terça-feira, 8 de julho de 2014

CRONOLOGIA TÁTICA DA ALEMANHA NA COPA DO MUNDO

Neste mundial, estamos presenciando uma nova Alemanha. Talvez, a única seleção entre as sobreviventes que prima pela posse de bola, para delírio das viúvas do Tiki Taka. Joachim Löw resolveu mudar o esquema tático para esta Copa do Mundo. O selecionador alemão - que desde que assumiu a Nationalelf em 2006 - sempre utilizou a linha de ônibus 4-2-3-1. Eis que, com o Bayern de Munique de Pep Guardiola como modelo, Low resolveu mudar de sistema de cara ao mundial. Foi assim, que vimos a Alemanha moer Portugal na estreia, postada no 4-1-4-1/4-3-3. A ideia era ter Lahm como regista, organizando o time como primeiro volante para suprir a ausência de Bastian Schweinsteiger nas duas rodadas iniciais. Com isso, Boateng, novamente seria improvisado para custodiar Cristiano Ronaldo.
Outro detalhe polêmico do novo sistema foi o posicionamento de Mesut Özil, que passou a atuar pelos lados do campo. O meia do Arsenal, claramente no sacrifício, teve seu rendimento prejudicado desde então. Contra Gana, veio a tona os problemas defensivos da Alemanha. Um notório efeito colateral do novo sistema. Com Hummels e Mertesacker, o lento miolo de zaga ficou exposto à velocidade africana. Além do mais, Howedes e Boateng, zagueiros de origem, contribuíam pouco nas ações ofensivas.
No último jogo da primeira fase contra os Estados Unidos, Low pôde contar com o retorno de Schweinsteiger, que formou ao lado de Kross a dupla de meias; Lucas Podolski também ganhou a posição de Götze pelo flanco esquerdo do ataque. Novamente, Thomas Müller foi o herói alemão com seu faro goleador. Apesar das criticas, Lahm seguia como primeiro volante.


Contra a Argélia, vimos a Alemanha sofrer em demasia com os contra-ataques. Com as linhas adiantadas, Mertesacker e Boateng - agora como zagueiro - ficavam expostos no mano a mano contra Slimani. Pelas laterais, duas avenidas deixadas pelo garoto Mustafi na direita, e o frágil Howedes pelo lado oposto. No meio campo, o bom e velho toque de bola propagado pelo tridentre Lahm/Schweinsteiger/Kroos com Ozil e Gotze aberto pelos flancos e Müller como referência.

 Nas quartas, finalmente Low atendeu os pedidos da imprensa alemã: Lahm voltava para a lateral direita. A nova dupla de zaga seria formada por Boateng e Hummels. No meio, Schweinsteiger assumia com astúcia a missão de ser regista alemão. Khedira, novamente titular, ficava adiantado ao lado de Kross como armador. Klose, titular pela primeira vez, ficou com referência de ataque, deixando Thomas Müller sacrificado pela ponta direita. Completando o ataque, Özil atuou como ponteiro esquerdo. Contra o Brasil deveremos ver a Alemanha com essa formação. A dúvida esta no ataque: Klose ou Götze??

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