segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O GRANDE ATLÉTICO DE MADRID QUE CALOU O BERNABEU


O que falar de Cholo Simeone? um vencedor nato desde os tempos de jogador, que agora como "professor" começa a conquistar a Europa "con el cuchillo entre los dientes". Quando falamos de Simeone lembramos daquele volante implacável, rústico e feroz, que nos assustava a cada  Brasil x Argentina no começo dos anos 90. A verdade é que Simeone era um grande jogador, refletido por seu respeitável currículo. Em 2000 foi campeão italiano pela Lazio marcando o gol do título contra a Juventus de Zidane e cia.; na Espanha também foi campeão nacional, dessa vez por seu amado Atlético de Madrid - ambos após décadas de fila e amargura  Agora como técnico do Atlético de Madrid começa a demonstrar a mesma mentalidade vencedora dos tempos de jogador. Após títulos na Argentina comandando o Estudiantes de La Plata e o River Plate, Simeone chegou ao Atlético de Madrid em 2012, ainda com a banca de ídolo histórico por ter sido o volante  daquele  time campeão de La Liga na temporada 1995/96, comandado por Radomir Antic. Eis que, Simeone conseguiu armar um Atlético de Madrid a sua imagem e semelhança: um time aguerrido  que fez do Aleti campeão da Liga Europa em 2011/12 e da Copa do Rei da ultima temporada - justamente contra o Real Madrid em pleno Santiago Bernabeu. Neste sábado, credenciado pelo começo impressionante de temporada, o conjunto colchonero, após anos de humilhação perante o primo rico da cidade,  chegava a Chamartín como líder do campeonato espanhol ao lado com Barcelona, com 100% de aproveitamento. No Real Madrid, a sempre exigente torcida merengue já começava a desconfiar do trabalho de Ancelloti, que logo de cara mudou completamente o esquema de jogo, desfazendo o 4-2-3-1 dos tempos de Mourinho para deslocar Cristiano Ronaldo para uma nova função: agora ao lado de Benzema como centroavante. No meio-campo, o treinador italiano apostou no jovem Illarramendi para fazer dupla com Khedira. O Real Madrid começou o jogo sem ideias, absorvido totalmente pela estratégia de Simeone. O argentino armou um Atlético agressivo,   pressionando a saída de bola madridista, com Koke e Arda Turan  combatendo os avanços de Arbeloa e Fabio Coentrao. Gabi e Tiago -  que substituiu o lesionado Mario Suarez - fechavam  a segunda linha colchonera . O gol surgiu logo no inicio do jogo. Após o bote em Di Maria, Filipi Luis  encontrou Koke - em grande fase - que deu um lindo passe no vazio, entre Arbeloa e Pepe, encontrando Diego Costa - o artilheiro do campeonato espanhol - dentro da área para anotar a vantagem colchonera.
No segundo tempo, Ancelloti tentou desfazer sua péssima escalação,  colocando Bale e Modric nos lugares de Di Maria e Illarramendi. Mudança de nomes, mas não de postura. Isco, apagadíssimo, veio atuar como meia centralizado, ao passo que Cristiano Ronaldo voltava para a sua posição natural,  a ponta-esquerda. O Real Madrid seguia dominado psicologicamente pelo Atlético, que contra golpeava com rapidez, sempre com a dupla Koke e Arda Turan.
No Final, Ancelotti colocou o jovem Morata para acompanhar Benzema, em uma tentativa desesperada de encontrar o empate. Simeone fechou ainda mais sua segunda linha de marcação,  com a entrada do uruguaio Cebolla Rodriguez pela direita. A vitória estava garantida. Mais do que os três pontos contra o maior rival e a liderança garantida, fica a esperança de que a Liga espanhola, enfim, se desprenda um pouco deste universo polarizado há anos por Barcelona e Real Madrid.


sábado, 28 de setembro de 2013

UM DERBI MORNO NO REENCONTRO DE MOURINHO COM VILLAS-BOAS

De olho na importante rodada de meio de semana pela Champions League, Mourinho armou o Chelsea de maneira cautelosa, com Ramires fechando a linha de armadores pelo lado direito, combatendo os avanços de Naughton - que substituía Rose. No comando de ataque, Fernando Torres voltava a ter oportunidades neste começo de temporada. O espanhol foi bem na partida, dando trabalho a Dawson e Verthongen - com quem se estranhou inúmeras vezes até cavar sua expulsão. Mikel ficou com a missão de marcar Erikson, o meia armador do Tottenham. Paulinho atuou mais livre -  como nos tempos de Corinthians - tendo um duelo morno contra Frank Lampard, ao passo que Dembelé ficava como primeiro volante marcando Oscar. Primeiro tempo superior do Tottenham, que foi o único a propor jogo, enquanto o Chelsea esperava para sair em contra-ataques puxados por Ramires ou Hazard. Apesar do domínio, o Tottenham criou poucas chances de gol. A vantagem apareceu na única boa trama armada  pela esquerda, sob as costas de Ivanovic; linda troca de passes entre Erikson ,Soldado e Sigurdsson, que culminou com a finalização no meia-esquerda islandês.
No segundo tempo, Mourinho colocou Juan Mata no lugar de Mikel, assim Ramires formou a dupla de volantes com Lampard, enquanto Oscar foi deslocado para a ponta direita. O Chelsea, enfim, saia para o jogo em White Hart Lane. O gol surgiria em uma cobrança de falta de Mata, que encontrou a cabeça de John Terry.
 
O Tottenham fazia um péssimo segundo tempo, sem conseguir entrar na área do Chelsea. Villas-Boas, que durante a semana afirmou não ser mais amigo de Jose Moutinho -  com quem trabalhou como assistente técnico nos tempos de Porto e Internazionale -  apostou pela entrada de Chadle pela ponta direita, Holtby pela centro e Defoe para o comando do ataque.
Após a expulsão polemica de Fernando Torres, Mourinho fechou o time com as entradas de Schürrle e Azpilicueta para fechar as subidas de Naughton e Walker, assim Mata ficou como o único homem de frente. O Tottenham ensaiou um abafa, mas a zaga do Chelsea formada hoje por David Luiz e Terry, conseguiu segurar o empate em White Hart Lane, em um clássico menos intenso do que se esperava.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

CRUZEIRO: O (IM)PROVÁVEL CAMPEÃO BRASILEIRO

 2013 parece mesmo estar destinado a ser o ano do futebol mineiro. No primeiro semestre tivemos o Galo como campeão das Américas. Agora, vemos o Cruzeiro caminhando a passos largos para levar o Brasileirão de forma tranquila e inesperada. O empate desde domingo contra o Corinthians fez com que  a Raposa se distanciasse  8 pontos do  Botafogo. Sucesso improvável de um time montado as pressas, que desafia a lógica da continuidade de um trabalho a longo prazo, tão aclamado e laureado em torneios de pontos corridos.  6 titulares - Dedé, Bruno Rodrigo, Nilton, Willian, Ricardo Goulart e Everton Ribeiro -  chegaram a Toca da Raposa no início do ano, graças a venda de Montillo para o Santos por 10 milhões de euros. A ascensão do Atlético Mineiro, então vice-campeão nacional, fez com que o presidente Gilvan Tavares investisse pesado. O novo presidente, assumiu o clube no segundo semestre de 2011 - como o candidato da situação - em meio a mais grave crise esportiva das ultimas décadas. Vale recordar que  no  Brasileiro de 2011, o Cruzeiro brigou para não cair até a ultima rodada, sendo salvo da degola após golear o Atlético em Sete Lagoas. Para a temporada seguinte, o ex-braço direito dos irmãos Perrella, começou a montar o time trazendo o experiente lateral Ceará -  que vinha sendo pouco utilizado no Paris Saint Germain - assim como Borges, Diego Souza e outros jogadores em baixa no mercado do eixo Rio-São Paulo. Apesar do aporte financeiro, o Cruzeiro não deslanchou em 2012, perdendo o estadual para o Galo, além de terminar o campeonato nacional na nova colocação. Celso Roth foi dispensado, e para a atual temporada, Gilvan Tavares decidiu apostar em Marcelo Oliveira. Uma decisão que a principio não agradou a torcida, tendo em vista o passado alvinegro de Marcelo Oliveira - como jogador foi campeão pelo Galo com aquele grande time do final dos anos 70. Marcelo Oliveira vinha de um trabalho sólido comandando o Coritiba, eclipsado em âmbito nacional ao conduzir o clube do Alto da Gloria a dois vice-campeonatos da Copa do Brasil. No Vasco, Marcelo Oliveira não emplacou,  mesmo assim, Gilvan Tavares decidiu apostar no trabalho sério do promissor treinador. Logo no campeonato mineiro o Cruzeiro demonstrou evolução rápida sob o comando de Marcelo Oliveira, que optou pelo sistema 4-2-3-1, o mesmo dos tempos de Coritiba. A perda do titulo para Atlético era esperada, tendo em vista que a equipe de Cuca vinha embalada pela ótima campanha na Libertadores, no entanto a vitória por 2 a 1 no ultimo jogo deu mostras da evolução de um time que já apresentava compactação entre as linhas e pressão da saída de bola no campo rival.
 
No Brasileiro, o Cruzeiro teve baixas importantes logo no inicio da campanha: Diego Souza foi negociado com o Metalist da Ucrânia , ao passo que Luan e Dagoberto estiveram boa parte do primeiro turno lesionados. Foi então que Ricardo Goulard - o melhor jogador do Goias na serie B do ano passado - ganharia uma vaga como meia centralizado, enquanto Willian, ex-Corinthians - que veio por empréstimo para o Cruzeiro, envolvido na transação de Diego Souza com o Metalist - ganhou a oportunidade de atuar aberto pelo flanco esquerdo nesse 4-2-3-1 de Marcelo Oliveira. Fechando a linha de armadores esta Everton Ribeiro, talvez o melhor jogador deste campeonato brasileiro. O ataque do Cruzeiro é o mais efetivo do Brasileirão com 48 gols anotados em 23 jogos disputado.Alguns jogadores da base também ganharam espaço, principalmente o volante Lucas Silva, uma das revelações deste campeonato, que se tornaria peça chave no esquema de Marcelo Oliveira por ser o responsável pela saída de bola do time, além de auxiliar Nilton na contenção do meio-campo. O ex -volante do Vasco tem cadeira cativa na seleção do campeonato, pois além de proteger a segunda defesa menos vazada do campeonato - com 19 gols em 23 jogos - tem se mostrado um exímio goleador. Nilton já anotou 6 gols no campeonato, o último foi o golaço que abriu a goleada sobre o vice-líder Botafogo na penúltima rodada. 
 
No comando do ataque o Cruzeiro conta com o veterano Borges, que tem ate aqui faz apenas um campeonato regular, tendo apenas 4 gols anotados. Com a chegada de Julio Baptista - que vem sendo utilizado como centroavante em seu retorno ao Brasil - Borges deverá perder a posição de titular. Dagoberto também pede pista após retornar de lesão, no entanto, o ex-jogador do São Paulo segue como opção para o segundo tempo, quase sempre posicionado pelo flanco direito, opção que faz com que Everton Ribeiro seja deslocando para a posição central do meio-campo no final das ultimas partidas. Outro destaque do Cruzeiro é o lateral Egídio, que após nunca conseguir se firmar no Flamengo, vem demonstrado muita disposição após ganhar a disputa com Everton pela posição de titular na lateral-esquerda. Egídio, tem sido um dos jogadores mais participativos, com grande liberdade para apoiar o ataque, já que Ceara, pelo lado direito, fica mais preso a defesa fazendo a cobertura do setor. A zaga é totalmente nova, composta por Bruno Rodrigo, pela esquerda e Dedé pela direita. No gol, Fabio vem demostrando  a segurança que o credencia a disputar com Victor a terceira vaga de goleiro da família Scolari.
 
A Campanha do Cruzeiro surpreende, principalmente se levarmos em conta o orçamento menor em comparação a outros rivais como Corinthians, Fluminense, Grêmio, Internacional e São Paulo. Símbolo de um campeonato irregular, que ficará marcado pela sequencia atroz de jogos de meio de semana. Nada que diminua os méritos da diretoria cruzeirense, que soube rechear o elenco em todas as posições, assim como Marcelo Oliveira que armou um time rápido, compacto e moderno, estes que são os argumentos deste merecido e (im)provável Cruzeiro, o virtual campeão brasileiro de 2013.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

GAROTAS ALLA VAMOS: A ARGENTINA VEM EM BUSCA DA TERCEIRA ESTRELA


Garotas alla vamos!!!!eis a manchete do diário esportivo Olé da ultima quarta-feira - para protestos feministas e dos chatos de plantão - no dia seguinte a vitória de 5 a 2 sobre o Paraguai, que classificou antecipadamente a seleção argentina para a Copa do Mundo. Para contar essa historia é preciso voltar ao dia 16/07/2011, quando a seleção albiceleste foi eliminada traumaticamente da Copa América, após perder  nos pênaltis frente ao Uruguai. Logo após o jogo, ali mesmo no Cementerio de Los Elefantes  - como é conhecido o estádio do Colón de Santa Fé - a crônica  argentina discutia sobre as mudanças que deveriam ocorrer para que a seleção voltasse a trilhar um caminho seguro nas eliminatórias para Copa - que começariam dali a dois meses. O fato é que encerrava-se o ciclo de Sergio Batista de forma melancólica. O volante campeão do mundo com a Argentina em 86, vinha de um titulo olímpico sob seu comando. A AFA(ASSOCIACIÓN DEL FÚTBOL ARGENTINO)decidiu apostar na continuidade do projeto olímpico para tentar apagar a pobre imagem deixada no ciclo de Maradona. Eis que o fracasso na Copa América escancarava o mais  novo equívoco de Julio Grondona e seus bluecaps."Maradona e Batista nao estavam preparados para dirigir a seleção principal. Era preciso um treinador maduro" afirmava Juan Pablo Mendez,  jornalista do diário Olé! O escolhido para a assumir a bronca foi Alejandro Sabella, que vinha de uma sequencia exitosa comandando o seu amado Estudiantes de La Plata -  campeão da Libertadores de 2009 e do Torneio Apertura de 2010. A grande missão de Sabella era resolver os problemas defensivos e potencializar o futebol de Lionel Messi.

Sabella decidiu manter a base campeão olímpica sob o comando de seu antecessor. Oito titulares absolutos na campanha das eliminatórias faziam parte da equipe que levou o ouro em Pequim: Sergio Romero, Ezequiel Garay, Zabaleta, Mascherano, Fernando Gago, Di Maria, Messi e Agüero.A grande mudança veio na defesa. Sabella, criado no Estudiantes - clube símbolo do futebol pragmático difundindo mundialmente por Carlos Bilardo nos mundiais de 86 e 90 - sabia que era preciso dar solidez defensiva para que o quarteto fantástico - Messi, Di Maria, Agüero e Higuain -  pudesse marcar a diferença no ataque.  Sabella decidiu manter o goleiro Sergio Romero, apesar das criticas da imprensa local, assim como a manutenção de Zabaleta, que vinha em franca evolução com a camiseta do Manchester City. Na lateral-esquerda, Sabella colocou todas as suas fichas em Marcos Rojo, jogador revelado por ele no Estudiantes de La Plata.O miolo de zaga foi remodelado: Ezequiel Garay ganhou nova oportunidade, graças a seu bom desempenho com a camiseta do Benfica, enquanto Federico Fernandez representava uma nova aposta de Sabella em um jogador de sua  oriundo das categorias de base do Estudiantes. Apesar da boa media de gols sofrida nas eliminatórias - foram 11 em 14 jogos - a defesa ainda gera desconfiança, como explica o jornalista argentino Juan Pablo Mendez "O goleiro Sergio Romero, nunca deu confiança, e agora vai ser reserva no Monaco nesta temporada. Na zaga a Argentina não possui uma grande safra. Garay e Fernandez não possuem a liderança necessária. Contra o Paraguai, voltamos a ter problemas na lateral esquerda; Rojo não jogou e Basanta, que é um zagueiro de origem, teve uma atuação preocupante"

A grande vantagem argentina esta no conjunto e nas individualidades do quarteto magico - Di Maria, Messi, Agüero e Higuain - que fizeram 27 dos 30 gols da Argentina nas eliminatórias. No esquema de Alejandro Sabella, Angel Di Maria atua mais recuado, fechando o losango do meio-campo pela esquerda, em um posicionamento diferente ao que fazia com Mourinho no Real Madrid. Kun Agüero também teve que assumir uma nova postura tática, voltando para marcar o lateral adversário quando a Argentina não tem a bola. Até mesmo Higuain, o centroavante de oficio, fecha a primeira linha de marcação pelo lado direito "Um grande mérito de Sabella foi convencer as estrelas a se sacrificarem pela equipe. Eles entenderam que parar jogar juntos deveriam auxiliar na recuperação da posse de bola no campo rival" afirmou o jornalista argentino Juan Pablo Mendez. A dupla de volantes é formada por Mascherano e Fernando Gago,. "São dois jogadores que se complementam. Mascherano é a referencia no meio campo, com ótima recuperação e liderança, enquanto Gago fica encarregado na saída de bola e no primeiro passe vertical" Fernando Gago, apesar das inúmeras lesões e do fracasso no futebol europeu, foi um jogador fundamental na era Sabella. Atuando pela direita, neste losango do meio-campo formado por Alejandro Sabella , o meia do Boca Juniors teve alto índice de passes, fazendo com que Messi participasse constantemente da armação das jogadas.

 Não é preciso dizer que Messi fez a diferença nesta tranquila caminhada rumo ao mundial. O melhor do mundo anotou 9 gols e foi o líder de assistências da competição. O único momento de tensão apareceu após um pálido empate no Monumental de Nuñez frente aos bolivianos, que veio seguido de uma derrota em Caracas frente a seleção Vinotinto. O jogo contra a Colômbia em Barranquilla, pela quarta rodada, marcaria a grande mudança de rumo. Messi e Agüero fizeram os gols na virada sobre a ótimo time dirigido por José Pekerman. Outras vitorias relevantes desta caminhada devem ser lembradas: O 3x0 sobre o Uruguai em Mendoza, assim como a vitória em Santiago sobre a talentosa seleção chilena , em pleno estádio Nacional de Santiago. Mais do que a classificação, as vitorias sobre Brasil, Itália e Alemanha em amistosos recentes, dão mostras de uma Argentina forte coletivamente, envolvida para que  Messi possa  guiar a seleção albiceleste no caminho de sua terceira estrela.
 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O NOVO SÃO PAULO NO 3-5-2 DE MURICY

É Muricy, é Muricy...a angustiada torcida tricolor recebia Muricy sob ovação, como uma demonstração de esperança, talvez a ultima, de quem sabe poder manter-se na primeira divisão. O treinador tricolor foi corajoso em sua estreia. Pode-se ver um São Paulo diferente contra a Ponte Preta. Postado no 3-5-2, o esquema preferido de Muricy,  com um trio de zagueiros formado por Paulo Miranda, Rodrigo Caio e Antônio Carlos. Destaque para Rodrigo Caio, que foi o melhor em campo jogando como líbero. Denílson retornava ao time, dando mais pegada no meio campo, além de suas habituais pauladas e erros de passes; o ex-jogador do Arsenal ficou encarregado de marcar Adrianinho, ao passo que Maicon ficava com a missão de combater Fellipe Bastos. Os alas Caramelo e Reinaldo tiveram bom desempenho, dando opção pelo lado do campo sob a complacência dos laterais ponte-pretanos - Uendel e Artur. Outra mudança em relação aos últimos jogos, foi o posicionamento de Ganso, mais adiantado, encostando na dupla de ataque com mais constância. A boa atuação do São Paulo  ficou sintetizada no numero de finalizações: foram 12 no primeiro tempo, a grande maioria oriunda dos pés da dupla de centroavantes, Luis Fabiano e Welliton.
No segundo tempo, Jorginho mudou o esquema tático da Ponte Preta, para tentar frear o amplio domínio tricolor. O clube campineiro veio a campo no 3-4-3 com Baraka recuado como líbero e Fellipe Bastos voltando para marcar Ganso, e formar a dupla de volantes ao lado de Magal. Logo no primeiro combate, Ganso girou em cima de Fellipe Bastos para deixar Luis Fabiano cara a cara com Roberto, e colocar o tricolor em vantagem.
Após o gol, Jorginho reacomodou a Ponte Preta no 4-3-3, com Rildo e Rafale Ratão entrando pelos lados do campo, nos lugares de Magal e Chiquinho. Muricy, cautelosamente, resolver voltar a posicionar o São Paulo no 4-2-3-1 da era Ney Franco, com Paulo Miranda na lateral direita, Rodrigo Caio e Antônio Carlos como zagueiros e Reinaldo na lateral esquerda. Maicon e Denílson formaram a dupla de volantes. Negueba, Jadson e Lucas Evangelista -  que entraram nos lugares de Caramelo, Ganso e Welliton - formaram a linha de armadores, enquanto Luis Fabiano ficava isolado no comando do ataque. A Ponte Preta pressionou no final do jogo, e com um pouco mais de sorte, poderia ate ter empatado o jogo. No fim, a vitória veio, muito em função do efeito Muricy. Fica a duvida se o treinador triclor manterá o esquema 3-5-2 ate o final da campanha. Em todo caso, uma luz no fim do túnel para o agoniado São Paulo versão 2013.


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

DA AGONIA PERUANA AO ÊXTASE COLOMBIANO

 
As Eliminatórias sul-americanas  chegam a sua definição em meio a sumaria indiferença dos meios de comunicação do chamado "país do futebol". Nos demais países do continente, a sexta-feira foi repleta de angustia, desilusão, alegria e tensão. Em plena quadra 2 da Avenida San  Felipe, no bairro de Jesus Maria em Lima, meu grande amigo Ricardo Fernandez, o popular Charri, despertava com o coração batendo forte, esperando por uma vitória de sua seleção frente aos uruguaios. Era  a última chance de se meter na luta pela quinta vaga, que levaria o Peru para a disputa da repescagem. Nascido em 1981,  Charri jamais pode acompanhar sua seleção em um mundial - a ultima participação peruana foi na Copa de 1982 na Espanha. Por isso, Charri solta um grito no fundo da alma, do fundo do coração: vamo la blanquiroja carajo!. Com a Tv ligada no canal CMD, Charri ve um Peru corajoso no inicio do cotejo, indo buscar a vitória no 4-1-3-2.O treinador uruguaio, Sergio "Mago" Markarian. apostou na dupla de centroavantes  formada por Guerrero e Pizarro, com Farfan, Cruzado e Cachito Ramirez no meio-campo. O Uruguai espera em seu campo com duas linhas de quatro. Cavani e Cebolla Rodriguez eram os símbolos do sacrifício charrua; ambos voltavam incansavelmente na recomposição da segunda linha celeste, combatendo os avanços dos lateriais peruanos -  Advincula e Yotun. O Peru seguia melhor, mas sem conseguir entrar no miolo de zaga formado por Lugano e Godin. Os uruguaios apelam para o jogo brusco. Lugano, Godin e Gargano repartiam pontapés, paulistinhas e Cotovelas em Paolo Guerrero. O jogador corintiano saiu com a cara ensanguentada; um pouco de futebol bruto em  estado puro. Era o sonho mundialista em jogo. Enquanto isso, Forlan e Luis Suarez seguiam isolados, até que justamente o centroavante do Liverpool, o maior e melhor cavador de pênaltis do futebol mundial, pudesse se jogar na área para que o apitador argentino  apontara a marca da cal. O Uruguai saia na frente sem merecer. Para piorar o cenário, o lateral-esquerdo Yotun agride Suarez e vê o cartão vermelho antes do final do primeiro tempo. Trgedia peruana no Monumental de Lima e tristeza sem fim para Charri, que já posta no Facebook sua bronca contra Markarian: Moriste em tu ley mago de mierda!!O beatial e odioso Suarez, o grande nome do jogo, fez 2x0  em um  tremendo golaço de fora da área, fechando o caixão inca em grande estilo. La Foquita Farfan em cobrança de falta deu uma ligeira esperança aos peruanos. No fim, o 2x1 para o Uruguai praticamente selou o destino peruano nessas eliminatorias. Charri,  outra vez, devera assistir o mundial no sofá, em plena  quadra 2 da Avenida San Felipe, torcendo pelo Brasil, pela Espanha ou por qualquer outro quadro internacional. O Uruguai respira, vibra ao chegar aos 19 pontos, encostando no  Equador e vendo a Venezuela do retrovisor. A próxima parada é contra a Colômbia, nesta terça feira, em pleno estádio Centenário. Partidaço a vista!!
O Que dizer da Colômbia? semana de festa para o futebol cafeteiro. No último 05/09 se completou 20 anos do maior feito futebolístico da seleção tricolor: aquele 5x0 contra a Argentina, em pleno Monumental de Nuñez seguia eclipsado na memoria do povo colombiano. A equipe dirigida por Francisco Maturana nos brindava um futebol de luxo, em uma exibição que colocou para sempre a geração de Valderrama, Rincón, Asprilla e Cia na história do futebol. Esta mesma geração foi a ultima a levar a Colômbia a um mundial. Foi em 1998, na França, que a seleção Colombiana disputou o seu ultimo mundial. Eis que, esta nova geração, dirigida brilhantemente pelo argentino José Pekerman esta a ponto de colocar a Colômbia no mundial de 2014. Uma geração talentosa, com um ataque para fazer inveja a todas as demais seleções do continente: James Rodriguez, Teófilo Gutierrez e Radamel Falcão Garcia se apresentavam  em Barranquilla, frente a seleção equatoriana, afim se selar o passaporte para o mundial. O Equador suportou bem o ímpeto inicial de uma Colombia, que postada no 4-1-3-2, tentava impor o seu estilo de toque de bola e pressão no campo rival. O Equador se saia bem nos contra-ataques puxados por Jeferson Montero pela ponta-esquerda, que vencia o duelo contra Zuñiga. Aos 20 minutos, Montero quase abriu o marcador, mas o goleiro David Ospina evitou em grande estilo o que seria o primeiro gol equatoriano. Logo em seguida veio a bobagem da zaga equatoriana - formada por Erazo e Achilier - e quando Teo Gutierrez partia para fazer o gol, foi derrubado por Achilier, que viu precocemente o cartão vermelho. Com um a mais, a Colômbia enfim pode desfrutar de sua superioridade técnica. Eis que, após uma linda linha de passe entre James Rodriguez, Radamel Falcão e Teo Gutierrez, surgiu o gol colombiano; Baguera deu rebote após chute venenoso de Falcão, e James Rodrigues, em meio aos zagueiros, definiu como o melhor dos centroavantes. A Colômbia joga um futebol fino, vistoso, com o selo de qualidade que sempre o caracterizou. Os laterais são conhecidos do publico brasileiro; Na esquerda o ex-palestrino Pablo Armero, que faz uma dupla afiada pelo setor com o talentoso James Rodriguez. Pela direita,  o lateral Juan Camilo Zuniga, fecha a defesa contando com a cobertura eficaz do zagueiro, Luis Amaranto Perea. O Capitão Mario Yepes é o referente, o laço de experiência que lidera a defesa com seu temperamento e personalidade; A frente da zaga temos o carrapato Carlos Sanchez, responsável por marcar o meia armador da equipe rival, ao passo que  Abel Aguilar fica com a missão de dar qualidade na saída de jogo pelo lado direito. Na esquerda,  um dos mais talentosos jogadores desta geração colombiana, o canhoto James Rodriguez, recém- contrado pelo Mônaco da França. Fechando o losango, temos o armador da equipe, o enganche Macnelly Torres. O ataque é formado por Teófilo Gutierrez e Radamel Falcão, sendo que Jackson Martinez, em grande fase no Porto, também pede passagem com seu ímpeto goleador irreparável. A Colômbia vem forte para este mundial, podendo chegar ainda mais longe que aquela geração que encantou o mundo há 20 anos.No segundo tempo, mesmo com um a menos, o Equador foi valente. O treinador Reinaldo Rueda acertou o time com a entrada do zagueiro Guagua, que recompôs o miolo de zaga, deixando os contra-ataques puxados por Antônio Valencia e Jeferson Montero como arma principal. O contra-ataque surgiu, e com ele um pênalti cobrado a favor do Equador. Para delírio dos mais de 40.000 presentes no estádio de Barranquilla, o experiente lateral esquerdo Ayovi bateu para fora. Teo Gutierrez ainda perderia uma chance clara, no entanto a vitória estava garantida. Agora, faltando 3 rodadas para o final, a Colômbia precisa de dois pontos para carimbar o passaporte e jogar um mundial após 16 anos. Vamos Colômbia!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O INTER DE DUNGA SOB A BATUTA DE D'ALESSANDRO

Sem poder contar com Alexadre Pato e Guerrero, Tite apostou em enfrentar o Internacional sem uma referencia na área, como no mata-mata da Libertadores de 2012. O Timão começou a partida pressionando a saída de bola do Colorado com Romarinho e Danilo bloqueando Gabriel e Fabricio, ao passo que Emerson e Douglas, centralizados, marcavam os volantes Willians e Ygor. O Corinthians esteve os 15 minutos iniciais dentro do campo do Inter, porém pecava no ultima passe, não conseguindo chegar a meta defendida por Alisson. Aos poucos o Inter foi emparelhando a partida, sempre com D'alessandro prendendo a bola e incomodando Fabio Santos e Ralf. O meia argentino atuou durante toda a partida aberto pela direita no 4-2-3-1 armado por Dunga. Scocco esteve um pouco aquém de seu compatriota, muito em função de atuar fora de sua posição natural -  jogou aberto pela esquerda combatendo os avanços de Edenilson. Primeiro tempo de poucas chances de gol e muita marcação no meio campo.
No segundo tempo, o Corinthians voltou com Alessandro improvisado na lateral esquerda no lugar de Fabio Santos - que assim como Cassio saiu contundido. O Inter assumiu as rédeas do jogo, sempre sob a batuta de  D'alessandro. Aos 8 minutos, o craque argentino fez um golaço de falta. Com a vantagem, Dunga optou em fechar o time. O Inter terminou a partida com 3 volantes no meio campo: Josimar, Ygor e Willians, com D'alessandro e Alex fechando as subidas dos laterias e o jovem Caio como referencia para puxar um eventual contra-ataque. Tite colocou o jovem lateral esquerdo Igor, trazendo Alessandro para a lateral direita e subindo Edenilson como extremo direito. O Corinthians tentou implantar uma blitz, mas sem êxito, pois o cansaço físico se fez valer, além da qualidade impar de D'alessandro em prender a bola e fazer o tempo passar. Em um jogo de poucas chances de gol, a vitória colorada foi merecida. Muito em função de  Andres D'alessandro, o grande e único atrativo do cotejo.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O NORTE DE LONDRES É DO ARSENAL

Apenas um jogo do calibre de Arsenal e Tottenham para nos fazer levantar antes das 11 da matina no domingo. A nova versão do derbi de Londres estava repleta de atrações. O Tottenham foi a campo no 4-1-4-1 com Capoue como primeiro volante - com a missão de marcar Rosicky -  para liberar Paulinho e Dembélé. Arsene Wenger escalou o Arsenal no 4-2-3-1, ganhando o meio-campo com as ótimas atuações de sua dupla de volantes formada por Ramsey e Wilshere. O Arsenal encontraria o seu gol, após ótima trama armada pelo galês Aaron Ramsey. Walcott, de grande partida, deixou Rose na saudade e Giroud se antecipando a Dawson deu um toque sutil para vencer a meta defendida por Lloris. O Tottenham seguia impreciso com a bola,  dependendo exclusivamente da individualidade de Chadle pela ponta-esquerda - que seguia infernizando Jenkinson. No final do primeiro tempo Wilshere sentiu novamente uma lesão muscular dando lugar a Flamini,
No segundo tempo, Villas-Boas decidiu adiantar as linhas do Arsenal, igualando o confronto ao ocupar o terreno dos gunners. Mesmo com a melhora, o centroavante Soldado seguia isolado, pois Paulinho e Dembélé não conseguiam articular os Spurs. O Arsenal era perigoso nos contra-ataques, quase sempre com Walcott pelo lado direito - batendo a marcação de Rose com facilidade. Villas-Boas decidiu colocar Defoe no lugar de Dembele, afim de acompanhar Soldado no comando de ataque. Com inferioridade numérica no meio-campo, o Tottenham perdeu intensidade, dependendo de um lance fortuito. Nos minutos finais, Villas Boas promoveu a estreia do argentino Erik Lamela, que foi atuar pela ponta direita contra a marcação de Gibbs. Arsene Wenger decidiu fechar o time com a entrada de Monreal para conter os avanços de Walker e pressionar a saída de bola dos Spurs. No final, no abafa, quase que Defoe empata o jogo. AVitória do Arsenal foi merecida. Os Gunners seguem em evolução, e com a possível chegada de Ozil, pode enfim fazer uma campanha convincente na atual temporada.

O BAYERN DE GUARDIOLA AO PASSO DO TIKI TAKA

Por essa overdose de futebol que nos consome diariamente, havíamos esquecido de bolar uma desculpa laboral afim de  acompanhar Chelsea x Bayern de Munique. A peleja  valia a  Supercopa da Uefa. Nada melhor para começar o final de semana . Midiaticamente só se falava da nova versão do duelo entre Guardiola e Mourinho. A peleja era mais do que isso, pois em campo tínhamos  dois dos principais favoritos a levar a Champions League  nesta temporada. E foi um baita jogaço. Digno do que veremos nesta temporada. O Bayern, fiel ao estilo de seu treinador, começou a partida se impondo com toque de bola e pressão no campo adversário. Guardiola, em poucos jogos a frente do esquadrão bávaro, conseguiu implantar mudanças táticas e de estilo no atual campeão europeu. Pudemos ver o Bayern postado no 4-3-3 - o mesmo da era Guardiola no Barcelona - com um meio-campo pra lá de técnico: Toni Kroos como primeiro volante marcando Oscar, Philipp Lahm como volante pela direita e Thomas Müller, ora centralizado, ora encostando como segundo atacante ao lado de Mandzukic. O Chelsea, também fiel ao estilo Mourinho - o rei do 4-2-3-1 -  tinha como estratégia chamar o Bayern em seu campo para buscar o contra-ataque. E foi assim, logo aos 7 minutos, que o alemão Schurrlle, recém contratado junto ao Bayer Leverkusen, encontrou Fernando Torres, livre entre Dante e Boateng, para abrir o placar. Golaço em uma aula de contra-ataque puxado por Hazard. O Bayern não se abateu, seguiu no melhor estilo Guardiola, trocando passes curtos dentro do campo do Chelsea. Aos 30 minutos as estatísticas apontavam 81% de posse de bola para o time alemão. Apesar do domínio, o Bayern não conseguiu entrar na área do Chelsea, graças ao bom trabalho da dupla Cahill e David Luiz. As grandes chances do Bayern vieram em tiros de fora da área, sempre com o imparável Ribery que passava por Ivanovic com notória facilidade. O primeiro tempo terminava com Peter Cech como o grande nome do jogo.
O segundo tempo começa com um Bayern ainda mais agressivo. Eis que, logo aos 2 minutos, Ribery passa por Ivanovic e chuta no canto esquerdo de Cech: 1x1 em Praga. Guardiola queria mais. Para o treinador catalão, não basta vencer, é preciso dar sinais de identidade e ousadia para justificar uma vitória. Sem titubear, Guardiola coloca Javi Martinez, trazendo Lahm para sua posição natural - a lateral - e liberando Kroos como segundo volante. Em seguida, foi a vez de Mario Gotze entrar no lugar de Thomas Muller - que fazia uma partida burocrática. O Bayern seguia melhor, mas o cansaço já era visível, com o Chelsea conseguindo adiantar suas linhas e emparelhar o jogo, sempre buscando Oscar e Hazard pelos flancos. Ramires foi expulso aos 40 minutos, após duríssima falta. Mourinho decidiu recompor o meio campo para a prorrogação, colocando Obi Mikel no lugar de Schürrle. No ataque sangue novo: Fernando Torres deu lugar a Lukaku.
Guardiola decidiu gastar sua última substituição para encarar a prorrogação. Robben, de partida apagada, deu lugar ao jovem Shaquiri na ponta-direita. Logo aos 4 minutos, em outra aula de contra-ataque, o belga Hazard passou com facilidade por Philipp Lahm para chutar no canto direito de Neuer e colocar os Blues em vantagem. O Bayern foi com tudo pra cima do Chelsea. Apesar do domínio territorial, os bávaros insistiam em cruzar bolas na área, consagrando Cahill, David Luiz e Ivanovic. Mourinho armou uma retranca intransponível com a entrada de John Terry no lugar de Hazard. O que vimos no final do jogo era algo parecido a handebol. Uma linha de 5 defensores com Lukaku e Oscar voltando ate a intermediaria para combater a subida dos laterais do Bayern - Alaba e Lahm - ao passo que Lampard e Mikel fechavam a entrada da área. Foi quando os deuses do futebol resolveram punir Mourinho. No ultimo lance do jogo, Javi Martinez fez o gol de empate. Na base da sorte, o volante do país basco conseguiu levar a disputa para as penalidades de forma pouco usual nos times comandados por Guardiola: em um cruzamento para área. O titulo veio com a defesa de Neuer na última cobrança do Chelsea, desperdiçada por Lukaku.Duro golpe para o jovem e valente Chelsea, também fiel ao estilo de contragolpes imposto por seu treinador. Para  o Bayern, mais do que uma nova taça, foi importante começar a demonstrar que a chegada de Guardiola vai valer a pena, e que ao passo do Tiki Taka, o Bayern chega forte para buscar o bicampeonato da tríplice coroa.