quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O ENVOLVENTE FURACÃO COLOCA O PALMEIRAS DE VOLTA À REALIDADE

Com a vantagem mínima adquirida no primeiro jogo, o Palmeiras foi a Curitiba com uma proposta de jogo muito clara: fechar o meio-campo para explorar os contra-ataques. Gilson Kleina não contava com a péssima atuação de seus meias abertos pelos lados - Leandro e Mendieta - que além de não conseguirem armar ações ofensivas, tampouco combatiam as subidas dos bons laterais do furacão - Léo e Pedro Botelho. Plena superioridade do Atlético Paranaense no primeiro tempo, com o volante João Paulo organizando o time a base de toques curtos, se associando com Paulo Baier  sob a complacência do tridente de volantes palestrinos - Marcio Araújo, Charles e Wesley. Pelos lados do campo, o Furacão criaria as principais chances de gol, ora com Everton, ora com Ederson. Não fosse a falta de pontaria do centroavante uruguaio, Delatorre, somadas ao grande trabalho de Fernando Prass, o Furacão poderia ter definido a série ainda no primeiro tempo. O gol oriundo de um arremeço lateral, trouxe a tona a fragilidade do miolo de zaga do Palmeiras. O 1 a 0 ficou barato.
Com atuação tão pobre, somada  a igualdade no confronto, era esperada uma nova postura do Palmeiras, porém, Gilson Kleina decidiu manter o esquema 4-1-4-1. O Atlético seguia melhor, agora com Paulo Baier mais participativo. Vagner Mancini resolveu mexer no ataque, colocando Marcelo no lugar do inoperante Dellatorre. Marcelo foi atuar como ponta-direita, com Ederson deslocado para o comando de ataque. Logo no primeiro ataque sob nova formação o furacão encontrou  seu segundo gol em uma jogada rápida, com Paulo Baier definindo o lance como  um segundo centroavante - função que vem cumprindo com eficiência desde a chegada de Mancini. Finalmente Kleina resolveu mexer na equipe. Roni foi escalado no lugar de Pierre; Wesley foi recuado para auxiliar Marcio Araújo no meio campo, ao passo que Mendieta ficou centralizado na armação - com Roni e Leandro invertidos pelos lados do campo. O Palmeiras melhorou, mas Allan Kardec seguia como principal candidato a levar o premio Robinson Crusoé da partida. Eis que, usando sua maior qualidade - a transição rápida entre meio-campo e ataque - o Atlético encontrou o terceiro gol utilizando a já conhecida fragilidade de Juninho na marcação; Marcelo aplicou uma meia-lua em Henrique e serviu Ederson, livre na pequena área para fechar o caixão palestrino. Kleina ainda tentou colocar Caio como segundo centroavante, assim como a entrada de Fernandinho para fechar a peneira pelo lado esquerdo. O fato é que o Palmeiras voltou a dura realidade. Resta concretar o acesso a primeira divisão, já pensando em peças de reposição para fazer um bom papel em seu retorno a elite do futebol nacional em 2014.

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