance do jogo, em um rápido conta-ataque, idealizado pelo magistral Campbell, Ureña fechou o caixão charrua sob a impotente saída de Muslera. 3 a 1 para a Costa Rica em um novo capitulo histórico dessa Copa do Mundo.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Brasil 3 x 1 Croácia

O dia amanhecia distinto. A alma borrada pelo pisco com Coca Cola contrastava com o dia inicial da Copa do Mundo. Assim, pudemos presenciar a peleja entre  Brasil e Croácia, que para nosso deleite, honravam o debut mundialista com um grande jogo inaugural. O Brasil, como de praxe, seguia postado no 4-2-3-1, por ora com mudanças inteligentes na sua linha de armadores. Oscar, Fred e Neymar trocavam de posições constantemente. Uma nova configuração foi vista com Neymar centralizado, flutuando as costas de Modric; Oscar, o melhor do jogo, aberto pela direita sob a marcação de Vrsajlko e Hulk do lado oposto mano a mano com Srna.
 
Niko Kovac escalou a Croácia no 4-4-1-1. A linha defensiva tinha Srna, Corluka, Lovren e Vrsajlko. A segunda linha era composta por Modric e Rakitic na cabeça de área, além de Perisic e Olic pelos flancos. Os meias extremos do selecionado europeu seguiam levando uma enorme vantagem nos contra-ataques, aproveitando o cruzamento da avenida Marcelo com a  Alameda Daniel Alves. Kovacic atuava  à frente da segunda linha de quatro sob a marcação de Luis Gustavo, ao passo que Jelavic ficava isolado entre David Luis e Thiago Silva. 
 
A Croácia nos primeiros 25 minutos soube tomar proveito da improdutiva posse de bola tupiniquim, apostando em rápidos contra ataques pelos flancos. O gol aos 11 minutos surgiu de uma bobeada de Daniel Alves que se mandou para o ataque, deixando um corredor que Olic aproveitou para cruzar e encontrar a canela torta de Jelavic. Marcelo fez contra pressionado pela chegada de Perisic.


Luis Gustavo seguia preso a marcação de Kovacic, ao passo que Paulinho se mandava mais ao ataque com o acompanhamento mano a mano de Rakitic. Eis que, surgiu a individualidade dos dois principais jogadores brasileiros: primeiro Neymar, que passou pela defesa croata, antes de que Oscar acertasse um lindo chute defendido por Pletikosa. Era um aviso. Na sequencia, uma linda roubada de bola de Oscar abriu o campo para Neymar acertasse um chute mascado que entrou no canto esquerdo de Pletikosa.

No segundo tempo, o Brasil seguia dominando a posse de bola mas sem poder entrar na área croata. Foi então que o arbitro japonês vestiu o traje de protagonista ao anotar um pênalti inexistente de Lovren em Fred. Neymar bateu e deu a vantagem para o Brasil. Felipão já havia mudado a configuração do Brasil com a entrada de Bernard na ponta esquerda no lugar de Hulk e Hernanes como segundo volante no lugar de Paulinho.


Com o gol, Niko Kovac também resolveu mover suas peças tirar o centroavante Jelavic e o atacante Kovacic para as entradas de Rebic e Brozovic. Os croatas seguiam com o mesmo desenho tático, apesar da busca pelo empate com chutes de fora da área, fruto das linhas adiantadas que pressionavam a saída de bola brasileira. Felipão ainda colocou Ramires no lugar de Neymar, que logo de cara bateu a carteira de Rakitic no terceiro gol, culminado de forma brilhante por Oscar. O jogo ficou marcado por um 3x1 com sustos, defeitos coletivos e um  Brasil que segue gozando da individualidade de Neymar e Oscar.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

ES EL EQUIPO DE RAMON

"Borom Bom Bom Borom Bom Bom es el equipo de Ramon", os gritos oriundos das arquibancadas do Monumental de Nuñez clamavam pelo retorno de Ramon Diaz. A trigésima quinta estrela do clube de Nuñez, conquistada neste domingo com a sonora goleada frente ao Quilmes, se deve muito ao ótimo trabalho de Ramon Diaz. O treinador mais vencedor da história do River Plate - conquistou 6 campeonatos nacionais,  a Libertadores de 96 e a Supercopa de 97 - era a ultima esperança de resgatar a identidade vencedora de um clube humilhado pelo rebaixamento, administrações fraudulentas e vida politica conturbada.

Ramon Diaz, assume em Novembro de 2012 ainda sob a administração pífia de Daniel Passarella - seu ex- companheiro no exitoso River dos anos 80. Não por acaso, o River seguiu seu caminho de seca, apesar do vice-campeonato no Torneio Final de 2013, atrás do Newell's de Martino.
 
Para 2014, sem dinheiro e sem rancor, Ramon Diaz decide apostar na base e bancar jogadores contestados. O único pedido de Ramon era um centroavante que acompanhasse Teófilo Gutierrez no ataque. Foi então, que chegou Fernando Cavenaghi, goleador do último titulo do River sob administração de Ramon Diaz - O Clausura 2002 - chegava para solucionar a falta de gols.

A eleição de Rodolfo D'Onofrio trouxe um pouco de paz, e assim,  passo a passo, Ramon Diaz foi orquestrado o time campeão. Nas primeiras rodada, a ideia era jogar com linha de 3 defensores: Eder Alvarez Balanta a esquerda, Gabriel Mercado pela direita e Jonathan Maidana como líbero. O intuito era dar liberdade para que Leonel Vangioni - lateral esquerdo de pura vocação ofensiva - atuasse como ala. Na direita, o colombiano Carlos Carbonero desbordava pela ala direita com total liberdade, sempre com a cobertura de Mercado. Manuel Lanzini e Teófilo Gutierrez compartiam a função de enlace, municiando Fernando Cavenaghi

 O esquema 3-4-2-1 durou quatro rodadas. Duas derrotas seguidas - 1x2 contra o Godoy Cruz e um categórico 1x3 contra o Colón em Santa Fé - decretaram a volta do esquema fetiche de Ramon Diaz, o 4-3-1-2 .  A linha defensiva voltava a ser formada com Gabriel Mercado - convocado para a lista 30 jogadores de Sabella -  Maidana, Balanta e Vangioni. A dupla de volantes também foi alterada: Leo Ponzio e Matias Kranevitter davam lugar a Ariel Rojas e Cristian Ledesma. Manuel Lanzini voltava a posição de enganche, deixando Teófilo Gutierrez e Cavenaghi mais fixos entre os defensores rivais. Com esta formação o River foi orquestrando o título.

As vitorias frente ao San Lorenzo por 1 a 0, além da histórica vitória por 2 a 1 no superclássico, trouxeram de volta a confiança. O rumo do título estava traçado. Foram 11 vitórias, 4 empates e 4 derrotas. 28 gols marcados, o segundo melhor ataque do campeonato, atrás apenas do Velez Sarsfield. Fernando Cavanaghi, Teo Gutierrez e Carbonero anotaram 20 dos 28 gols millonarios.

A defesa sofreu 15 gols. Destaque para Leandro Chichozola, goleiro reserva, que ingressou graças a lesão de Marcelo Barovero, fechando o gol em La Plata contra o Estudiantes, além de defender um pênalti na antepenúltima rodada no clássico frente ao Racing que encaminhou a conquista.
 
Ledesma e Cavenaghi são duas peças de confiança de Ramon Diaz; os veteranos ídolos millonarios  fizeram parte do ultimo título "del "pelado" dirigindo o River Plate. O campeão do Clausura de 2002 era um time vistoso, com um meio campo de luxo, honrando a tradição millonaria do toco y me voy. 

Taticamente, havia muita semelhança com o time atual. Linha de 4 defensores com um lateral de maior projeção ofensiva - hoje Vangioni, em 2002 Cristian Zapata - e outro lateral mais preso a linha defensiva - Hoje Gabriel Mercado, em 2002 Ariel "el chino" Garce. O time de 2002 jogava com um losango de meio campo altamente técnico: um jovem Lobo Ledesma como primeiro volante, Esteban Cambiasso e Eduardo Coudet pelos flancos e Andres D'alessandro como enganche. No ataque, assim na equipe atual, Ramon Diaz escalava um atacante mais fixo, no caso Fernando "el torito" Cavenaghi, ao passo que o craque Ariel Ortega jogava como segundo atacante, flutuando as costas dos volantes rivais.

Na sua maior conquista como treinador - a Libertadores de 1996 -  Ramon Diaz usou o mesmo 4-3-1-2. O time campeão da América contava com Burgos no gol; Hernan Diaz como lateral direito, Altamirano mais preso como lateral esquerdo, além da dupla de zaga formada por Celso Ayala e Rivarola; Matias Almeyda era o primeiro volante daquela equipe, dando sustentação a um time ultra-ofensivo. Cedres e Escudeiro caiam pelos flancos, enquanto um jovem e insinuante Ariel Ortega, nos brindava todo seu talento como enganche. A dupla de ataque contava com o craque uruguaio Enzo Francescoli e o herói do título, Hernan Crespo, autor dos dois gols na decisão frente ao América de Cali. No banco, Ramon Diaz ainda contava com os jovens Juan Pablo Sorin e Marcelo Gallardo, simbolizando mais três temporadas de pura hegemonia riverplatense em âmbito nacional.

sábado, 26 de abril de 2014

A PRÉVIA DEL CLASICO URUGUAYO

Para a felicidade geral,  a ESPN Brasil transmitirá neste domingo, às 16 h, a nova edição Del Clásico Uruguayo. Peñarol e Nacional chegam para este "campeonato aparte" tentando apagar a pobre imagem deixada na Libertadores - quando os dois gigantes quadros charruas foram eliminados categoricamente ainda na fase de grupos. Faltando quatro rodadas para o final do Torneio Clausura, o Peñarol chega como líder absoluto com 23 pontos, ao passo que o Nacional  joga suas últimas cartas, estacionado no quinto lugar com 18 unidades.



O líder Peñarol escalado por Jorge Fossati no 3-4-1-2. O Nacional de Gerardo Pelusso vai ao estádio Centenário no 4-2-3-1

Jorge Fossati aposta por um Peñarol repleto de jogadores veteranos e no sistema tático 3-4-1-2. O goleiro do Peñarol é o titubeante Juan Castillo; o ex- arqueiro do Botafogo é bastante questionado nesta temporada por suas frequentes falhas. A linha de 3 zagueiros conta com Carlos Valdez e Joe Bizerra como stoppers e o inoxidável Dario Rodriguez como líbero. Luis Aguiar e Sebastian Piriz formam uma dupla de volantes com muito poder de recuperação. A grande duvida de Fossati esta na ala direita: Baltasar Silva e Jonatan Sandoval disputam a titularidade, com vantagem para Silva por seu maior poder defensivo. Na ala esquerda, o insinuante Jorge "Japo" Rodriguez é o principal responsável por descarregar o jogo ofensivo do Peñarol, além de fechar a linha de 4 do meio de campo combatendo as subidas de Pablo Alvarez.
 
Antonio Pacheco, o homem de mil batalhas, disputará o seu clássico de número 59.  O mais importante meia manya pós- Pablo Bengoechea possuí um retrospecto bastante favorável nos confrontos contra o Nacional - Ganhou 29 jogos , perdeu  16 e anotou 11 gols. A dupla de ataque será formada pelo experiente Marcelo Zalayeta  e o jovem Jonathan Rodriguez, cogitado pela imprensa uruguaia como possível surpresa na lista final do maestro Oscar Tabárez para o mundial.

O Nacional, ao contrário de seu arquirrival, aposta por um elenco  jovem e equilibrado. Gerardo Pelusso escala o conjunto tricolor no 4-2-3-1, que varia na transição defensiva para um 4-3-3. 0 experiente Gustava Munúa voltou nesta temporada para ser o goleiro bolso após sua longa carreira no futebol europeu. A linha defensiva foi bastante modificada durante a campanha; nos dois últimos jogos, a meta tricolor não sofreu gols graças ao ingresso do zagueiro  Darwin Torres como lateral esquerdo - no lugar de Juan Manuel Diaz  - além da espera reestreia do ex-Liverpool, Sebastian Coates, que joga ao lado do paraguaio Ismael Benegas no miolo de zaga; Pablo Alvarez completa a linha defensiva como lateral direito. 
 
Na meia cancha, Maximiliano Calzada será o responsável pela marcação a Tony Pacheco, ao passo que Diego Arismendi fica como segundo homem, encarregado pela saída de bola. A linha de armadores conta com o peruano Rinaldo Cruzado  como enganche. O jovem tridente ofensivo é formado pelos ponteiros Gaston Pereiro e Carlos de Pena, além do centroavante Juan Cruz Mascia. Com a lesão do goleador Ivan Alonso, Gerardo Pelusso decidiu apostar pelo jovem Juan Mascia que disputará o seu primeiro clássico como titular no comando de ataque. Fica a expectativa pela participação  do craque Alvaro Recoba,  que aos 38 anos deverá entrar no segundo tempo para jogar possivelmente seus últimos 20 minutos de um clássico charrua.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

PRÉVIA DAS OITAVAS DE FINAL DA LIBERTADORES

Vertiginosa e fatal, a Libertadores 2014 correu solta em poucas semanas, graças ao apertado calendário  e a eterna complacência dos clubes subservientes a acéfala Conmebol. 4 clubes argentinos: Arsenal, Lanús, San Lorenzo e Velez Sarsfield. 3 brasileiros: Cruzeiro, Grêmio e Atlético Mineiro. 2 paraguaios: Cerro Porteño e Nacional. 2 mexicanos: Santos Laguna e León. 2 bolivianos: Bolívar e The Strongest,  além de Atlético Nacional de Medellín, Unión Española  e Defensor Sporting foram os sobreviventes da insólita maratona do principal torneio entre clubes do continente.
 
O Velez Sarsfield conta com a melhor campanha geral da primeira fase. Foram 15 pontos somados no sofrível Grupo 1. O conjunto de Liniers é  o franco favorito para o confronto contra o Nacional do Paraguai. O Fortin,  comando por José "Turu" Flores, atua no 4-3-1-2 -  o mesmo sistema tático da era Ricardo Gareca - com um losango no meio de campo que prima por valorizar  a posse de bola. Lucas Romero, de bom passe e ótima dinâmica , é o primeiro volante da equipe, podendo até ganhar uma vaga na Copa do Mundo graças a lesão de Fernando Gago. Completando a meia cancha, Agustin Allione e Ariel Cabral caem pelos flancos duelando contra os laterais rivais, ao passo que Hector Canteros atua libre como enlace, sem posição fixa . O ponto forte tem sido o alto índice de posse de bola somados ao ótimo momento de seus dois centroavantes, Lucas Pratto e Mauro Zárate. A defesa é o ponto vulnerável em função da idade avançada dos laterais Fabian Cubero e Emiliano Papa.

O Nacional paraguaio chega pela primeira vez em sua historia as oitavas de final.  O Nacional querido terminou em segundo lugar do grupo 4 com 8 pontos. Destaque para os dois empates contra o Atlético Mineiro, além de uma vitória heroica frente ao Independiente Santa Fé na ultima rodada. Comandados por Gustavo Morinigo no 4-4-1-1 - o sistema fetiche no Paraguai - o Nacional tem como destaque a compactação das suas duas linhas de 4 e o rápido contra-ataque puxado pelos meias extremos, Marcos Melgarejo e Derlis Orué. A bola parada é outro ponto forte do conjunto paraguaio, graças ao faro goleador do inoxidável Freddy Bareiro.
 
 
O Arsenal de Sarandi, após bater na trave no ano passado, conseguiu enfim, chegar as oitavas de final pela primeira vez em sua história. Destaque para o  sólido sistema defensivo que é o segundo menos vazado da Libertadores com 4 gols sofridos. Um prêmio ao trabalho de longo prazo de Gustavo Alfaro. Eis que, mesmo com a classificação histórica,  o  rodado treinador, que estava no comando do pequeno clube de Avellaneda desde 2006, acabou demitido em função da péssima campanha no Torneio Final, onde o Arsenal amarga a lanterna com 10 pontos. O sistema tático é o 4-4-1-1,  priorizando a compactação das duas linhas de 4 em seu campo de defesa e a saída rápida com  os meias extremos Franco Zuculini e Ramiro Carrera. A bola parada é muito utilizada em função da alta estatura do centroavante Julio Furch.
 
Assim como seu adversário, a  Union Española goza do trabalho a longo prazo de   José Luis "Coto" Sierra. O ex-meia do São Paulo F.C esta na comando técnico desde 2009. O time atua no 4-2-3-1, com destaque para a esquadra argentina que forma a espinha dorsal do quadro de Santa Laura - o lateral esquerdo Berardo, o volante Faravelli, o meia Pochi Chavez e os atacantes Sebastián Jaime e Gustavo Canales. Cristian "Pochi" Chavez, meia habilidoso  revelado pelo Boca Juniors, foi o grande condutor e peça fundamental na classificação da Union Española.

O Atlético Mineiro, mesmo terminando a primeira fase invicto, com 12 pontos no Grupo 4, segue aquém de seu melhor funcionamento tático e técnico. Paulo Autuori decidiu manter o 4-2-3-1 da era Cuca. Contudo, a falta de intensidade na marcação pressão e a queda de rendimento de jogadores fundamentais como Ronaldinho e Diego Tardelli, trazem grande apreensão para o confronto contra o bicampeão e atual líder do Campeonato Colombiano. A grande mudança em relação ao ano passado vem na defesa com o ingresso de Jesus Dátolo - meia de origem - na lateral esquerda, assim como de seu compatriota Nicolás Otamendi, que substituiu Réver de forma titubeante. Guilherme, em boa fase, clama por minutos no time titular.

O Atlético Nacional de Medellín sobreviveu ao grupo da morte ao vencer o Newell's em Rosário de forma contundente. Taticamente é o time mais imprevisível da Libertadores. Juan Carlos Osório varia a escalação de acordo com o adversário, utilizando ora o 3-4-2-1, ora o 4-3-2-1. Um dos grandes trunfos é a versatilidade de importantes jogadores do quadro verdolaga. É o caso de Stefan Medina, que joga de zagueiro, ala ou até mesmo de volante pela direita. Pela faixa esquerda, Farid Diaz e Juan David Valencia trocam constantemente de posições, fazendo deste setor um dos pontos fortes do time. Individualmente, destaque para os meias Edwin Cardona e Sherman Cardenas que foram os condutores durante a campanha. O ponto fraco do time é a seca de gols de seus centroavantes; o veterano Juan Pablo Angel e Jefferson Duque seguem virgens no torneio. Santiago Trellez é mais cotado para assumir a titularidade no comando do ataque frente ao galo.

O Defensor Sporting é outra grata surpresa desta edição da Libertadores. O quadro do Parque Rodó de Montevideu,  liderou o duríssimo grupo 5, deixando para trás os favoritos Cruzeiro e  Universidad de Chile. Comandados por Fernando Curutchet, um especialista em revelar jogadores no Uruguai, o conjunto Violeta se destacou pela força de sua defesa e o forte compromisso coletivo com duas linhas bem próximas e agressivas na recuperação da posse de bola. Taticamente no 4-4-1-1, o Defensor Sporting tem como grande destaque a dupla Giorgian de Arrascaeta e Felipe Gedoz.  Jovens, rápidos e imprevisíveis,  Gedoz e De Arrascaeta  já foram sondados por grandes clubes europeus. Para o confronto contra os bolivianos, o experiente Nico Oliveira - de passagem pela seleção celeste e futebol europeu - deverá aportar seu faro goleador ao lado de Matias Alonso.

O The Strongest chega as oitavas graças ao  fator altitude. Foram 3 vitórias contra Atlético Paranaense, Vélez Sarsfield e Universitário de Lima atuando  a 3.600 metros acima do nível do mar no estádio Hernando Siles de La Paz. As vitórias como local compensaram a fraca campanha como visitante - apenas um empate em Lima frente aos campeões peruanos com gol no último minuto. Armado por Eduardo Villegas no 4-4-1-1, o The Strongest tem como forte a saída rápida pelos flancos com Nelvin Soliz e Daniel Chavez. Os meias Alejandro Chumacero e Pablo Escobar, com passagens pelo futebol brasileiro, são os condutores do time e responsáveis pelas bolas paradas. O colombiano Jair Reynoso é a referência do ataque.

O Grêmio tem a segunda melhor campanha geral, liderando com sobras o grupo da morte com 14 pontos. Com a lesão de Zé Roberto, Enderson Moreira encontrou no 4-4-1-1 o seu sistema ideal. O Grêmio sofreu apenas 1 gol na primeira fase em função do planejamento tático conservador e  eficiente. Destaque para o grande compromisso da segunda linha de marcação composta por Ramiro e Edinho a frente da zaga, além de Dudu e Riveros como meias extremos. Os jovens Wendell e Luan fizeram uma grande primeira fase. O lateral-esquerdo Wendell é um promissor lateral esquerdo que soube frear Maxi Rodriguez e Edwin Cardona, além de subir ao ataque com bastante critério.  Luan foi a grande válvula de escape nos contra-ataques.


O San Lorenzo tem na Libertadores uma verdadeira obsessão. O conjunto azulgrana é o único grande do país a nunca ter vencido o principal torneio do Continente. O atual campeão argentino perdeu seu treinador, Juan Antônio Pizzi, que foi para o Valência  as vésperas da Libertadores. Edgardo Bauza foi o escolhido para assumir o time em função da experiência como comandante do título da LDU em 2008. Taticamente, o San Lorenzo passou a atuar no 4-2-2-2 com dois laterais de grande projeção ao ataque - Julio Buffarini e Emmanuel Mas - dois volantes pegadores - Pichi Mercier e Ortigoza - e dois meias/armadores pelos flancos - o ídolo Leandro Romagnoli e o desequilibrante Ignacio Piatti. A dupla de ataque é composta pelo rápido e jovem, Angel Correa e o centroavante Mauro Mattos. A campanha na primeira fase foi cheia de sobressaltos com 2 vitorias, 2 empates e 2 derrotas. A classificação veio de forma dramática, com gol de Piatti aos 44 minutos do segundo tempo contra o Botafogo.
O Cruzeiro fez uma primeira fase decepcionante. Conseguiu a classificação com uma importante recuperação na reta final com vitórias contundentes frente a La U e Real Garcilazo. Atuações que lembraram aquele time intenso e ofensivo do segundo semestre do ano passado. O sitema tático é o 4-2-3-1,  com a já característica grande rotação do quarteto ofensivo. Julio Baptista foi o grande destaque como referencia na área, se movimentando e trocando de posições com  Ricardo Goulart, Everton Ribeiro e Dagoberto.


O Cerro Porteño de  Francisco "Chique" Arce será um duríssimo rival para o Cruzeiro. Armado no 4-4-1-1 tipicamente guaraní, o Ciclón paraguaio possui um time organizado e  aguerrido. Conta no elenco com jogadores com passagens pela seleção, caso do lateral direito Carlos Bonet e do experiente volante Julio dos Santos - artilheiro da primeira fase com 5 gols . Destaque para os meias extremos, Oscar Romero e o uruguaio Matias Corujo - vice com o Peñarol em 2011 - que são os responsáveis por puxar os contra-ataques. A dupla de ataque é formada por Angel Romero e o espanhol Dani Güiza, campeão da Eurocopa 2008 com a Fúria de Luis Aragonés. O Cerro Porteño foi o líder do parelho Grupo 3 com 10 pontos.

O Lanús de Guillermo Barros Schelloto demorou a pegar no tranco, com apenas 1 ponto conquistado nos primeiros 3 jogos. Não fosse os milagres de Agustin Marchesin - melhor goleiro argentino da atualidade- o atual campeão da Copa Sulamericana estaria eliminado precocemente. Taticamente, o Lanús joga no 4-3-3 com Araújo, Goltz, Izquierdoz e Maxi Velazquez na linha defensiva. O tridente de meio de campo conta com Leandro Somoza como primeiro volante e a dupla Diego Gonzalez e Victor Ayala como armadores. No ataque, os ponteiros Junior Benitez e Lautaro Acosta acompanham o insano Santiago Silva, o popular El Tanque, suspenso para a primeira partida por insultar o arbitro brasileiro Wilton Sampaio no empate frente ao O'Higgins.


O Santos Laguna passou sem sobressaltos como líder do Grupo 8 com 13 pontos e uma única derrota frente ao Arsenal  na ultima rodada, quando utilizou o seu time reserva. O treinador português, Pedro Caixinha, escala o conjunto mexicano no 4-2-2-2, explorando a velocidade dos pontas colombianos, Darwin Quintero e Andrés Renteria. O destaque do time é o centroavante Oribe Peralta, titular absoluto da seleção mexicana e carrasco brasileiro na final Olímpica em Londres. O veterano goleiro Oswaldo Sanchez, semifinalista em 2006 com o Chivas Guadalajara e titular mexicano na Copa da Alemanha, é outra peça importante do quadro azteca.


A histórica campanha do Bolívar no duríssimo grupo 7 deve-se a chegada de Xabier Azkargota. O treinador vasco é um ídolo nacional; sob seu comando a Bolívia se classificou para o mundial de 1994 com o inspirado Marco Etcheverry. Azkargota assumiu o comando de La Academia boliviana apenas na terceira rodada, quando o conjunto inca  ainda amargava a lanterna do grupo. Logo na estreia, o Bolívar arrancou um mais do que  surpreendente empate no Maracanã frente ao Flamengo por 2 a 2. No returno, foram  3 vitorias frente a Flamengo Emelec e León, que fizeram do Bolívar o líder do grupo com 11 pontos. O Bolívar atua  no 3-4-2-1, que varia para ao 5-4-1 quando os  alas Yacerotte e  Juan Carlos Capdevilla voltam para formar uma linha de 5 defensores ao lado do tridente de zagueiros - Lorgio Alvarez, Nelson Cabrera e Luiz Gutierrez. Destaque para o tridente ofensivo composto pelo espanhol Juanmi Callejon e o ex-corintiano Juan Carlos Arce; ambos caem pelos flancos, servindo o centroavante uruguaio Willian Ferreyra.


O León, possuí um dos melhores times da Libertadores, como pudemos acompanhar na contundente vitória sobre o Flamengo em pleno Maracanã. No entanto, vale lembrar que o conjunto mexicano falhou justamente no confronto direto contra o Bolívar. No México perdeu por 1 a 0,  além do empate em La Paz por 1 a 1, quando foi superior e teve um pênalti desperdiçado pelo capitão Rafa Marquez. O ofensivo campeão mexicano é escalado pelo uruguaio Gustavo Matosas  no 4-3-3. Magallon, Rafa Marquez, Ignacio Gonzalez e Edwin Hernandez formam a linha defensiva. O meio de campo tem José Juan Vazquez como único volante de contenção, dando liberdade para os excelentes armadores Carlos "Gullit" Peña e Luis Montes - ambos estarão na Copa do Mundo com a seleção mexicana. O ataque conta com os ponteiros Elias Hernandez na esquerda e o colombiano Javier Alizaga pela esquerda. O centroavante é o argentino Mauro Boselli, carrasco cruzeirense na Final da Libertadores de 2009 quando defendia as cores do Estudiantes de La Plata.

domingo, 30 de março de 2014

UM BOCA X RIVER DEMODÊ

Nós, futeboleiros de alma, separamos este domingo para apreciar uma nova versão do Superclásico argentino - ás 18h15 com transmissão ao vivo da Fox Sports. Apesar da decadência institucional, futebolística e porque não dizer, na arquibancada - A Torcida do River esta impedida de ir a La Bombonera -  Boca e River sempre nos causa um misto de nostalgia e excitação. O River chega em um melhor momento, com 14 pontos na tabela, tentando entrar na luta pelo título - 4 a menos do líder Colón - ao passo que o Boca soma 12 pontos, fruto de uma campanha irregular, eclipsada por problemas extracampo e um vestiário conturbado.

Ramon Diaz, durante a pré-temporada levou a melhor sobre Carlos Bianchi apostando em uma novo sistema tático, o 3-4-1-2. A linha defensiva do River conta com Gabriel Mercado como zagueiro/lateral pela direita, Jonathan Maidana como líbero e o colombiano Alvarez Balanta cobrindo o lado esquerdo da zaga .

A dupla de volantes é formada por Cristian el lobo Ledesma e Ariel Rojas. Ambos ganharam a titularidade após o começo irregular da dupla  Leo Ponzio e  Matias Kranevitter. O veterano Ledesma terá a missão de marcar seu amigo e fiel companheiro, Juan Roman Riquelme -   foram revelados juntos nas categorias de base do Argentino Juniors - ao passo que Ariel Rojas fica encarregado de dar maior qualidade no passe na saída de jogo do conjunto millonario.
 
Com a ausência de Leonel Vangioni, Ramon Diaz optou por Ramiro Funes Mori na posição de ala/lateral esquerdo; a ideia é dar maior equilíbrio defensivo e ênfase  na marcação de Juan Manuel Martinez.

Pela ala direita, o colombiano Carlos Carbonero tem total liberdade para descarregar o jogo pelos flancos, tratando de encostar no tridente Lanzini/Teo Gutierrez/Cavenaghi.  A grande dúvida de Ramon Diaz esta na formação do ataque. Na ultima rodada, na vitória por 2 x 0 contra o Lanús, o garoto Keko Villalba foi o grande nome do cotejo ao anotar um belo gol e dar um passe para Cavenaghi, após linda jogada. Nos últimos treinos, Ramon Diaz optou pela experiência internacional de Teófilo Gutierrez, que atuará um pouco mais retrasado, deixando Cavenaghi como referencia na área para trabalhar ao lado de Manuel Lanzini na transição com o meio de campo.
 
O Boca de Bianchi atua no esquema fetiche de seu treinador. Foi com o 4-3-1-2, com um losango no meio de campo, que el virrey conquistaria seus principais títulos da carreira - Libertadores de 94 pelo Velez, além do bicampeonato de 2000/2001 com os Xeneises. A linha defensiva é formada pelos laterais Hernan Grana e Emanuel Insua, além da dupla de zaga composta por Cata Diaz e Juan Forlin.

Pichi Erbes, que durante boa parte da campanha atuou como meia extremo, deve cobrir a posição de primeiro volante no lugar do suspenso Federico Bravo. Pela esquerda, Sanchez Miño - lateral de origem - tem sido o destaque do Boca, atuando com mais liberdade, associando-se constantemente  com Insua.

Fernando Gago, de torneio apagadíssimo, terá um nova chance de demonstrar os atributos que fizeram Sabella o escalar como titular durante a campanha exitosa nas eliminatórias. Fechando o losango no meio de campo, Juan Roman Riquelme deve disputar neste domingo o seu ultimo Superclásico em La Bombonera - seu contrato vence em Junho e o presidente Angelici não da sinais de uma possível renovação. O maior jogador da historia do Boca, leva grande vantagem contra o maior rival; foram 9 vitorias, 3 derrotas e 7 empates em jogos oficiais.

A grande incógnita da semana foi a definição do companheiro de ataque para o centroavante Emanuel Gigliotti. Juan Manuel el burrito Martinez, de passagem irregular com a camiseta azul e ouro, deverá começar o clássico no lugar do garoto Luciano Acosta.