domingo, 30 de junho de 2013

A EVOLUÇÃO DO TIKI-TAKA ESPANHOL

Com a base da seleção sub-20 campeã do mundo em 99 e medalha de prata nas Olímpiadas de 2000, Luis Aragonés armou a Espanha para  a Eurocopa de 2008 no 4-4-2, com o maestro Xavi regendo a Fúria, graças ao implacável Marcos Senna na contenção. A zaga era formada por Marchena e Puyol, ao passo que os laterais, Sergio Ramos e Capdevilla, subiam pouco ao ataque. Aragonés apostava pelo toque de bola de  Fábregas e Andres Iniesta   que trocavam constantemente de posição, afim de servir a afiada dupla de ataque formada por David Villa e Fernando Torres. Eliminando a Itália - nos penaltis -  e  destruindo a Russia - então sensação da competição -  a Fúria chegou a final contra a Alemanha, e exorcizou a fama de amarelona ao vencer os germânicos por 1 a 0, com gol de Niño Torres. A Eurocopa se rendia ao Tiki-Taka e a imposição da posse de bola.
Já com Vicente del Bosque, a Espanha jogou a Copa do Mundo de 2010 no esquema da moda: o 4-2-3-1 com Busquets e Xabi Alonso como volantes e Xavi Hernandez como armador. Com Fernando Torres em má fase, Del Bosque apostou em  David Villa como centroavante. Iniesta, autor do gol do título, foi atuar como ponta-esquerda, ao passo que Pedro ficava como válvula de escape pelo lado direito. A Espanha, apesar do domínio perante a todos os adversários, foi o Campeão mundial com a menor média de gols da história dos mundiais, muito em função de ter dois laterias de pouca projeção como Capdevilla e Sergio Ramos. 
Na Eurocopa de 2012, Del Bosque foi mais agressivo. Colocou um lateral de maior projeção pelo lado esquerdo, Jordi Alba, e decidiu usar a formula do Barcelona de atuar sem centroavante fixo. Cesc Fábregas, aproveitou a má fase de Villa e Torres, e passou a atuar como falso 9. David Silva, figura chave  do campeão inglês, Manchester City,  ganhou a posição de Pedro, a Espanha ganhou ainda mais qualidade de toque de bola mas perdeu o ímpeto de Pedro. A Espanha fez partidas modorrentas, como a semifinal contra Portugal, mas na final, perante a Itália deu um show de bola massacrando a Azzurra por 4 a 0 e calando os críticos do Tiki-Taka

terça-feira, 25 de junho de 2013

NEWELL'S OLD BOYS: CAMPEÃO SOB A BATUTA DO GRANDE TATA MARTINO

No segundo semestre de 2011, quando assumiu o  Newell's Old Boys - após levar o Paraguai as quartas do mundial de 2010 e a final da Copa América - Gerardo Martino encontrou o seu amado clube a beira do abismo. Com a media baixa dos últimos três campeonatos - o famoso promedio - que o condenava a jogar a temida Promoción. Por amor ao clube onde foi ídolo no final dos anos 80 e começo dos anos 90 - é o jogador que mais vestiu a camiseta rojinegra em toda história - Tata Martino assumiu a bronca, implantando sua mentalidade vencedora. Apostando na tradição do Newell's em revelar bons jogadores, além de ajudar a repatriar veteranos fortemente identificados com o Newell's - Maxi Rodriguez e Gabriel Henze. Postado no 4-3-3, o Newell's Old Boys começou a temporada de maneira agressiva com Henze liderando a zaga, Pablo Perez na organização do meio de campo e Maxi Rodriguez como ponta esquerda, municiando a dupla de ataque formada por Figueroa e Nacho Scocco. O Capitão, Lucas Bernardi, começou a temporada suspenso por doping, em seu lugar o também experiente Mateo ficou encarregado de ser o volante de marcação deste ofensivo meio- campo. O jovem Tonso também ganhou espaço, atuando como ponta direita.


Nahuel Guzman foi outra aposta de Gerardo Martino. Sebastian Peratta perdeu a posição de goleiro, pois Guzman, além de ser mais jovem, tem a qualidade de sair bem com os pés, qualidade ímpar para um time que se acostumou a sair tocando por baixo, sem apelar para os chutões. Cáceres também foi um pedido de Tatá Martino - com que trabalhou na seleção paraguaia. O lateral guaraní é zagueiro de origem, assim, em muitas ocasiões acaba formando uma linha de 3 zagueiro com Vergini de líbero e Henze saindo pela esquerda. Quem ganhou com esta variante tática foi o lateral esquerdo, Milton Casco. O jogador revelado pelo River Plate foi um dos destaques ofensivos do Newell's nesta temporada, fazendo uma sociedade exitosa com Maxi Rodriguez pela lado esquerdo.


O Capitão, Lucas Bernardi, começou a temporada suspenso por doping, em seu lugar o também experiente Mateo ficou encarregado de ser o volante de marcação deste ofensivo meio de campo. O jovem Tonso também ganhou espaço, atuando como ponta direita, assim como o meia Orzan e o centroavante Urrutti - o segundo maior goleador da equipe na temporada. Quando atrás no placar, Tata Martino soube usar o jovem banco de reserva - repleto de pratas da casa - com um Newell's atuando com 3 zagueiros e dois centroavantes.