quinta-feira, 23 de maio de 2013

O FERROLHO PARAGUAIO

Ever Hugo Almeida - atual treinador e goleiro campeão do mundo com o Olímpia em 1979 - armou um verdadeiro ferrolho para enfrentar o Fluminense. No esquema 5-3-1-1, o conjunto guarani congestionou a entrada da área de maneira efetiva. Grande atuação do tridente de zagueiro - Manzur, Miranda e Candia - que transformou Fred em figura nula no primeiro tempo. Os ponteiros Wellignton Nem e Rhayner tiveram marcaçoes individuais - por parte de Gimenez e Salina -  e pouco fizeram. O Fluminense teve o dominio do jogo, graças a superioridade númerica no meio de campo, no entanto Wagner não soube gravitar sob a marcação do único volante paraguaio - Aranda. O Olímpia não teve sequer um contra-ataque, tanto que Salgueiro e Freddy Bareiro - a dupla de ataque - se limitavam a combater a saída de bola tricolor.

Abel Braga tentou inverter os ponteiros do Fluminense. Os primeiros minutos do segundo tempo foram de um Fluminense mais agressivo, com Wellignton Nem caindo as costas de Salina - também invertido por Ever Almeida - ao passo que Rhayner foi para a ponta direita - tendo a marcação cerrada de Ariosa. Ever Almeida sacou Salgueiro, apostando na juventude do voluntarioso Perez - que teve a missão de conter os avanços de Carlinhos. Na segunda metade do segundo tempo, Abel Braga foi de vez para cima do time paraguaio, recuando Rhayner como lateral -  no lugar de Bruno -  e colocando Rafael Sobis como ponteiro direito. O Fluminense rondava a área do Olímpia mas carecia de profundidade, já que Wagner e Jean seguiam em noite pouco inspirada.

Nos minutos finais, o volante Aranda foi expulso; Abel Braga jogou o Fluminense para cima com as entradas de Felipe e Samuel,  no lugares de Edinho e Wagner. O centroavante Freddy Bareiro veio atuar como volante ao lado de Ortiz. O Fluminense terminou o jogo com dois centroavantes - Samuel e Fred - dois ponteiros -  Wellignton Nem e Rhayner - e dois meias -  Jean e Felipe - mesmo assim o Olímpía segurou o Fluminense graças a obediencia tática de seus jogadores e a concentração permanente de seu tridente defensivo. A vaga não esta garantida, contudo, atuando no Defensores del Chaco e com suas três estrelas no peito, é dificil não imaginar o Olímpia em mais uma semifinal de Libertadores.


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