sábado, 14 de junho de 2014

COSTA DO MARFIM 2 X 1 JAPÃO - O FATOR DROGBA, COMO SEMPRE DETERMINANTE

O Japão de Zacheroni conheceu o doce gosto momentâneo do domínio do jogo. Foram 2/3 da peleja, onde a Costa do Marfim era consumida pela estratégia bem definida por Alberto Zacheroni. Até a entrada de Drogba, que mudaria o destino, a tranquilidade reinava como havia planejado o estrategista italiano. O Japão foi a campo no seu habitual 4-2-3-1, que se transformava em um 4-4-1-1 com Honda encostando em Osako no comando do ataque. Kagawa, o outro distinto dessa geração japonesa, se sacrificava pelo time na marcação do lateral direito Aurier. Pelo flanco oposto, Okasaki fazia a mesma função, combatendo os avanços de Boka. A Costa do Marfim tinha a bola mas esbarrava nos grosseiros erros de passe da dupla de volantes, Die e Tiote. Yaya Toure era o único que encostava no tridente de ataque para tentar articular algo melhor. Contudo, Hasebe, o volante de mil batalhas, freava o craque do Manchester City, ajudado por seu companheiro Yamaguchi.


Eis que apareceram os velhos fantasmas dos elefantes. Zokora e Bamba vacilaram, numa terrível e corriqueira desatenção que original o primeiro gol asiático. De um lateral, vejam bem, Honda apareceu libre para fuzilar Barry, que nada pode fazer. O Japaão seguiu, mesmo sem a bola, com o controle psicológico do jogo, com suas duas linhas bem próximas, evitando o desborde dos ponteiros, Gervinho e Kalou, enquanto Bony deixava a torcida marfinense com saudades de Drogba.
 
Foi então que aos 15 do segundo tempo, ingressou o craque do Galatasaray, que em seu primeiro lance já mostrou a que veio com um calcanhar delicioso. A Costa do Marfim deixava o 4-2-3-1 e passava a atuar no 4-2-2-2  com dois centroavantes - Drrogba e Bony - dois meias extremos - Gervinho e Kalou - e o recuou de Yaya para formar a dupla de volantes com Tiote. Foi assim, que em dois minutos, a Costa do Marfim encontrou o gol. Fruto de uma maior presença de área para incomodar os inseguros Yoshida e Morishige.
 
O lateral Aurier, então sumido, subiu duas vezes pela direita sem o acompanhamento de Kagawa. No primeiro encontrando Bony. No segundo, foi a vez de Gervinho ir a rede. A defesa japonesa, a segunda mais baixa desse mundial, desnudava a velha falência pelo jogo aéreo. Mesmo com as mudanças de Zacheroni, o Japão não teve forças para buscar o empate. O Grupo B, o dos mortais, segue aberto, agora com um caminho aberto para Colômbia e Costa do Marfim, que se enfrentam quinta feira em Brasília.

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