terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O INTENSO CRUZEIRO DESNUDA AS FRAGILIDADES DA DEFESA CHILENA

O diário La Tercera de Santiago especulava com a ideia de que Relojito Romero desarmaria a linha de 3, formando um 4-2-2-2 para enfrentar o campeão brasileiro em condição de visitante. Sinal de respeito? Ledo engano. O treinador chileno decidiu manter a filosofia de jogo da Universidad de Chile - desde os tempos de Jorge Sampaoli - atuando no 3-5-2 com a linha de zagueiros formada pelo líbero Caruzzo e os selecionados José Rojas e Oswaldo Gonzalez. O Cruzeiro tampouco resignava o seu estilo, entrando dentro do campo da La U com a intensidade do 4-2-3-1 de Marcelo Oliveira. No entanto, apesar do domínio territorial e o controle do jogo, a raposa esbarrava na falta de contundência nos últimos metros e no meio-campo bem povoado pelos alas Castro e Cereceda, somados ao tridente de volantes do conjunto chileno - Sebastián Martinez, Juan Rodrigo Rojas e  Lorenzetti. Eis que aos 30 minutos, o zagueiro Rojas sentiria uma lesão, voltando no lance seguinte cambaleando na marcação; foi assim, que Dagoberto saiu na esquerda em diagonal, encontrando Ricardo Goulart entre o lesionado Rojas e o desatento Cereceda: 1 a 0 Cruzeiro. Os últimos 10 minutos trouxeram o Cruzeiro de 2013: intenso, com desconcertantes trocas de posição entre o quarteto de ataque - Dagoberto, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno.  Rojas cedeu o lugar para o jovem Igor Lichnovsky. Logo na sequencia, novamente pelo flanco esquerdo da defesa chilena, Ricardo Goulart encontrou Dagoberto livre para anotar de peito o segundo gol cruzeirense. Como se não bastasse, em joga aérea o 3 a 0 trazia um duro castigo para a Universidad do Chile.
Com o duro revés, Romero decidiu alinhar a La U no 4-1-4-1 com Oswaldo Gonzalez e Cereceda como laterais e Raul Fernandez ingressando como meia, liberando Lorenzetti para o flanco esquerdo do ataque. La U finalmente entrou no jogo, e o argentino Lorenzetti encontraria o gol de desconto atuando as costas de Ceará. O time chileno tomava o protagonismo, e Marcelo Oliveira decidiu recompor o meio campo com a entrada do volante Souza e colocando velocidade no ataque com Willian. O Cruzeiro mataria o jogo em uma bobeada de Johnny Herrera, que cedeu um escanteio de forma infantil que culminou no quarto gol do clube mineiro. O quinto veio em rápido contra-ataque, definido com precisao por Willian.

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