quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

MORELIA E SANTA FÉ, O PRIMEIRO GRANDE JOGO DA LIBERTADORES 2014

Monarcas Morelia e Independiente Santa Fé protagonizam o duelo mais equilibrado da primeira fase da Libertadores 2014. Atuando em casa, o conjunto asteca saiu para propor as ações, armado por Eduardo De La Torre no 4-4-2. O Independiente Santa Fé - que segue com a mesma base que na edição passada chegou  as semifinais - esperava em seu campo no 3-5-2 de Wilson Gutierrez; com o tridente de zagueiros - Francisco Mina, De La Cuesta e Yerry Meza - tentando parar o envolvente ataque formado por Duvier Riascos e  Hector Mancilla. Logo nos primeiro minutos, o ponteiro direito rodrigo Salinas sentiu uma pancada na nuca, dando lugar para Zamorano - que ingressou colando fogo no jogo - deitando e rolando sob a marcação do ala Luis Manuel Seijas. Pela esquerda, o equatoriano Jefferson Montero  - titular da seleção equatoriana que vem ao Brasil - era custodiado pelo ala Otálvaro com eficácia. No entanto, a superioridade numérica no meio campo se fazia valer, e assim o Morelia começou a controlar o jogo com toque de bola inteligente , construindo três chances claras sob o protagonismo de Riascos - que em duas oportunidades acabou parando nos milagres do arqueiro Camilo Vargas.



O Santa Fé seguia lento e impreciso.Seu meio campo tinha Daniel Torres preso como primeiro volante, com os veteranos Omar Perez e Edison Mendez exagerando na cadencia para organizar o jogo; Wilder Medina seguia isolado entre a marcação dos zagueiros Baloy e Huiqui, ao passo que  Luis Carlos Arias ficava na ponta esquerda como a única peça efetiva nos contra-ataques; foi com ele, as costas de Ignacio Gonzalez, que surgiu a primeira chance de gol dos colombianos,  evitado graças a uma boa defesa do goleiro Felipe Rodriguez. No escanteio malogrado, surgiu o contra-ataque letal puxado por Jefferson Montero, que acabaria com o gol do chileno Mancilla: 1 a 0 Morelia.
 
No segundo tempo, Wilson Gutierrez decidiu mudar o esquema tático, tirando o zagueiro Mina para entrada do atacante Jefferson Cuero. Com isso, O Independiente Santa Fé adiantou suas linhas no 4-2-3-1, com o veterano Edison Mendez formando a dupla de volante ao lado de Daniel Torres - liberando o argentino Omar Perez  para armar o time. Foram os melhores minutos dos colombianos no jogo, e se não fosse o goleiro Rodriguez, Medina poderia ter empatado o jogo após grande jogada de Cuero pelo flanco direito. Eduardo de La Torre decidiu fechar o Morelia sacando Riascos, que no ano passado fez uma grande Libertadores com a camiseta do Tijuana,  para a entrada do volante uruguaio Arevalo Rios. Com isso, o volante Aldo Leao Ramirez foi liberado para atuar na armação de jogadas; foi justamente de seus pés que saiu o passe magistral de deixou Zamorano cara a cara com Camilo Vargas para definir o segundo gol mexicano.
 
Jefferson Montero sentiria uma lesão na coxa esquerda, dando lugar ao jovem Zárate pela ponta esquerda do ataque do Morelia. O Independiente Santa Fé saiu para buscar o jogo com a entrada de Anchico pelo flanco direito - deslocando Cuero para a ponta esquerda no lugar deixado por Arias. Foi justamente por este setor que Cuero ganharia em velocidade até ser derrubado por Ignacio Gonzalez na linha da grande área: O veterano Omar Perez cobrou a penalidade no meio do gol, consagrando o arqueiro Felipe Rodriguez e deixando a serie a mercê do Morelia. Eis que no final do jogo, mais precisamente aos 41 minutos, viria a revanche para o meia argentino, que acertou uma bomba em cobrança de falta, anotando o gol que deixa o time colombiano em condições de reverter a desvantagem no confronto de volta no estádio El Campín de Bogotá.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

FIEL A SEU ESTILO, ARSENAL RETOMA A PONTA NA PREMIER LEAGUE


Fiel a seu estilo, o Arsenal foi a Birmingham para retomar a liderança da Premier League. Impondo o seu jogo de toque de bola, movimentação e domínio territorial sobre um Aston Villa que padece com a pobre sequencia em 2014.  Outra vez pressionado com as vitorias de Chelsea e Manchester City, os gunners começaram o jogo empurrando o Aston Villa para dentro seu próprio campo. Arsene Wenger escalou o líder do Premier League no 4-2-3-1 habitual, com Wilshere se deslocando da posição de volante - formando um espécie de 4-1-4-1 -  para auxiliar Özil na armação. Sem contar com vários titulares - Walcott, Ramsey e Arteta - Wenger prendeu Flamini na posição de primeiro volante, liberando Monreal quase como um ala esquerdo, as costas de Lowton e El Ahmadi. O Aston Villa esperava em seu campo no 3-5-2. A estratégia de Paul Lambert era rechear a entrada da área, esperando o Arsenal para sair em esporádicos  contra-ataques acionando a dupla de ataque formada por Benteke e Agbonlahor. O Arsenal, apesar do domínio, carecia de objetividade e infiltração nos últimos 30 metros, fazendo de Giroud um Robinson Crusoe  em meio ao tridente de zagueiros - Vlaar, Baker e Clark. Eis que no lance de mudaria o destino do confronto,  zagueiro Nathan Baker recebeu uma forte bolada no rosto, saindo aos 20 minutos de jogo para dar lugar ao meia Leandro Bacuna.


Com a mudança, Paul Lambert repaginou o Aston Villa no 4-4-2 -  classicamente britânico - com Luna e Lowton voltando para a posição lateral, ao passo que  o miolo de zaga era então composto por Clark e Vlaar. O intuito de Lambert era evitar as subidas de Monreal e Sagna, cada vez mais constantes e perigosas, prendendo  Bacuna e Delph e fechando os lados do campo para auxiliar Lowton e Luna na marcação de Cazorla e do ponteiro Gnabry.  Santi Cazorla, inteligentemente, saia da posição de extremo, caindo em diagonal da esquerda para o centro, confundindo a marcação e abrindo o corredor. Foi assim, que aos 33 minutos, Özil encontrou Monreal na lacuna deixada por Lowton, Bacuna e Vlaar; o espanhol foi ao fundo, servindo Wilshere - sem o devido acompanhamento de Westwood - que anotou o gol com sua perna menos hábil. Logo na sequencia, em um erro terrível de Luna e Delph na saída de bola, Wilshere vestiu novamente o traje de protagonista, ao enfiar um passe milimétrico, que Giroud, com muita astucia, não desperdiçou. O Arsenal voltava a acariciar a liderança, em um primeiro tempo, que se não foi brilhante, deixava claro os adjetivos do time de Wenger. Os gunners terminaram a primeira etapa com incríveis 71% de posse de bola.


No segundo tempo, enfim, Paul Lambert adiantou o Aston Villa no 4-3-1-2 com El Ahmadi saindo da posição de volantes, fechando o losango no meio campo para aproximar-se de Benteke e Agbonlahor. Wenger não resignava o domínio da posse de bola, contudo recuou Wilshere para a posição de volantes. Mesmo com as linhas adiantadas, o Aston Villa esbarrava na sua limitação, apostando em ligações diretas ao ataque. O Arsenal tentava diminui o ritmo do jogo, sem usar a opção do contra-ataque. Wenger colocou Gibbs - com maior poder de marcação em relação a Monreal - para fechar a ultima linha, além da entrada de Rosicky no lugar de Gnabry para dar ainda mais cadencia ao Arsenal. Foi então, que Cazorla de forma imprudente errou a saída de bola pelo lado esquerdo do campo; Lowton fez o cruzamento para que Benteke, aos 30 minutos desse dramatismo ao final do jogo. Paul Lambert colocou o ponta de lança Weimann no lugar de El Ahmadi para tentar o abate final, mas o Aston Villa voltava a demonstrar os motivos de ser o quinto pior ataque da Premier League, ao abusar dos cruzamentos na área. O Arsenal retoma a liderança da Premier League mais parelha dos últimos anos. Mesmo com o elenco mais enxuto em relação aos rivais, os Gunners seguem firmem na luta, graças a ideologia e a coragem de Arsene Wenger e seus dirigidos.