quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O ENVOLVENTE FURACÃO COLOCA O PALMEIRAS DE VOLTA À REALIDADE

Com a vantagem mínima adquirida no primeiro jogo, o Palmeiras foi a Curitiba com uma proposta de jogo muito clara: fechar o meio-campo para explorar os contra-ataques. Gilson Kleina não contava com a péssima atuação de seus meias abertos pelos lados - Leandro e Mendieta - que além de não conseguirem armar ações ofensivas, tampouco combatiam as subidas dos bons laterais do furacão - Léo e Pedro Botelho. Plena superioridade do Atlético Paranaense no primeiro tempo, com o volante João Paulo organizando o time a base de toques curtos, se associando com Paulo Baier  sob a complacência do tridente de volantes palestrinos - Marcio Araújo, Charles e Wesley. Pelos lados do campo, o Furacão criaria as principais chances de gol, ora com Everton, ora com Ederson. Não fosse a falta de pontaria do centroavante uruguaio, Delatorre, somadas ao grande trabalho de Fernando Prass, o Furacão poderia ter definido a série ainda no primeiro tempo. O gol oriundo de um arremeço lateral, trouxe a tona a fragilidade do miolo de zaga do Palmeiras. O 1 a 0 ficou barato.
Com atuação tão pobre, somada  a igualdade no confronto, era esperada uma nova postura do Palmeiras, porém, Gilson Kleina decidiu manter o esquema 4-1-4-1. O Atlético seguia melhor, agora com Paulo Baier mais participativo. Vagner Mancini resolveu mexer no ataque, colocando Marcelo no lugar do inoperante Dellatorre. Marcelo foi atuar como ponta-direita, com Ederson deslocado para o comando de ataque. Logo no primeiro ataque sob nova formação o furacão encontrou  seu segundo gol em uma jogada rápida, com Paulo Baier definindo o lance como  um segundo centroavante - função que vem cumprindo com eficiência desde a chegada de Mancini. Finalmente Kleina resolveu mexer na equipe. Roni foi escalado no lugar de Pierre; Wesley foi recuado para auxiliar Marcio Araújo no meio campo, ao passo que Mendieta ficou centralizado na armação - com Roni e Leandro invertidos pelos lados do campo. O Palmeiras melhorou, mas Allan Kardec seguia como principal candidato a levar o premio Robinson Crusoé da partida. Eis que, usando sua maior qualidade - a transição rápida entre meio-campo e ataque - o Atlético encontrou o terceiro gol utilizando a já conhecida fragilidade de Juninho na marcação; Marcelo aplicou uma meia-lua em Henrique e serviu Ederson, livre na pequena área para fechar o caixão palestrino. Kleina ainda tentou colocar Caio como segundo centroavante, assim como a entrada de Fernandinho para fechar a peneira pelo lado esquerdo. O fato é que o Palmeiras voltou a dura realidade. Resta concretar o acesso a primeira divisão, já pensando em peças de reposição para fazer um bom papel em seu retorno a elite do futebol nacional em 2014.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O TAXI DA SORTE

Rio De Janeiro, 30 de Maio de 2013. Os ponteiros marcam 5h20 da matina. A rua Sara, em pleno bairro de Santo Cristo, é um breu de fazer inveja a qualquer inferninho da zona do mangue .Pedintes faziam a festa, importunando os senhores que saem da área de desembarque da surrada Rodoviária. Não dá pra dar mole. Malandro é malandro, mané é mané, já dizia Bezerra da Silva. O taxi chega. Pra onde vamos, pergunta o motorista. Pra Ilha, no Jardim Guanabara responde Péricles. O painel do Santana é forrado de adesivos referente ao Vasco da Gama: O Gigante da Colina, Vascão, Torcida Jovem. Quanto foi o jogo ontem? Pô, 5x1 para o São Paulo. O Vasco vai cair mermão! Aquele Diego Alves é um frangueiro rapá, tú tem quem ver os gols, ainda tinha vascaíno que reclamava do Fernando Prasss, tão de sacanagem, diz o fanático cruzmaltino. Vamos cair, tu vai ver. O taxi amarelo e azul cruza a Linha Vermelha sentido Ilha do Governador, passando por São Cristovão - com estádio de São Januário ao fundo na Colina - até chegar a entrada da Ilha do Fundão. Enquanto isso o taxista segue comentando os detalhes sórdidos do massacre são paulino sobre o Vasco no Morumbi. Foi 5x1 porque o Rogério Ceni deu a maior bobeira, tu vai ver no tape!. Tú é paulista? pergunta Rodrigo. Percebeu pelo sotaque ou pela meia branca? Em meio a gargalhadas Chegam ao Destino final. Bom final de semana, o Vasco vai melhorar meu camarada, diz Péricles em um momento Mae Dinah. Rio de Janeiro,  24 de Agosto de 2013. Os ponteiros marcam 5h30 da matina. A rua Sara, em pleno bairro de Santo Cristo, segue no mesmo breu de fazer inveja a qualquer inferninho dos tempos da brilhantina. Pedintes seguem fazendo a festa, importunando os senhores que saem da área de desembarque da surrada Rodoviário do Rio - ironicamente chamada de Novo Rio. Não dá pra dar mole, diria  Marcelo Rezende. Em meio as intermináveis obras que cortam a calçada, Péricles caminha duas quadras até chegar a nova, porém improvisada, parada de taxi. Esse gringo não fala inglês, não fala português, não fala merda nenhuma, vai você mesmo, diz o chefia da cooperativa de Taxi. Péricles entra no Santana amarelo e azul, sem reparar a coincidência . Tu não é o paulista que eu levei no Jardim Guanabara aquele dia que o Vasco tomou uma naba do São Paulo? indaga Rodrigo. Supersticioso que é, Péricles teve um alivio atroz. Sabia que o taxista Rodrigo era seu amuleto. Era o fim da zica. Enfim, após quase 3 meses, o  tricolor iria vencer uma partida no Brasileirão. Quantas coisas aconteceram desde então: O Brasil saiu as ruas em meio aos protestos.O Barcelona fez 1, 2, 3 a 0 no Santos. O Brasil voltou a sair as ruas. O São Paulo perdeu do Bahia, do Corinthians duas vezes, do Internacional, da Portuguesa.... O Brasil deu um sapeco da Espanha, levantando a Copa das Confederações no New Maracanã. O Galo foi campeão da Libertadores.  Que Vandalismo!!! enquanto isso o Barcelona fazia 4,5,6 a 0 no Santos. O São Paulo seguia perdendo, só que agora na Europa. depois perderia também no Japão. O Barcelona fez o sétimo, também fez o oitavo. O Dólar subiu. O Brasil não saiu mais as ruas, ao passo que o São Paulo seguia sem vencer ninguém.
 
Neste domingo era a vez de enfrentar o Fluminense no Morumbi. O Taxista Rodrigo deve mesmo ter dado sorte, pois Fred esta suspenso, Rafael Sobis  ficou  no banco e Deco seguindo o seu calvário de lesões, uma vez mais ficou de fora. Luxemburgo decide apostar no esquema 3-6-1 com Edinho improvisado como terceiro zagueiro, ao lado de Gum e Anderson. A ideia do treinador carioca é liberar os alas Carlinhos e Igor Julião. O São Paulo vem a campo sob apoio de mais de 55 mil torcedores. Autuori arma o tricolor paulista no 4-2-3-1, com Jadson sacrificado para atuar aberto pela esquerda, afim de deixar Ganso centralizado. O começo do jogo é de grande embate pelo domínio do meio campo. Quem pega quem? Os alas do Fluminense batiam contra a marcação de Douglas e Reinaldo; Wagner, o único meia ofensivo do Fluminense, tinha a marcação implacável de Wellington, ao passo que Jean seguia  Jadson; Ganso era o mais lucido em campo, vencendo o seu duelo particular com Diguinho, enquanto Felipe seguia demonstrando sua péssima fase, como sempre inoperante e facilmente marcado por Fabricio. Os primeiros 20 minutos de jogo foram monótonos, sem nenhuma chance de gol. O São Paulo seguia com sua falta de criatividade para entrar na grande área adversaria.Isolado, como um Robinson Crusoé tupiniquim, Luis Fabiano seguia reclamando a cada impedimento - , para variar levou outro cartão amarelo e esta suspenso para o duelo contra o Botafogo no domingo que vem. Eis que, aos 25 minutos veio o lance capital: Jean sente uma fisgada na coxa e,  enquanto Luxemburgo prepara a entrada do volante William, o São Paulo troca passes, de pé em pé, até a redonda chegar a Ganso; O meia encontra Luis Fabiano em um espaço mínimo, no vazio entre Gum e Edinho,  ai o atacante dá um carrinho como nos velhos tempos e mete no cantinho: 1 x 0  São Paulo. Pericles esta convicto, é hoje que sai a zica. Vou pegar esse taxi ate o final do campeonato. Luxemburgo esta revoltado. O gol saiu antes da sua substituição. Com um jogador a menos, ficou fácil para Ganso encontrar um queijo suíço no meio campo e construir a jogada do gol. O velho Luxa vem a tona. É um festival de baralho, suco de caju e feira da fruta. Luxa cancela a substituição. Com o placar adverso, decide colocar o atacante Kenedy no lugar de Jean. Assim, Edinho volta a atuar como primeiro volante. O Flu terminaria o primeiro tempo no 4-1-3-2 com um losango no meio-campo.  E da-lhe pressão do São Paulo, tanto que no último minuto, Jadson cobra curto o escanteio para Reinaldo, que carimba o marcador sem piedade. Não é possível, o cara treina a semana inteira e não acerta um cruzamento, desabafa Péricles. Enquanto ele reclamava, o lateral esquerdo do São Paulo se transformava em Nelinho, e como na partida contra a Itália na Copa de 78, Reinaldo acerta um golaço digno do histórico ídolo cruzeirense: 2x0 no Morumbi.
No segundo tempo, Luxa apostou de vez na molecada de Xerém. Felipe deu lugar ao jovem Eduardo, e assim, o Fluminense foi pra cima do São Paulo postado no 4-2-3-1. Autuori também mudou, sacando Fabricio para promover a estreia do zagueiro Antônio Carlos. Rodrigo Caio foi atuar em sua posição de origem, formando a dupla de volantes ao lado de Wellington. O Tricolor paulista ficou acuado durante todo o segundo tempo,   levando um calor pela esquerda, pois Jadson não acompanhava Carlinhos. Luxa, como sempre astuto, colocou o rápido Biro-Biro as costas de Douglas; O Flu apertou e poderia ter descontado. O São Paulo seguia demonstrando aquela velha mania de recuar após conseguir a vantagem - , sintoma que explica a situação da equipe na temporada. Sorte que o gol do Fluminense veio apenas aos 47 do segundo tempo. Não havia mais tempo, era o fim do martírio. Há quem não acredite em superstição, no entanto, lá de Irajá, na zona norte fluminense, um Santana amarelo e azul segue como principal amuleto para o tricolor paulista, pelo menos no imaginário de Péricles, que já planeja novas viagens ao Rio até o final do campeonato.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

I'M ON FIRE: O QUE ESPERAR DA NOVA TEMPORADA DO CAMPEONATO INGLÊS


Sábado é um dia supremo. Sábado é dia de acordar  em meio a beijos, Toddy e Premier League. I'm on fireeeeeeee... o hit da banda  Kasabian é o nosso doce despertar. Não que sejamos grandes fãs dos rapazes de Leicester, mas quanto Fire é entoada,  colocamos a mão no peito em respeito a um dos grandes momento da semana. 70 dias  nos separavam da última jornada do campeonato inglês.  Por isso, despertamos com uma alegria incomensurável. Logo de cara, três dos seis favoritos ao títulos em campo. Em Anfield Road, o Liverpool recebia o Stoke City, tentando demonstrar que deve brigar com Arsenal e Tottenham pela quarta vaga na Champions League da próxima temporada. Titulo? parece pouco provável. O orçamento do Chelsea, assim como de seus rivais da vizinha Manchester, estão bem acima dos investimentos dos Reds. A expectativa é chegar entre os quatro primeiros, posto que esteve longe durante toda a ultima temporada. Brendan Rodgers, em sua segunda temporada como comandante , pediu a contratação de um zagueiro para fazer dupla com Agger, foi então que o treinador  norte-irlandês conseguiu trazer Kolo Touré, que estava encontado no Manchester City.  Pepe Reina não renovou o seu contrato e foi preciso buscar um novo goleiro. O belga Simon Mignolet foi o escolhido para assumir o posto, graças a grande temporada defendendo a meta do Sunderland. Logo no primeiro jogo, Mignolet se converteria em herói ao defender um pênalti aos 44 minutos do segundo tempo, assegurando a merecida, porém suada vitória do Liverpool por 1 a 0. Com a ausência de Luis Suarez - suspenso por 6 jogos - Daniel Sturridge foi escalado como centroavante, acompanhado pelo jovem espanhol Iago Aspas  no comando do ataque. O Liverpool foi superior, mostrando aquele futebol de toque de bola que caracteriza as equipes dirigidas por Brendan Rodgers. O norte-irlandes  decidiu manter o esquema 4-2-3-1, com Lucas e Gerrard como dupla de volantes, além dos talentosos Phillipe Coutinho e Jordan Henderson - ,  que atuavam como meias abertos pelos flancos. O Liverpool começa forte, no entanto, vai depender muito da permanência de Luis Suarez para almejar algo maior nesta temporada.
E o que dizer do Arsenal? O time do Norte de Londres começa a temporada demonstrando a habitual falta de ambição que já o caracteriza. Arsene Wenger se iludiu com o final da temporada passada, quando a equipe enfim encontrou o caminho do bom futebol. Com a volta de Rosicky e Wilshere - amos estiveram 2/3 da temporada no departamento medico -  os gunners conseguiram  beliscar a quarta vaga para a Champions League,   arrancando o posto que pertencia  ao arqui-rival Tottenham.  Contudo, era preciso mais ambição na janela de transferência. O Arsenal foi hesitante. Perdeu a possibilidade de trazer Higuain e Luiz Gustavo. Era sabido que o gunners precisam de contratações de peso. Logo no primeiro jogo a verdade veio a tona.O Arsenal perdeu para o Aston Villa, em pleno Emirates Stadium,   por 3 a 1. Um verdeiro show de horror da zaga composta por Mertesacker e Koscielny. O Arsenal foi a campo no habitual 4-1-4-1 - , com Rosicky e Wilshere na armação, Chamberlain e Walcott como ponteiros e Giroud como centroavante - os gunners demonstraram a mesma fragilidade de outros carnavais. Um time leve, jovem e de pouca pegada no meio-campo. Para piorar, as inúmeras lesões - , que atormentam o departamento medico há algumas temporadas - já fizeram a primeira vitima: Gibbs se machucou e  Sagna teve que ser improvisado na lateral esquerda. Começo de temporada nebuloso para o Arsenal, que sem tempo para lamentações,  estreia nesta quarta pela Champions League enfrentando o Fenerbahce na Turquia.
O Sábado não dava trégua. Na sequencia tínhamos o Manchester United estreando no País de Galês contra o Swansea. Mais do que uma simples estreia , o cotejo marcava o inicio da era pós-Fergusson. O escolhido para substituir Sir Alex Fergusson, foi o escocês David Moyes, que vinha de um longo e competente trabalho a frente do Everton. Moyes  é adepto do futebol pragmático, sendo assim, decidiu manter o bom e velho esquema 4-4-1-1 - , o mesmo sistema de jogo que consagrou a era-Fergusson como a mais vencedora da historia do clube. Sem contratações de peso, os Red Devils  chegam para esta temporada com um única duvida: a continuação de Wayne Rooney,  que se manifestou favorável a uma possível transferência. Danny Welbeck foi o escolhido para fazer dupla com Van Persie.Aliás, o holandês nos brindou com dois golaços , demonstrando que vem forte em busca do tricampeonato consecutivo como artilheiro da Premier League.  Welbeck guardou outros dois, um deles antológico, e assim, o Manchester United bateu o Swansea por 4 a 1 de forma categórica. O placar foi enganoso é verdade. O Swansea imcomodou o atual campeão inglês com seu toque de bola tradicional  e toda a filosofia de jogo aperfeiçoada por Michal Laudrup. O United também contou com a categoria de Ryan Giggs, inoxidável como sempre, que orquestrou o time pelo lado esquerdo com sua singular categoria.. O Manchester United tem elenco, tradição, e vem forte para manter a coroa de campeão inglês.A Champions Legue é a prioridade, ninguém pode negar, e a  permanência de Rooney  passa a ser fator fundamental para o sucesso desta temporada, além do bom rendimento dos reservas de luxo que Moyes terá a disposição -  Nani, Chicharito Hernandez, Anderson e Kagawa.
Em Stamford Bridge, muita festa para celebrar o regresso de Mourinho. Logo na chegada, o marrento portugues identificou problemas no vestiário. Era preciso devolver espaço, voz e prestigio para seus delegados . Por essas e outras, Frank Lampard e John Terry voltaram a ser titulares contra o Hull City. Uma mostra de poder e respeito. Em campo, O Chelsea deu mostras de força. Logo nos primeiros minutos, uma sucessão de lances capitais; Lampard perdendo pênalti, Oscar marcando gol após lindo passe do estreante De Bruyne, e o mesmo Frank Lampard se redimindo com um gol de falta. Os Blues decidiram apostar pesado no talento de seus jovens jogadores - Hazard, Oscar, Moses, André Schurrle e De Bruyme - principalmente os dois primeiros, que farão a segunda temporada como titulares do Chelsea. O elenco é vasto. Só para o comando de ataque Mourinho conta com 3 ótimas opções:  Lukaku, Demba Ba e Fernando Torres. Juan Mata é outro que deve ganhar a posição de armador da equipe  que estará postada por Mourinho no seu esquema tático predileto, o  4-2-3-1. O Chelsea tem tudo para brigar pelo titulo inglês, assim pela  Champions League.


O Tottenham não esconde que sua grande ambição nesta temporada é enfim chegar a Champions League - bateu na trave nas últimas duas temporadas. O português André Villas-Boas foi ao mercado para fazer contratações pontuais. O clube do norte de Londres trouxe Paulinho e Soldado, além dos jovens Rose e Chadli. A novela Gareth Bale segue dando o que falar no Tottenham. O craque galês segue negociando sua ida ao Real Madrid, o que pode determinar o destino dos Spurs nesta temporada. No domingo, o Tottenham cruzou o  rio Tamisa para enfrentar o recém- ascendido Crystal Palace, no sul de Londres. O jogo foi chato, de muita marcação. O gol saiu em um pênalti gerado por Aaron Lennon, e que foi convertido sem problemas pelo espanhol Soldado. O Tottenham mostrou sua velha compactação.No 4-2-3-1 de Villas-Boas, foi possível ver que Paulinho não terá a mesma liberdade dos tempos de Corinthians. O meia foi escalado como primeiro volante, ao passo que o belga Dembélé saia da posição de volante para armar a equipe ao lado de Sigurdssom. O jovem Chadli, recém contratado junto ao Twente da Holanda, foi escalado na ponta-esquerda, e se saiu bem como substituto de Bale. O verdadeiro Tottenham só veremos nas próximas rodadas. Com Gareth Bale? eis a questão fundamental.
O Manchester City vive novos tempos. Roberto Mancini deixou o clube após temporada marcada por decepções - eliminação na primeira fase da Champions League e vice-campeonato da Copa da Inglaterra. O chileno Manuel Pelegrini assume um elenco recheado de bons jogadores. Como de praxe, o xeique Mansour não hesitou em abrir o cofre.  Fernandinho, Jovecic e Jesus Navas foram as principais incorporações . Contra o Newcastle pudemos ver o vasto repertorio do novo Manchester City. Postado no 4-2-3-1, Pellegrini colocou Yaya Toure mais recuado como primeiro volante, liberando Fernandinho  para subir ao ataque afim de  auxiliar David Silva na armação da jogadas. A troca de posições no ataque foi uma constante no primeiro tempo. Kun Aguero saia da esquerda para o centro, confundindo a zaga e abrindo o corredor para Dzeko.  O grandalhão bósnio fez uma grande partida como referencia na área. Outro destaque ficou por conta do espanhol Jesus Navas, que deve ser peça fundamental na campanha atuando como válvula de escape pela ponta direita. O 4 a 0 sobre o tradicional time do norte da Inglaterra, demonstra que o City vem forte para abocanhar a Premier League e fazer uma campanha convincente na Champions League.O fato é que Ninguém jogou mais bola que o City na primeira rodada. Que chegue logo a segunda rodada. Que venha mais um sábado em meio a beijos, Toddy e Premier League.
 
 
 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

MEMORIAS DO CANINDÉ



Em tempos de Arenas Fifa  e futebol pausterizado,  ir ao Canindé é sempre um prazer inenarrável para que gosta do verdadeiro futebol . Ir ao Canindé é uma volta as origens.Uma volta a realidade. Quando penso em Canindé vem a mente a primeira vez que vi Romário in loco. O maior centroavante da história, aos 35 anos, nos deleitava com sua categoria impar, anotando 2 gols fenomenais em uma 5x4 coronário que a Portuguesa aplicou sob o Vasco no Brasileiro de 2001. Que alegria ter presenciado aquela epopéia futebolística a não mais de 15 metros de distancia do baixinho. Então com 17 anos, caminhava sozinho rumo a estação Armenia com Romário ainda mais imortalizado como o maior homem gol que tivemos. Quando penso em Canindé, lembro da primeira e única briga que participei dentro de um estádio. A Flavia Freire não previa sequer trovoadas de fim de tarde, quando um fenômeno não-climático fez com que cadeiras voassem sob as tribunas do Oswaldo Teixeira Duarte. Que saudades daqueles tempos de espinhas e testosterona a mil. Hoje, em pleno festejos paternais, pude dar uma escapada solitária para  reencontrar o Canindé. Logo na chegava percebi que minhas reminiscências me traíram como ela só. O pouco caso com torcedor continua em voga. Uma família inteira voltava cabisbaixa para dentro do estacionamento do shopping D: "a bilheteria esta fechada. ingresso só com cambista" diz resignada, uma senhora com 70 anos. Por esses absurdos do futebol "moderno", a Policia Militar de São Paulo obrigou a Portuguesa a fechar as bilheterias duas horas e meia antes do inicio do cotejo. Dentro do shopping D tentamos achar uma Lanhouse para poder comprar o ingresso via online. Ledo engano, as bilheterias online também estavam com venda encerrada. A família inteira teve que voltar ao Tucuruvi, pois não possuiam os 80 reais que pediam os cambistas.Ah, e como tinha cambista. Uma farra se abateu sob a via lateral da Margina Tietê. Uma quantidade de cambistas, que somada,  dava quase o dobro da torcida da Lusa. Vendia-se ingressos de arquibancada a 70, 80, 90 reais!!!! -  70 com o cambista mais camarada. Tudo feito as claras, na cara da  conivente e  zelosa PM paulistana. Após xavecar 15 ou 20 cambistas, consegui, quase implorando de joelhos, um ingresso em troca de uma Onça Pintada.O Canindé nos recebia sob o som de Raça Negra em sua fase iê iê iê. Para atormentar os visitantes, seguia a todo volume o arsenal lusitano de musica infernal. Agora era a vez do hino da Lusa em versão metal farofa. A torcida tricolor - , que tomava o estádio lotando todo setor designado aos visitantes -  já não aguentava mais.Aquilo era pior que a fase do time. Pior  que Douglas na lateral direita? quase isso. Para completar o suplicio, um pouco de Tears For Fears -  ,ou tias fofinhas para os íntimos - seguido de Roberto Leal e seu vira-vira.


 
Os times entram em campo e a fase tricolor fica resumida com a reposição de bola de Rogerio Ceni no aquecimento. Boom, a bola estoura a placa de publicidade. Segundo tiro e boom, pimba a gorducha na trave de sustentação de rede. Na Terceira, a redonda vai para a arquibancada. Que fase! na quarta ele acerta na mão do auxiliar de goleiros. Rogério acena para a torcida com os punhos para o alto. O São Paulo vem a campo cheio de novidades. Paulo Autuori decide manter o 4-2-3-1 com Rodrigo Caio improvisado na zaga e o garoto Lucas Evangelista como ponta-esquerda. A Portuguesa é melhor no inicio de jogo, graças ao plano tático de Guto Ferreira, que postou a Lusa no 4-1-4-1, sufocando a saída de bola tricolor, fazendo com Wellignton e Fabricio rifassem a bola constantemente. Diogo era o nome do jogo, aberto pela direita passava com facilidade pela marcação de Reinaldo, ao passo que Luis Ricardo subia constantemente sem o acompanhamento de Lucas Evangelista. Se não fosse Rogerio Ceni, a Lusa já poderia ter aberto o placar nos primeiros minutos, sempre em tiros de media distancia. O Tricolor vivia descompacto em campo, com as linhas distantes e um Jadson inoperante sob a marcação de William Arão. A única jogada de perigo veio em um contra-ataque puxado por Aloisio que venceu a marcação de Rogerio pelo lado direito, mas Luis Fabiano em péssima fase, bateu de tornozelo. No final do primeiro tempo, quando o domínio lusitano era menos latente, veio o gol do time do Canindé em jogada de bola parada - um dos grandes vilões do São Paulo nesta temporada. No segundo tempo o São Paulo voltou com outra postura e com as linhas adiantadas; graças ao o incentivo da torcida que fazia grande barulho no Canindé. O garoto Lucas Evangelista, que até então fazia péssima partida, aplicou um lindo chapéu em Luis Ricardo, passou pelo zagueiro e colocou no cantinho direito de Lauro: 1x1. Dai em diante o tricolor foi todo ataque. Aloisio começou a infernizar a marcação de Rogério. Ali, aberto pelo direita, Aloisio conseguiu sofrer um pênalti claríssimo. Rogerio se apresentou para cobrança. Com sua tranquilidade habitual, ajeitou a bola, pensou no canto em que ia bater, mas Lauro defendeu. Que fase! O boneco Voodoo de Ney Franco seguia fazendo efeito. Paulo Autuori resolveu mexer no time: Ganso e Osvaldo nos lugares de Jadson e Fabricio. O São Paulo seguia no 4-2-3-1 com Lucas Evangelista atuando como volante ao lado de Wellignton, ao passo que Osvaldo seguia pela ponta esquerda com Ganso como armador. Guto Ferreira também mexeu na Lusa, colocando Correa no lugar de William Arão, assim Bruno Henrique foi recuado para primeiro volante e Correa foi atuar como meia direita. Aos poucos a Lusa foi quebrando o forte ritmo do São Paulo. Guto Ferreira ainda trocaria o centroavante Gilberto pelo jovem Bruno Moraes. A Lusa cresceu novamente na partida, sempre com Diogo infernizando Reinaldo. Eis que, quando o jogo caminhava para um empate, veio o bate e rebate, Lucas Evangelista rebateu como não se deve - para o meio da área -  e Diogo anotou o segundo gol da Lusa. O São Paulo ainda teria uma chance de empatar. Ganso cobrou a falta, a bola cruzou toda a pequena área. Sim, a redonda entraria no gol não fosse "la mano de dios lusitana" de Aloisio Boi Bandido. Gol anulado e outra derrota consumada. O Martirio tricolor não tem fim. A pequena e barulhenta torcida da Lusa seguia gozando a maioria tricolor. Esta que deixava o Canindé incrédula com a fase jamais vista na historia do São Paulo. Na Marginal Tiete seguiam-se as gozações. Risadinha canalha dos policiais e os caminhoneiros corintianos que passavam buzinando com sorriso de Monalisa. Uma lata de cerveja voa sob o vidro, corre-corre, impotência, desespero. Quinta-feira tem mais sofrimento. O Atletico Paranaense esfrega as mãos...3 pontos garantidos?

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

MESMO SEM ALEX O COXA MOSTRA ATRIBUTOS PARA SONHAR ALTO

Sem poder contar com o maestro Alex, Marquinho Santos optou por mudar o esquema tático contra o Grêmio. O Coritiba entrou na Arena postado no 3-5-2. A opção se mostrou acertada, pois o Coxa dominou o Grêmio nos primeiros minutos, apostando  principalmente nas jogadas pelo lado direito, com as subidas do ala Victor Ferraz, além das infiltrações do atacante  Geraldo. O angolano atuava as costas do jovem lateral-esquerdo Alex Telles, e foi por ali que o Coritiba acabaria encontrando o seu gol;  Riveros errou um passe bisonho e Victor Ferraz pegando a defesa gremista mal postada, cruzou nos pés de Deivid, que não desperdiçou. O Grêmio abusava do erro de passe. Com 3 volantes de pouca qualidade na saída de bola - Adriano, Riveros e Souza - o tricolor gaúcho seguia com transição lenta e por ora equivocada. Elano e Kleber tentavam resolver na individualidade, ao passo que Barcos era muito bem vigiado pelos três zagueiros do Coritiba - Leandro Almeida, Emerson e Chico. Belo primeiro tempo do Coritiba em Porto Alegre.
Sob vaias, o Grêmio voltou para a segunda etapa sem mudanças na equipe. Por isso, o Coritiba seguiu mandando no jogo nos primeiros minutos. Eis que, Renato Gaúcho finalmente mexeu no seu pragmático meio-campo. Saiu Adriano para a entrada do uruguaio Maxi Rodrigues; Riveros e Souza foram atuar como volantes, ao passo que Maxi Rodrigues e Elano ficaram com a incumbência de municiar a dupla Kleber e Barcos. O Coritiba já acusava cansaço, foi recuando, perdendo a posse de bola e cedendo perigosamente terreno ao Grêmio. No entanto, o tridente defensivo do Coxa seguia impecável, não dando chances para que Barcos pudesse concluir dentro da área. O ótimo Victor Ferraz saiu lesionado, dando lugar ao volante Gil, assim o Coritiba perdeu sua válvula de escape pelo lado direito, enquanto Geraldo foi sacrificado para atuar na marcação de Alex Telles.
Nos últimos minutos, Renato Gaúcho resolveu apostar tudo na garotada, ao colocar o ponta-esquerda Paulinho e o centroavante Lucas Coelho, nos lugares de Elano e Souza. O Grêmio foi pra cima com tudo, pressionou, e teve uma chance única com Lucas Coelho, que dentro da área desperdiçou. Marquinhos Santos fechou o Coritiba colocando o volante Sergio Manoel e o lateral Arthur. Apesar do sufoco final, o Coxa mereceu a vitória, demonstrando principalmente no primeiro tempo, atributos que o fazem sonhar em chegar a Libertadores 2014.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL GRAÇAS A PREGUIÇA CORINTIANA

Nada como sair do vestiário com a vantagem no placar, foi assim que o Corinthians se sentiu quando Paulo André, sozinho  dentro da área, anotou o gol logo aos 5 minutos. O jogo se desenhou a mercê do Corinthians, que esperava o Santos em seu campo no habitual 4-2-3-1. Tite armou o Corinthians com Guilherme marcando Cícero, Renato Augusto aberto pela esquerda evitando a subida de Cicinho e Ralf combatendo Walter Montillo; Arouca era quem mais tinha liberdade e armava o peixe sob a complacência de Fábio Santos.  O Santos atuava no 4-1-3-2 com um losango no meio-campo com Neilton caindo pela esquerda as costas de Edenilson e William José como centroavante. A superioridade numérica no meio de campo se fez valer, e mesmo sem criar grandes chances de gol, a equipe de Vila Belmiro teve um alto índice de posse de bola, cansando o Corinthians e evitando os contra-ataques puxados por Romarinho - , que atuava pela direita em cima de Leo.
Apesar da vantagem, Tite não gostou do que viu no primeiro tempo, decidiu trocar o inoperante Guerrero por Alexandre Pato. A mudança teve pouco efeito, pois o ex-atacante do Milan seguia com sua indolência habitual. Claudinei Oliveira sentiu que seu time era superior e ousou ao sacar o jovem volante Alison para a entrada do atacante Leandrinho. Arouca foi recuado para primeiro volante e o Santos passou a atuar no 4-2-3-1 e a pressionar a saída de bola do Corinthians com Leandrinho e Neilton sufocando  os laterais corintianos. Eis que de uma roubada em seu campo de defesa, Montillo recebeu as costas de Ralf em condição de  deixar William José cara a cara com Cassio: 1 x1 e um pouco mais de justiça ao que acontecia em campo.
Tite seguia incrédulo com o que via, tanto que sacou Danilo e Romarinho para tentar dar mais presença no meio campo com as entradas Douglas e Ibson. O  Santos seguia melhor, pressionando o Corinthians com um Montillo afim de jogo. Até que veio a confusão entre Paulo André e William José e ambos foram para o chuveiro mais cedo. O Santos levou a pior, ficou sem a sua referencia de área, ao passo que Tite teve que recuar Ralf para a zaga e puxar Ibson para conter as subidas do lateral chileno Mena - , que entrou no lugar de Leo para explorar o lado mais vulnerável da defesa corintiana. O jogo perdeu ritmo e intensidade, e ambos, pelo que foi o cotejo, acabariam assinando um tratado pelo empate na Vila Belmiro.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

UM CLÁSSICO DIGNO DE EX-MARACANÃ

Domingo de clássico no Rio de Janeiro e os atrativos para um grande jogo iam além dos 27 graus: Juninho x Seedorf, o líder do campeonato em campo e a estreia de Cholo Guiñazu com a camiseta cruzmaltina. O abusivo preço de 80 reais para arquibancada afastou a massa, mesmo assim vimos um belo jogo no New Maracanã, digno dos tempos do ex- maior estádio do mundo. O Botafogo começou a partida mostrando os predicados que o fazem líder do campeonato. No bom e velho 4-2-3-l, o time de General Severiano mandou no principio de jogo, sempre com Vitinho e Seedorf se associando constantemente pelo lado direito do campo; o lateral peruano Yotun era a peça mais vulnerável da defesa vascaína, e foi por ali que o Botafogo quase chegou ao gol em duas oportunidades. Guiñazu não teve a estreia que a torcida vascaína esperava.Não conseguiu marcar Seedorf, além de sentir lesão muscular e deixar o campo para a entrada de Wendell.  A marcação botafoguense era implacável, Marcelo Mattos não deixava Juninho participar da partida, e o Vasco dependia das arrancadas de Eder Luis, que no novo esquema tático de Dorival Junior foi atuar pela ponta direita. O Botafogo abriu o placar em uma jogada casual, fruto da desatenção da frágil zaga vascaína formada por Renato Silva e Rafael Vaz. O segundo gol veio logo em seguida, em lindo passe de Vitinho - o melhor da partida - Seedorf saiu na cara de Diogo Silva e demonstrando sua velha categoria, anotou o segundo gol botafoguense. O Fogão poderia ter ampliado e matado a partida. O Vasco voltou para partida quando  em um grosseiro erro de saída de bola, Eder Luis bateu a marcação de Julio Cesar; Juninho recebeu entre Bolívar e Doria, e com um lindo giro deixou André com o gol aberto para descontar e dar vida ao Vasco.
O segundo tempo começou a todo vapor. Logo no primeiro lance, Pedro Ken - que no 4-2-3-1 de Dorival Junior veio atuar aberto pelo lado esquerdo - se aproveitou da lambança do lateral Gilberto para ir ao fundo e deixar Eder Luis na cara do gol, o atacante cruzmaltino chutou na trave, e no rebote André anotou o empate. A resposta botafoguense veio em seguida, fruto do entrosamento e da mobilidade de seu quarteto de ataque; Rafael Marques apareceu como ponta-esquerda, limpou Nei e colocou a redonda da gaveta: 3x2 fogão; Dorival Junior foi ousado, tirou seu melhor marcador no meio de campo - Sandro Silva - recuando Pedro Ken para sua posição original - volante -  apostando na entrada de Robinho pela ponta-direita. Eder Luis, exausto, deu lugar ao lateral Fagner - que foi atuar como ala direito. O Vasco cresceu no jogo mas carecia de qualidade na saída de bola. Juninho ficava a mercê da marcação de Marcelo Mattos. O Botafogo cozinhou o jogo com Seedorf, que no segundo tempo trocou de posição com Lodeiro, mas que seguia nos deleitando com toda a sua categoria e inteligência para prender a bola no campo de ataque. Nos últimos minutos, Osvaldo de Oliveira fechou ainda mais o time com a entrada de André Bahia no lugar de Lodeiro. Os três pontos estavam garantidos e a liderança consolidada em mais uma  atuação do Botafogo. Em um clássico digno dos velhos Maraca, o Fogão demonstrou mais uma vez que é forte candidato ao título. O Vasco  mostrou evolução no 4-2-3-1 de Dorival Junior, mas a Juninhodependência ainda é notória.