quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

river campeao!

"El mas grande sigue siendo River Plate, por su estilo, sus estrellas y su gente. Porque River no se vende, porque se lleva en la piel y en cualquier lugar que este siempre va al frente.."  toca e toca cada vez mais alto o hino do River Plate, o campeão da Copa Sulamericana de forma invicta que lava a alma com fúria e coração. 8 vitórias, 2 empates e uma conquista irretocável que coloca o conjunto de Nuñez na rota de voltas olímpicas em âmbito continental.Um processo de reconstrução que vai além das quatro linhas, que teve início com a saída da nefasta gestão de Daniel Passarella. Rodolfo D'Onofrio assumiu a presidência apostando pelo retorno de jogadores históricos ao comando gerencial do futebol. Com Beto Alonso e Enzo Francescoli - ídolos dos anos 80 e 90 -  agora como diretores, o River foi atrás de Ramon Diaz, seu histórico e folclórico treinador. O mais vencedor D.T millonario escolheu o bom e velho 4-3-1-2 riverplatense como seu estandarte tático. O título do torneio final de 2014 resgatou o toque de bola e o retorno aos títulos que estancam o orgulho ferido após o traumático rebaixamento em 2011.
Campeão do Torneio Final 2014: Sempre no 4-3-1-2 de Ramon Diaz, o River voltava a ser campeão e mostrar bom jogo
Daquele time ainda permanescem 6 titulares: Marcelo Barovero, Gabriel Mercado, Jonathan Maidana, Leonel Vangioni, Ariel Rojas e Teo Gutierrez. No miolo de zaga Pezzella assumiu a condição de titular na reta final com a lesão de Jonatan Maidana. Na cabeça de área, após a saída de Lobo Ledesma, Gallardo deu chance a Kranevitter. O jovem, saído das canteras millonarias, vinha jogando o fino como o encarregado do primeiro passe e da marcação do enganche rival. Contudo, uma lesão séria fez de Ponzio o novo "velho" regista. O veterano se destacou pela inteligencia tática e a boa e velha chegada maliciosa de quem tem temperamento e "maneja los tiempos". Para o lugar do colombiano Carlos Carbonero, o River foi atrás do uruguaio Carlos Sanchez, que havia disputado a B Nacional em 2012, tendo escasso destaque e partindo para terras aztecas. Na armação, o River contratou junto ao Argentinos Juniors o veterano Pisculichi. O meia, honrando a tradição do clube de La Paternal foi o fator determinante na conquista, substituindo Lanzini com propriedade. O gol decisivo contra o Boca e o protagonismo na finalíssima, deixam Piscu como um dos maiores personagens da conquista. No ataque, Teo Gutierrez e Rodrigo Mora fizeram dupla entrosada e goleadora. Mora, que estava emprestado a La U de Chile, retornou em grande estilo para substituir Fernando Cavenaghi, o centroavante histórico, que perdera o segundo semestre em quase sua totalidade por uma grave lesão.


Na decisão um duro e bem organizado Nacional de Medellín. Juan Carlos Osorio, el profe, foi mais conservador, desfazendo o 3-3-1-3 da primeira partida e espelhando o seu time no 4-3-1-2 com Edwin Cardona como enganche, marcado de perto por Ponzio. Os primeiro 20 minutos foram de "pierna fuerte". Muitas dividas, faltas e chutões. Nesse período vimos 10 faltas em 20 minutos com uma média de uma infração a cada 2 minutos. Pouco jogo e chances apenas em bolas paradas com Pisculichi. O Nacional esperava em 3/4 do campo, especulando com marcações determinadas e saída rápida com Orlando Berrio pelo flanco direito contra a marcação de Vangioni. Ruiz, o centroavante mais adiantado, ajudava para cobrir o lado direito e as eventuais subidas de Mercado - que retornava após suspensão. Na meia cancha, Mejia era o regista verdolaga. Tudo passava por ele, incluindo o primeiro passe e outros mais longos - de 30 a 40 metros - que eram bem controlados pelos zagueiros German Pezzella e Ramiro Funes Mori. Bernal e Farid Diaz perdiam os seus duelos contra Carlos Sanchez e Rojas, e assim, os millonarios tiveram seus melhores momentos dos 20 aos 35 minutos.O River, mais descansado, mostrava intensidade para roubar a bola dos colombianos em seu campo. Teo Gutierrez e Mora, mano a mano contra Najera e Henriquez, tiveram boas chances frente a frente contra Armani, no entanto, o goleiro argentino do Medellin se fazia luzir a cada intervenção. Teo perdeu três belas chances, mantendo os cafeteros no confronto. Contudo, a grande chance Verdolaga viria em uma ótima trama de contra ataque e uma triangulação de Cardona, Berrio e Ruiz, que só não terminou em gol graças ao pé salvador de Barovero.


Por José Victor e Felipe Bigliazzi