quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

river campeao!

"El mas grande sigue siendo River Plate, por su estilo, sus estrellas y su gente. Porque River no se vende, porque se lleva en la piel y en cualquier lugar que este siempre va al frente.."  toca e toca cada vez mais alto o hino do River Plate, o campeão da Copa Sulamericana de forma invicta que lava a alma com fúria e coração. 8 vitórias, 2 empates e uma conquista irretocável que coloca o conjunto de Nuñez na rota de voltas olímpicas em âmbito continental.Um processo de reconstrução que vai além das quatro linhas, que teve início com a saída da nefasta gestão de Daniel Passarella. Rodolfo D'Onofrio assumiu a presidência apostando pelo retorno de jogadores históricos ao comando gerencial do futebol. Com Beto Alonso e Enzo Francescoli - ídolos dos anos 80 e 90 -  agora como diretores, o River foi atrás de Ramon Diaz, seu histórico e folclórico treinador. O mais vencedor D.T millonario escolheu o bom e velho 4-3-1-2 riverplatense como seu estandarte tático. O título do torneio final de 2014 resgatou o toque de bola e o retorno aos títulos que estancam o orgulho ferido após o traumático rebaixamento em 2011.
Campeão do Torneio Final 2014: Sempre no 4-3-1-2 de Ramon Diaz, o River voltava a ser campeão e mostrar bom jogo
Daquele time ainda permanescem 6 titulares: Marcelo Barovero, Gabriel Mercado, Jonathan Maidana, Leonel Vangioni, Ariel Rojas e Teo Gutierrez. No miolo de zaga Pezzella assumiu a condição de titular na reta final com a lesão de Jonatan Maidana. Na cabeça de área, após a saída de Lobo Ledesma, Gallardo deu chance a Kranevitter. O jovem, saído das canteras millonarias, vinha jogando o fino como o encarregado do primeiro passe e da marcação do enganche rival. Contudo, uma lesão séria fez de Ponzio o novo "velho" regista. O veterano se destacou pela inteligencia tática e a boa e velha chegada maliciosa de quem tem temperamento e "maneja los tiempos". Para o lugar do colombiano Carlos Carbonero, o River foi atrás do uruguaio Carlos Sanchez, que havia disputado a B Nacional em 2012, tendo escasso destaque e partindo para terras aztecas. Na armação, o River contratou junto ao Argentinos Juniors o veterano Pisculichi. O meia, honrando a tradição do clube de La Paternal foi o fator determinante na conquista, substituindo Lanzini com propriedade. O gol decisivo contra o Boca e o protagonismo na finalíssima, deixam Piscu como um dos maiores personagens da conquista. No ataque, Teo Gutierrez e Rodrigo Mora fizeram dupla entrosada e goleadora. Mora, que estava emprestado a La U de Chile, retornou em grande estilo para substituir Fernando Cavenaghi, o centroavante histórico, que perdera o segundo semestre em quase sua totalidade por uma grave lesão.


Na decisão um duro e bem organizado Nacional de Medellín. Juan Carlos Osorio, el profe, foi mais conservador, desfazendo o 3-3-1-3 da primeira partida e espelhando o seu time no 4-3-1-2 com Edwin Cardona como enganche, marcado de perto por Ponzio. Os primeiro 20 minutos foram de "pierna fuerte". Muitas dividas, faltas e chutões. Nesse período vimos 10 faltas em 20 minutos com uma média de uma infração a cada 2 minutos. Pouco jogo e chances apenas em bolas paradas com Pisculichi. O Nacional esperava em 3/4 do campo, especulando com marcações determinadas e saída rápida com Orlando Berrio pelo flanco direito contra a marcação de Vangioni. Ruiz, o centroavante mais adiantado, ajudava para cobrir o lado direito e as eventuais subidas de Mercado - que retornava após suspensão. Na meia cancha, Mejia era o regista verdolaga. Tudo passava por ele, incluindo o primeiro passe e outros mais longos - de 30 a 40 metros - que eram bem controlados pelos zagueiros German Pezzella e Ramiro Funes Mori. Bernal e Farid Diaz perdiam os seus duelos contra Carlos Sanchez e Rojas, e assim, os millonarios tiveram seus melhores momentos dos 20 aos 35 minutos.O River, mais descansado, mostrava intensidade para roubar a bola dos colombianos em seu campo. Teo Gutierrez e Mora, mano a mano contra Najera e Henriquez, tiveram boas chances frente a frente contra Armani, no entanto, o goleiro argentino do Medellin se fazia luzir a cada intervenção. Teo perdeu três belas chances, mantendo os cafeteros no confronto. Contudo, a grande chance Verdolaga viria em uma ótima trama de contra ataque e uma triangulação de Cardona, Berrio e Ruiz, que só não terminou em gol graças ao pé salvador de Barovero.


Por José Victor e Felipe Bigliazzi

terça-feira, 22 de julho de 2014

Nacional(PAR) 2 x 0 Defensor - O Nacional Querido acaricia a final da Libertadores

Com um Defensores del Chaco repleto,  Nacional e Defensor começaram a decidir a semifinal mais underground de Libertadores dos últimos anos. Agraciando aos muitos torcedores de Olímpia e Cerro Porteño que apoiavam o tradicional clube do bairro Obrero de Assunção, a partida foi intensa e cheia de alternativas. O Nacional soube se impor ao quadro uruguaio, abrindo uma ampla vantagem no confronto de ida.
 
Postado pelo treinador Gustavo Morinigo no tradicional 4-4-2 britânico, o conjunto paraguaio começou o jogo dentro do campo do rival, explorando a velocidade de seus meias extremos. Tudo acontecia pela esquerda, onde Julián Benitez atuava as costas do jovem lateral Enrique Etcheverry de apenas 18 anos.
 
A estratégia do Defensor era esperar com suas duas linhas de 4, chamando o quadro local em seu campo para abrir espaços no contra-ataque. Fernando Curutchet escalou o conjunto violeta no 4-4-1-1, com De Arrascaeta muito apagado na função de enlace, deixando o centroavante Matias Alonso isolado entre os zagueiros guaranis. Os uruguaios abusavam da ligação direta e dos erros de passes.
 
Com a intensidade característica dos times paraguaios, o Nacional passou a pressionar na segunda metade do primeiro tempo. A dupla de volantes, Riveros e Torales, subia bastante ao ataque, arriscando chutes de media distancia. O gol era uma questão de tempo, e foi ali, pela esquerda, que Julian Benitez encontrou Brian Montenegro - recém contratado junto ao Libertad - para abrir o placar com um lindo tiro a queima roupa: 1 a 0 Nacional querido.
 
O Defensor seguia impreciso, desarticulado, com o prodígio Giorgian De Arrascaeta irreconhecível. Os únicos lapsos do Defensor vinham através de Felipe Gedoz pelo flanco esquerdo.  No último lance da primeira etapa, o garoto de Muçum quase empatou o jogo em uma bela cobrança de falta que beijou a trave de Nacho Dom.
 
No segundo tempo, Fernando Curutchet adiantou as linhas do Defensor, abrindo a defesa e se expondo para os contra-ataques puxados pelo trio Derlis Orué, Melgarejo e Julian Benitez. Não fossem as intervenções do goleiro Campaña, o Nacional teria ampliando logo nos primeiros 10 minutos.
 
Eis que,  Curutchet decidiu apostar na experiência de Nico Oliveira, o artilheiro do reggae, que diferentemente dos confrontos frente ao The Strongest e Nacional de Medellin, pouco aportou ao ataque violeta. O segundo gol paraguaio já madurava, e após erro crasso na cobertura de um escanteio, Derlis Orué acertou um lindo chute para definir o placar. Curutchet ainda apelou para o jogo aéreo com o ingresso do grandalhão Joaquim Boghossiam.
 
 
O Nacional se fechou nos minutos finais com o ingresso do zagueiro Fabian Balbuena que formou uma linha de 3 defensores ao lado de Caceres e Piris, assegurando uma vitória segura, maiúscula que encaminha o Nacional Querido a uma final inédita. Para o Defensor vale lembrar que nas oitavas de final foi derrotado em La Paz pelo mesmo placar no jogo de ida. Em Montevideo, conseguiu remontar a série vencendo o The Strongest por 2 a 0 e levando a vaga nos pênaltis.
 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A CRONOLOGIA TÁTICA DA ARGENTINA: ES EL EQUIPO DE SABELLA!

A Argentina está na final e deve muito a seu treinador. Diferente de Scolari, Alejandro Sabella nunca se conformou com o irregular rendimento de seus comandados. Com as lesões e o pouco funcional 4-3-1-2 -  esquema fetiche durante as eliminatórias - Sabella  foi encontrando o equilíbrio passo a passo, sempre com variação tática e leitura correta dos rivais. Contra a Bósnia, Pachorra surpreendeu a todos com um 3-5-2 pouco usual em seu ciclo. Campagnaro e Garay como stoppers e Federico Fernandez como líbero, constituíam o tripé defensivo. O esquema não funcionou. Com um meio campo despovoado, a seleção albiceleste teve pouca posse de bola, abusando da ligação direta com Mascherano. No segundo tempo, Sabella desfez o erro estratégico, posicionando a Argentina no 4-3-1-2 com os ingressos de Gago e Higuaín. O volante do Boca Juniors trouxe mais cadência ao time, ao passo que Messi, mais próximo do gol adversário e com Higuaín como sócio, anotou um gol ao seu estilo para fechar a primeira vitória.

Para o duelo frente aos iranianos, Sabella decidiu manter o esquema padrão com Messi como enlace para municiar Higuaín e Agüero. Eis que, o ferrolho iraniano de Carlos Queiroz e a pouca mobilidade do ataque fez com que a Argentina não encontrasse o caminho em Belo Horizonte. Outra vez, a seleção albiceleste deixava uma pobre imagem, apesar da genialidade de Messi que garantiu a vitória com um golaço agônico. Contra a Nigéria, o 4-3-1-2 seguiu em voga. Porém, os graves defeitos defensivos ligaram o sinal de alerta para Sabella. Era preciso mudar algumas peças e criar alternativas para dar mais solidez a um time excessivamente ofensivo. A lesão de Kun Agüero foi um convite para Sabella  posicionar uma nova seleção argentina.

3 vitórias, muito questionamentos por parte da impressa e alguns pontos de interrogação marcavam a trajetória na primeira fase. Com este cenário chegava a Argentina para encarar a Suíça pelas oitavas. Com a lesão de  Kun Agüero e a suspensão de Marcos Rojo, Sabella decidiu armar um 4-2-3-1 inédito. José Basanta, de maior pode defensivo foi escalado na lateral esquerda. No meio de campo, Biglia ganhou o lugar de Gago, formando ao lado de Mascherano, uma dupla de volantes de muito coração para recuperar a posse de bola. Na linha de armadores, Di Maria foi para a ponta direita, com Lavezzi pelo lado oposto. Messi, ficava centralizado, com Higuaín isolado no comando do ataque. Jogo duríssimo, nervoso, definido na prorrogação com uma roubada de bola de Palácio em campo rival e uma nova genialidade de Messi para servir Di Maria. O posicionamento do meia do Real Madrid, invertido por Sabella, acabou sendo decisivo.
Contra a Bélgica, com muita coragem e convicção, Sabella decidiu novamente mudar o esquema. Pachorra postava a Argentina no 4-4-1-1 como nos seus tempos de Estudiantes. A estratégia era dar a bola para os belgas e explorar os contra-ataques pelos flancos com Lavezzi e Di Maria. O gol de Higuaín ajudou a fomentar essa ideia. Com a lesão de Di Maria, Enzo Perez assumiu o posto pelo lado esquerdo da segunda linha argentina. Com personalidade e muito sacrifico, o ex- Estudiantes soube suprir a ausência de Di Maria. Na zaga, Sabella decidiu colocar Martin Demichelis no lugar do inseguro Federico Fernandez. O zagueiro campeão inglês com o Manchester City se ajustou perfeitamente, formando uma dupla de zaga segura ao lado de Ezequiel Garay. No final do jogo um pouco de sofrimento, graças ao recuo em demasia do selecionado argentino. Por fim, após 24 anos, a Argentina voltava merecidamente a uma semifinal de Mundial.

Na semifinal contra os holandeses, Sabella manteve o 4-4-1-1 com Enzo Perez e Lavezzi pelos lados, rivalizando contra os alas laranjas, Dirk Kuyt e Daley Blind. Messi à frente da segunda linha argentina se aproximava de Higuaín, custodiando a principio por De Jong, e posteriormente pelo implacável Classie. No entanto, o destaque argentino em São Paulo esteve no sistema defensivo. Mascherano e Biglia fizeram uma partida sensacional, anulando Sneijder e Wiljnaudum. Rojo, de grande mundial, novamente fez uma partida segura, marcando bem os avanços de Robben. Garay e Demichelis demonstraram outra vez o acerto de Sabella, que bancou a dupla de zaga com muita coragem. Van Persie foi figura nula, graças ao rendimento 5 estrelas dos zagueiros argentinos. Nos pênaltis apareceu a figura de Chiquito Romero. De questionado a herói, o ex-arqueiro do Racing faz um grande mundial, aportando segurança ao time.
Para a final, cogita-se a volta de Di Maria. A priori Enzo Perez deve seguir no time. O meia provou que pode muito bem jogar essa final na marcação de Lahm, em um duelo onde a Argentina sabe que será difícil ter o domínio do meio de campo. Sabella deve manter o esquema 4-4-1-1. Messi terá um duelo chave contra Schweinsteiger. Biglia e Mascherano terão que fazer uma partida perfeita para frear Khedira e Krosso, ao passo que Rojo e Zabaleta ficam com a dura missão de custodiar Özil e Thomas Müller. O ponto a ser explorado pela a Argentina é pela débil marcação germânica pelos lados do campo, principalmente pensando num suposto lampejo de Lavezzi sob a marcação de Howedes. Se o tri vier, Sabella será consagrado por ter a coragem e a convicção de mudar nomes, esquemas e estratégia durante a Copa do Mundo. Por essas e outras a torcida argentina já ensaia o hit: "de la mano de Sabella todos la vuelta vamos a dar"

terça-feira, 8 de julho de 2014

CRONOLOGIA TÁTICA DA ALEMANHA NA COPA DO MUNDO

Neste mundial, estamos presenciando uma nova Alemanha. Talvez, a única seleção entre as sobreviventes que prima pela posse de bola, para delírio das viúvas do Tiki Taka. Joachim Löw resolveu mudar o esquema tático para esta Copa do Mundo. O selecionador alemão - que desde que assumiu a Nationalelf em 2006 - sempre utilizou a linha de ônibus 4-2-3-1. Eis que, com o Bayern de Munique de Pep Guardiola como modelo, Low resolveu mudar de sistema de cara ao mundial. Foi assim, que vimos a Alemanha moer Portugal na estreia, postada no 4-1-4-1/4-3-3. A ideia era ter Lahm como regista, organizando o time como primeiro volante para suprir a ausência de Bastian Schweinsteiger nas duas rodadas iniciais. Com isso, Boateng, novamente seria improvisado para custodiar Cristiano Ronaldo.
Outro detalhe polêmico do novo sistema foi o posicionamento de Mesut Özil, que passou a atuar pelos lados do campo. O meia do Arsenal, claramente no sacrifício, teve seu rendimento prejudicado desde então. Contra Gana, veio a tona os problemas defensivos da Alemanha. Um notório efeito colateral do novo sistema. Com Hummels e Mertesacker, o lento miolo de zaga ficou exposto à velocidade africana. Além do mais, Howedes e Boateng, zagueiros de origem, contribuíam pouco nas ações ofensivas.
No último jogo da primeira fase contra os Estados Unidos, Low pôde contar com o retorno de Schweinsteiger, que formou ao lado de Kross a dupla de meias; Lucas Podolski também ganhou a posição de Götze pelo flanco esquerdo do ataque. Novamente, Thomas Müller foi o herói alemão com seu faro goleador. Apesar das criticas, Lahm seguia como primeiro volante.


Contra a Argélia, vimos a Alemanha sofrer em demasia com os contra-ataques. Com as linhas adiantadas, Mertesacker e Boateng - agora como zagueiro - ficavam expostos no mano a mano contra Slimani. Pelas laterais, duas avenidas deixadas pelo garoto Mustafi na direita, e o frágil Howedes pelo lado oposto. No meio campo, o bom e velho toque de bola propagado pelo tridentre Lahm/Schweinsteiger/Kroos com Ozil e Gotze aberto pelos flancos e Müller como referência.

 Nas quartas, finalmente Low atendeu os pedidos da imprensa alemã: Lahm voltava para a lateral direita. A nova dupla de zaga seria formada por Boateng e Hummels. No meio, Schweinsteiger assumia com astúcia a missão de ser regista alemão. Khedira, novamente titular, ficava adiantado ao lado de Kross como armador. Klose, titular pela primeira vez, ficou com referência de ataque, deixando Thomas Müller sacrificado pela ponta direita. Completando o ataque, Özil atuou como ponteiro esquerdo. Contra o Brasil deveremos ver a Alemanha com essa formação. A dúvida esta no ataque: Klose ou Götze??

domingo, 15 de junho de 2014

ARGENTINA 2 X 1 BÓSNIA - SABELLA, UM CARA DE CORAGEM

Não se pode dizer que Sabella é covarde. O treinador argentino arriscou mudar o sistema de jogo, justo na estreia da Copa do Mundo. O 4-3-3, de toda eliminatória, dava lugar a um 3-1-4-2. Gago e Higuain cediam a titularidade para Campagnaro e Maxi Rodriguez. Uma das ideias era liberar um pouco mais as subidas de Di Maria pela esquerda. O gol contra, logo no começo do jogo, dava a impressão que a vitória viria comodamente. Eis que, vimos a uma Argentina confusa, sem posse de bola e descompactada. Messi era facilmente batido, ora por Besic, ora por Kolasinac, quando não pelo zagueiro Spahic. A Bósnia tomava conta do meio de campo, com paciência, rodando a bola em seu 4-2-3-1. Pjanic ditava o ritmo, ao passo que o armador Misimovic ficava com a missão do últimos passe, acionando o centroavante Dzeko.
 
A Argentina seguia imprecisa, com Zabaleta e Rojo contidos pela marcação dos ponteiros Lulic e Hajrovic. Mascherano como condutor era outro exagero do novo sistema, tentando descompensar a falta de compactação entre meio e ataque com ineficientes passes longos. A ideia de jogar com 3 zagueiros, mais do que nunca, parecia equivocada. Federico Fernadez, Campagnaro e Garay ficavam com a marcação apenas de Dzeko, trazendo inferioridade numérica no meio de campo. Mudar era preciso.
Para o segundo tempo, Sabella foi novamente corajoso. Mesmo com a vantagem no placar decidiu voltar ao esquema tradicional com a entrada de Gago e Higuiain. A Argentina retornava ao 4-3-3, que de fato se transforma em 4-3-1-2, com  Messia servindo Aguero e Higuain. A albiceleste voltava melhor, com Gago dando mais cadencia e posse de bola. Messi, passo a passo, entrava no jogo. Por fim, L Pulga se situava onde melhor rende: nos últimos metros do campo rival, as costas dos volantes Besic e Pjanic. O segundo gol resume a melhora. Tabela com Higuain, corrida de 15 metros e chute no canto. Golaço característico.
 
Safet Susic ainda mexeria na sua equipe em busca do empate. Entraram Visca, Ibisevic e Medujanin nos lugares de Misimovic, Hajrovic e Mudja. Assim, a Bósnia quebrava os 30 minutos de predomínio argentino no segundo tempo. Ibisevic acompanhava Dzeko, dando maior presença entre os zagueiros argentinos, ao passo que Lulic e Visca atacavam pelos flancos. O gol de Ibisevic traria emoção aos últimos minutos. Sabella resolveu segurar o resultado com a entrada de Biglia no lugar de Agüero, para auxiliar Gago na cobertura de Medujanin e Lulic , que caiam pelo flanco esquerdo. No final o 3 a 1 deixou claro que o caminho para a Argentina é jogar ao seus estilo, no 4-3-3/4-3-1-2.

sábado, 14 de junho de 2014

MÉXICO 1 X 0 CAMARÕES - PELA ALAS EL TRI ENCONTROU O CAMINHO; CAMARÕES DEIXOU UMA POBRE IMAGEM

México e Camarões debutavam em meio à chuvosa Arena das Dunas de Natal. El Tri, fiel a seu estilo, começava a todo vapor, assumindo o rol de protagonista. Miguel Herrera postou o México no 3-5-1-1, usando muito as subidas dos alas Layun e Aguilar. Camarões compactava nos últimos 40 metros do campo com um conservador 4-1-4-1 que deixa Eto'o isolado entre a trinca de zagueiros astecas - Francisco Rodriguez, Rafa Marquez e Hector Moreno. O México era superior, não fosse a péssima arbitragem do colombiano Wilmar Roldán, poderia ter saído na frente já no primeiro tempo  O meio campo dos leões indomáveis tinha Song entre as duas linhas armadas por Volker Finke. A zaga com Nkolou e Chedjou falhava aos borbotões, enquanto os laterais Djeugoue e Ekotto ficava presa a marcação do alas mexicanos. A segunda linha camaronesa tinha Mbia e Enoh por dentro, além de Moting e Mounkandjo abertos pelos flancos.

 As princpais jogadas de Camarões partiam pela ala esquerda com Layun ultrapassando as costas de Mounkandjo, saindo no mano a mano com o lateral direito Djeugoue. O Ox0 deixava um trago amargo aos mexicanos pela ampla superioridade, principalmente com a boa atuação do tridente de meias composto por Vazquez na contenção, além de Hector Herrera e Guardado como armadores. A dupla de ataque, Oribe Peralta e Giovani dos Santos seguia bastante imprecisa.

No segundo tempo, Finke tirou o lateral Djeugoue, de péssima atuação para a entrada de Nounkeu. Os meias extremos , Mounkandjo e Moting ficava preso a defesa armando quase uma linha de 6. O México seguia dominando mas já sem criar tantas chances de gol. Eis que de uma linda jogada de pé em pé, o México abriu o placar. Herrera foi o arquiteto da jogada, Giovani dos Santos arrematou e após rebote de Itandje, Peralta, então apagado no jogo, anotou o único gol do confronto.



Finke tardou em mexer na equipe. Apenas nos últimos 15 minutos houve a entrada de Webo para acompanhar o isolado Etoo. Camarões foi para o abafa e teve chance de empatar. Miguel Herrera compensou com a entrada de Marco Fabian no meio de campo no lugar de Guardado e Chicharito, que perderia um gol incrível, ocupando o posto de Oribe Peralta.. No final, merecida vitória mexicana. Lição de casa feita e a possibilidade, pequena porém real, de vencer o Brasil usando os lados do campo com Layun e Aguilar.

COSTA DO MARFIM 2 X 1 JAPÃO - O FATOR DROGBA, COMO SEMPRE DETERMINANTE

O Japão de Zacheroni conheceu o doce gosto momentâneo do domínio do jogo. Foram 2/3 da peleja, onde a Costa do Marfim era consumida pela estratégia bem definida por Alberto Zacheroni. Até a entrada de Drogba, que mudaria o destino, a tranquilidade reinava como havia planejado o estrategista italiano. O Japão foi a campo no seu habitual 4-2-3-1, que se transformava em um 4-4-1-1 com Honda encostando em Osako no comando do ataque. Kagawa, o outro distinto dessa geração japonesa, se sacrificava pelo time na marcação do lateral direito Aurier. Pelo flanco oposto, Okasaki fazia a mesma função, combatendo os avanços de Boka. A Costa do Marfim tinha a bola mas esbarrava nos grosseiros erros de passe da dupla de volantes, Die e Tiote. Yaya Toure era o único que encostava no tridente de ataque para tentar articular algo melhor. Contudo, Hasebe, o volante de mil batalhas, freava o craque do Manchester City, ajudado por seu companheiro Yamaguchi.


Eis que apareceram os velhos fantasmas dos elefantes. Zokora e Bamba vacilaram, numa terrível e corriqueira desatenção que original o primeiro gol asiático. De um lateral, vejam bem, Honda apareceu libre para fuzilar Barry, que nada pode fazer. O Japaão seguiu, mesmo sem a bola, com o controle psicológico do jogo, com suas duas linhas bem próximas, evitando o desborde dos ponteiros, Gervinho e Kalou, enquanto Bony deixava a torcida marfinense com saudades de Drogba.
 
Foi então que aos 15 do segundo tempo, ingressou o craque do Galatasaray, que em seu primeiro lance já mostrou a que veio com um calcanhar delicioso. A Costa do Marfim deixava o 4-2-3-1 e passava a atuar no 4-2-2-2  com dois centroavantes - Drrogba e Bony - dois meias extremos - Gervinho e Kalou - e o recuou de Yaya para formar a dupla de volantes com Tiote. Foi assim, que em dois minutos, a Costa do Marfim encontrou o gol. Fruto de uma maior presença de área para incomodar os inseguros Yoshida e Morishige.
 
O lateral Aurier, então sumido, subiu duas vezes pela direita sem o acompanhamento de Kagawa. No primeiro encontrando Bony. No segundo, foi a vez de Gervinho ir a rede. A defesa japonesa, a segunda mais baixa desse mundial, desnudava a velha falência pelo jogo aéreo. Mesmo com as mudanças de Zacheroni, o Japão não teve forças para buscar o empate. O Grupo B, o dos mortais, segue aberto, agora com um caminho aberto para Colômbia e Costa do Marfim, que se enfrentam quinta feira em Brasília.