quinta-feira, 25 de abril de 2013

VELEZ AQUÉM DO SEU ESTILO SEGURA O NEWELL'S E FICA PERTO DAS QUARTAS DA LIBERTADORES

Desde que assumiu o Velez (2009-2013) Ricardo Gareca tratou de respeitar a idiossincrasia do futebol argentino( toque de bola, refinamento e ofensividade). O que vimos em Rosário foi um Velez diferente, pragmático e especulador. Sem contar com peças importantes do meio-campo -  Ivan Bella e Fernando Gago - Gareca apostou em compactar suas linhas dentro de seu campo, esperando o Newell's e saindo em contra-ataque puxados pelo colombiano Copete - pelo lado direito sob custodia de Caceres. O Newell's dominou o jogo e tele inúmeras chances de abrir o marcador. Tatá Martino escalou os rosarinos no 4-3-3, forçando o jogo pelo lado direito com um Pablo Perez ativo e muita rotação entre Figueroa e Nacho Scocco.  

No segundo tempo o Velez mudou sua postura, tratando de adiantar suas linhas afim de evitar a pressâo do Newell's. Pocho Insua finalmente resolveu aparecer para o jogo, dando a pausa necessária para os time de Liniers se encontrar na partida. Em um contra-ataque letal, o jovem Allione - recém revelado pelo próprio Velez - definiu a vitória fortinera com muita categoria -  as costas do veterano Heinze. Após o gol, Tata Martino mudou as peças e o esquema tático. O Newell's terminou a partida em cima do Newell's com Bernardi e Pablo Perez como armadores, Tonso pelo lado direito, Scocco pela esquerda e Urruti como centroavante.

Nos últimos 10 minutos, O Velez ficou com um homem a menos - após expulsão do lateral Poroto Cubero - assim Gareca teve que colocar Gaston Diaz, como lateral-direito, e Sills para de evitar as subidas constantes de Casco. O Velez, sem muitos argumentos, venceu em Rosário graças a boa atuação do zagueiro Sabia - que anulou o artilheiro Nacho Scocco -  e do goleiro uruguaio Sebastian Sosa, este  que operou um par de milagres.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O IRRESISTÍVEL BORUSSIA DORTMUND E OS ERROS DE MOURINHO

Mourinho escalou uma defesa remendada e acabou pagando caro demais. Sergio Ramos, que durante toda a temporada atuou na zaga central ,ao lado de Varane, ficou com a dura missão de parar Reus; foi por este setor que nasceu a jogada do primeiro gol do Borussia. Pepe formou a dupla de zaga com Varane, ambos falharam demais, dando argumentos para a Lewandowski  deitar e rolar. Fabio Coentrão subiu demasiadamente ao ataque - afim de auxiliar CR7 - no entanto, Kuba - em grande partida taticamente - venceu o duelo com o lateral lusitano pela ponta direita. Outro erro crucial de Mou foi escalar Modric no lugar de Di Maria. Ozil ficou sacrificado na ponta-direita sem levar perigo a Schmelzer. A ideia de Mourinho era rechear o meio-de campo, apostando na velocidade do tridente Ozil- Cristiano Ronaldo -Higuian.  Jurgen Klopp escalou no Borussia no 4-2-3-1, esperando o Real Madrid em seu campo; Piszczec marcava Cristiano Ronaldo implacavelmente - sob cobertura atenta de Subotic - Modric tinha a custodia de Bender, ao passo que Gundogan sufocava o mentor merengue - Xabi Alonso. O primeiro tempo foi todo do Borussia Dortmund, que marcava bem, e chegava ao ataque com toques rápidos e envolventes - sob a batuta do craque Gotze.
Aos 22 minutos do segundo tempo, a tragédia madrilenha já se desenhava. Mourinho teve a humildade de reconhecer os seus erros, retornado ao esquema 4-2-3-1, com Ozil como armador, Di Maria na ponta-direita e Benzema como referência na área. O Real Madrid cresceu no jogo mas cedeu o contra-ataque para o Borussia Dortmund, principalmente pelo esquerdo, com Reus deitando e rolando nas costas de Sergio Ramos.
Nos últimos minutos, Mourinho apostou em Kaka. O Real Madrid, impotente, terminou o cotejo no 4-1-3-2, com Cristiano Ronaldo dentro da area - ao lado de Benzema; Ozil, Di Maria e Kaka  como armadores. Jurgen Klopp fechou o time com a entrada do volante Kehl, e do polivalente GrossKreutz. O Borussia deu uma aula de futebol moderno, e deve chegar a final com argumentos para ser campeão europeu em Wembley.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

MEIO CAMPO BRIGADOR CLASSIFICA O TRICOLOR

Cuca escala o Galo no 4-2-3-1. Sem poder contar com seus dois pontas - Bernard e Diego Tardelli - Cuca opta por Serginho, afim de auxiliar Marcos Rocha no combate as investidas de Osvaldo pelo lado esquerdo. O São Paulo tomou conta do meio de campo com Denilson anulando Ronaldinho. Wellington também vencia o seu duelo particular com Leandro Donizete, ao passo que Ganso, mesmo com marcação cerrada de Pierrie, seguia com seus passes curtos e precisos, empurrando o tricolor para cima do Atlético Mineiro. Apesar do domínio territorial, o tricolor seguia sem criar chance de gol. O primeiro tempo foi um verdadeiro jogo de xadrez, com poucas chances de gol e muita marcação no meio de campo.
No segundo tempo, Osvaldo inverte de lado com Douglas e passa atuar as costas de Richarlyson - que estava pendurado com cartão amarelo. Grande acerto de Ney Franco, por este setor sairiam as jogadas decisivas da partida. Cuca colocou Alecsandro no lugar do inoperante Luan, e Jô foi atuar estranhamente como meia aberto pela esquerda. Alecsandro era a nova referência na área, enquanto Ronaldinho, tentando se infiltrar como segundo atacante, continuava a mercê da marcação de Denilson. Marcos Rocha, definitivamente,  posicionou-se como meia-- direita, ao passo que  Serginho assumia a posição de lateral direito improvisado, marcando Douglas.
Na busca do empate, Cuca ousou demasiadamente, ao posicionar o Atlético Mineiro com 4 atacantes - Guilherme, Neto Berola, Alecsandro e Jô - deixando um buraco no meio-campo. Foi assim que Ganso encontrou espaço para girar em cima de Pierre e meter lindo passe as costas de Richarlyson; Osvaldo foi ao fundo para servir Ademilson -que acabara de entrar - no segundo gol tricolor. O São Paulo venceu o jogo do semestre, graças a seu meio-campo - hoje - brigador. O galo terá a volta de seus dois meias abertos do esquema 4-2-3-1 - Bernard e Diego Tardelli - e continua com favoritismo para o confronto de oitavas de final

quinta-feira, 11 de abril de 2013

SEM LIBERTAD NO MEIO DE CAMPO

Gilson Kleina sabia que era fundamental ganhar o meio-campo para vencer o Libertad. O treinador alvi-verde planejou uma marcação individual sob as principais armas do conjunto guaraní: Marcio Araujo acompanhava Romero, ao passo que Ayrton seguiria o perigoso Samudio pela ponta-esquerda. Mendieta, que no jogo de ida levou nítida vantagem contra Juninho, teve a marcação impecável de Marcelo Oliveira; assim,  Juninho ficou liberado para subir ao ataque - além de impedir o apoio de Moreira . Charles, e principalmente Souza, tiveram liberdade no meio-campo, jogando Guiñazu e Aquino - os volantes do Libertad - para dentro de seu campo. O Palmeiras ganhou o meio-campo, mas pecava no último passe - além de sentir a falta de uma referência na área. Vinicius, que previamente parecia ser o centroavante do Palmeiras, atuava aberto pela esquerda, enquanto Wesley fazia a diagonal pela direita -entrando como um segundo atacante.
Para o segundo tempo, Gilson Kleina inverteu a posição no meio de campo. O ex-santista foi atuar centralizado, enquanto Souza impedia as subidas de Mencia pelo lado direito. O domínio palestrino, fruto de muita disposição de seus jogadores, acabaria sendo coroado em uma jogada de sorte;Wesley errou o chute e Charles, como elemento surpresa, anotou o gol da classificação como se fosse um centroavante.
Após a expulsão de Wesley, o treinador palestrino teve que recuar as suas linhas, chamando perigosamente o Libertad para dentro de seu campo. Ruben Ismael - treinador do Libertad - posicionou a sua equipo no 4-2-4; recuando Samudio para a sua posição habitual - lateral esquerda - e colocando 4 atacantes - Mendieta, Gamarra, Nuñez e Guevgiozian. Gilson Kleina trancou o palmeiras com a entrada de Thiago Real - para evitar que Samudio fosse ao ataque - além de Wendel para fechar como volante, ao lado de Marcio Araújo. O Palmeiras chega as oitavas de final graças a seu treinador e a raça impressionante de seus jogadores.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O BARÇA CHEGA A SEMIFINAL SEM OS PREDICADOS DA ERA GUARDIOLA

Sem Messi, Tito Vilanova formou o ataque culé com Pedro aberto pela direita, Villa - entre Maxwell e Thiago Silva - e Fábregas de falso 9. O Barcelona mantinha a posse de bola na casa dos 60%, mas sem profundida para entrar na área francesa, ficava a espera de uma genialidade de Iniesta - acompanhado de perto do Verratti. O PSG levava perigo com os contra-ataques puxados por Lucas - que infernizou Jordi Alba no primeiro tempo - e Lavezzi, que atuava as costas de Sergio Busquets. 
No segundo tempo, Daniel Alves se transformou em ala; as suas costas, Javier Pastore acabaria encontrando o espaço necessário para abrir o marcador. Após o gol, Tito Vilanova teve que apelar para Lionel Messi. Adriano, improvisado como zagueiro pela esquerda, sairia com lesão muscular, dando lugar ao jovem Bartra. O Barcelona estava postado  no ultra-ofensivo  3-1-4-2:  Daniel Alves como ala direito, Iniesta e Messi como armadores e Villa de centroavante. Assim, acabaria encontrando o gol da vitória, graças a  genialidade de Messi para limpar dois marcadores; Villa fez o pivô e Pedrito soltou o petardo salvador no Camp Nou.
Nos minutos finais, Ancelotti colocou Van de Wiel - lateral de maior projeção -  além de apostar em um meio de campo mais criativo com as entradas de Gameiro e Beckham. Tito Vilanova fechou o time ao colar Song, que ao lado de Busquets, atuaria com volante para marcar Beckham e Gameiro. O Barcelona sofreu além da conta, e chega a semifinal sem os predicados da era Guardiola - compactação entre as linhas e troca de posição constante no ataque.


sexta-feira, 5 de abril de 2013

SOROCHE PILLS

Ney Franco escala o São Paulo no 4-2-3-1 - assim como no primeiro tempo contra o Corinthians -  com Jadson aberto pela direita e Ganso centralizado. Ney Franco decidiu apostar em um meio-campo mais técnico a fim de evitar correria  e os efeitos da altitude. O The Strongest esperava o tricolor com duas linhas de 4. Cristaldo e Soliz acompanham Carleto e Paulo Miranda; Pablo Escobar jogava como segundo atacante -as costas de Denilson. Desde o princípio ficava claro que unica jogada boliviana era o tiro de media distância. Mesmo assim,  Carleto e Edson Silva - perdido na cobertura - abrem um buraco pelo lado esquerdo para que Soliz  -arriscando lindo chute - abrisse o placar em La Paz.
Após o gol, Ney Franco joga o São Paulo para cima do Strongest. O tricolor passa a atuar uma linha de 3 defensores: Edson Silva, Toloi - na sobra - e Paulo Miranda  marcando Cristaldo; Cartelo tem liberdade para subir como ala esquerdo e Osvaldo acabaria trocando de lado com Jadson. Com esta formacão o São Paulo cria inúmeras chances de gol, quase sempre com Osvaldo barbarizando o lateral Chavez.
Maicon sente os efeitos da altitude e não retorna para o segundo tempo. Welignton entra como primeiro volante e Denilson passa a marcar Chumacero - o volante mais técnico do time boliviano. Osvaldo segue pela esquerda e Jadson aberto pela direita - batendo contra a marcacao de Bejarano. O São Paulo parecia estar mais perto do segundo gol, quando Cristaldo  -encontrando uma brecha pelo lado esquerdo - arrematou de longe para anotar o gol da vitória boliviana.
Nos últimos 15 minutos era notória a falta de intensidade do São Paulo - fruto dos efeitos da altitude de La Paz.. Ney Franco tentou a última cartada colocando Wallyson como ponta direita; Osvaldo voltou para a ponta esquerda, sendo que Jadson e Ganso ficaram centralizados como armadores. Eduardo Villegas fechou o The Strongest com a entrada de Cunningham - para cobrir as subidas de Carleto - e Marcos Paz - volante que marcou Jadson. O São Paulo criou chances no final, mas a péssima noite de Aloisio e Cia decretaram a derrota tricolor em terras andinas.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

QUEM DISSE QUE O ANCELOTTI É RETRANQUEIRO?

Com fama de retranqueiro, Ancelotti surpreende a todos escalando Beckham como volante pela esquerda - marcando Xavi - no lugar do jovem Verratti. O treinador italiano sabia que teria pouco tempo de posse de bola e decidiu apostar na qualidade de passe do veterano inglês. Bom primeiro tempo do PSG, que teve menos posse de bola, mas que conseguiu criar boas chances de gol com Lucas - aberto pela direita - Pastore pela esquerda e Lavezzi como segundo atacante, as costas de Busquets. Tito Vilanova manteve o 4-3-3, com Villa improvisado pelo flanco direito - no lugar do suspenso Pedro - e Iniesta como meia esquerdo. O Barcelona criou pouco mas acabou encontrando o gol através de um rebote de escanteio. Daniel Alves meteu lindo passe de três dedos que encontrou Messi as costas de Jallet e Alex.
No segundo tempo, o Barcelona voltou sem Messi - machucado. Em seu lugar entrou Cesc Fábregas para jogar como falso 9.  O Barcelona adiantou ainda mais a suas linhas. Com seu habitual tiki tiki, dominou o PSG, mantendo o time francês  longe da meta de Valdes. Daniel Alves abriu o corredor pelo lado direito com complacência de Javier Pastore. Villa saiu da ponta direita para entrar em diagonal as costas de Maxwell, e desta forma, acabaria criando um caos na defesa francesa. Beckham não aguentou a intensidade do jogo e deu lugar a Verratti. O PSG acabaria encontrando o gol de empate em seu pior momento no cotejo.
Para evitar as subidas de Daniel Alves, Ancelotti colocou o atacante Menez na ponta esquerda.Gameiro entrou no lugar de Lavezzi. Tito Vilanova também mexeu no tabuleiro colocando Tello no lugar de Villa. Alexis Sanchez terminou na ponta direita. No final do jogo, com o Barcelona em vantagem, o PSG apelou para o cruzamento na área, e assim, após Ibra ganhar no alto de Daniel Alves, Matuidi acertou chute despretensioso que Valdez aceitou. O empate foi justo pelo domínio catalão - sem tanta profundidade - e pela coragem de Ancelotti em colocar um time mais técnico para enfrentar o melhor e mais temido time do mundo.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

RACING VENCE EM LA PLATA MAS SEGUE SEM CONVENCER

Diego Cagna apostou tudo em seu último jogo como treinador do Estudiantes. A equipe de La Plata sufocou o Racing no esquema 3-1-4-2. O Racing de Zubeldia, postado no previsível 4-2-3-1, apostava nos contra-ataques puxados por seu jovem tridente ofensivo - De Paul ( bem marcado por German Ré), Fariña(sob vigília de Gil Romero) e Vietto( custodiado por Angeleri). Desábato ficava na cobertura de Camoranesi, que atuando pelo flanco direito, nada fez.
No segundo tempo, Zubeldia trouxe Camoranesi para o meio campo, abrindo Fariña pela ponta direita. O Estudiantes seguia melhor, mas sem profundidade nos últimos metros. Boa partida dos laterais racinguistas - Cahais e Pillud - no combate aos alas pincharratas -  Jara e Jonathan Silva.
Aos  20 minutos do segundo tempo, Diego Cagna deu sua última cartada para vencer o Racing ; tirou  Gelabert e  Auzqui, para a entrada de Maxi Nuñez, na ponta direita, e La Gata Fernandez como extremo esquerdo. Zubeldia devolveu na mesma moeda, colocando Cámpora e Villar. De Paul foi para a ponta direita para combater o ala Jonathan Silva, enquanto Villar, pela ponta esquerda , fez com que Jara não pudesse subir tanto ao ataque. Cámpora formou a dupla de ataque com Vietto. Eis que aos 42 minutos - após escanteio - o ex- atacante do Huracan  anotou o gol da vitória. Com o resultado, A Academia deu alento a sua torcida de que pode brigar pelo título nacional, basta vencer o River na próxima rodada e torcer por vacilos do líder Lanús. Diego Cagna pediu demissão após o cotejo. Em 7 jogos sob o seu comando, o Estudiantes somou  míseros 3 pontos, amargando a vice-lanterna.