sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

GRUPO A


A esperada estreia do Brasil na Arena Corinthians será contra a Croácia. Os croatas voltam a um Mundial após sua última participação em 2006. Niko Kovac - capitão daquela  equipe que seria derrotada pelo Brasil na estreia do Mundial da Alemanha por 1 a 0  - foi o responsável por guiar a Croácia nas eliminatórias. Os croatas ficaram em segundo lugar do grupo A, atrás da talentosa seleção belga. Na repescagem bateu a Islândia, sofrendo além da conta em Zagreb.

Niko Kovac assumiu o time na véspera do confronto contra a Islândia pela repescagem. No jogo de ida, decidiu manter o 4-4-2, mas aplicou algumas modificações:  Daniel Pranjic assumiu o posto de Strinic na lateral-esquerda, ao passo que Ivan Rakitic foi deslocado para a posição de volante pela direita ao lado de Modric; pelos lados do campo Perisic e Ivo Ilicevic fechavam a segunda linha de 4 com Eduardo da Silva ao lado de Mandzukic no comando do ataque. A Croácia foi superior, criou inúmeras chances de gol, controlou o jogo mesmo sem poder tirar o zero do placar. Para a decisão em Zagreb, Niko Kovac decidiu armar a Croácia no 4-2-3-1, com Mateo Kovacic escalado como armador e Ivica Olic sacrificando-se como extremo direito na linha de armadores. Assim, Mario Mandzukic - que anotaria o primeiro gol e seria expulso - ficava isolado na frente. Mesmo com 10 jogadores, a Croácia garantiu a classificação com um gol de Darijo Srna, após linda jogada coletiva pelo flanco direito. Classificação merecida, de um time organizado, que sabe especular com suas duas linhas compactadas, além de ter uma posse de bola criteriosa e a individualidade de jogadores com larga experiência internacional.
 

Mais do que o título da Copa das Confederações, Felipão guarda o trunfo de haver encontrado uma formula, um sistema e um time com condições para conquistar o sonhado hexa. O Brasil atua no 4-2-3-1. Julio Cesár, apesar da inatividade na temporada, segue como o goleiro de confiança de Scolari. A linha defensiva conta com dois dos melhores laterais do mundo; Daniel Alves e Marcelo formam uma dupla ultra-ofensiva, com apoio constante nas ações ofensivas. O miolo de zaga é formado por Thiago Silva e David Luiz. No meio de campo, Luis Gustavo se firmou como o cão de guarda a frente da zaga, graças a seu ótimo poder de cobertura dos laterais e das subidas ao ataque frenquente de seu companheiro Paulinho; o jogador do Tottenham é o elemento surpresa do meio de campo, desprendendo-se da linha de volantes para atuar como meia ao lado de Oscar, formando muitas vezes um 4-1-4-1. A linha de armadores conta com Neymar e Hulk pelos flancos, ao passo que Oscar atua centralizado, encostando como segundo atacantes. O grande dilema de Scolari é o posto de centroavante. Com as frenquentes lesões de Fred e a falta de um grande jogador nessa posição, Scolari reza para que Fred se recupere a tempo e possa ser efetivo como na Copa das Confederações.






O México, algoz brasileiro nos últimos tempos, chega ao Mundial numa enorme crise. Após o titulo olímpico, uma forte crise se abateu e Jose Manuel de La Torre acabou demitido. A seleção tricolor acabaria as eliminatórias da Concaf atrás de Estados Unidos, Costa Rica e Honduras, sendo obrigado a disputar a repescagem de forma vexatória. Foi então que Miguel Herrera, técnico do América - atual campeão nacional - assumiu a bronca. Logo de cara, atendendo a pedidos tanto da imprensa como também da  torcida azteca, sacou  a titularidade dos jogadores que atuam no exterior - Chicharito Hernandez, Andres Guardado, Giovanni dos Santos, Javier Aquino e Guillermo Ochoa - apostando na base de América. Do time que bateu a Nova Zelândia na repescagem, sete são do América - o goleiro Moises Muñoz, os zagueiros Francisco Rodriguez e Juan Carlos Valenzuela; os alas Miguel Layun e Paul Aguilar; o volante Juan Carlos Medina e o atacante Raul Gimenez.

Taticamente Miguel Herrera montou a seleção mexicana no 3-1-4-2, com o veterano Rafa Marquez como líbero em um defesa completada por Juan Carlos Valenzuela e Francisco Rodriguez. No meio campo, Juan Carlos Medina é o primeiro volante, o cão de guarda, enquanto os meias Luis Montes e Carlos Peña formam uma linha de quatro junto aos alas Miguel Layun e Paul Aguilar. Nos jogos contra a Nova Zelândia, a dupla de ataque foi formada por Raul Gimenez e Oribe Peralta -  carrasco brasileiro ao anotar os dois gols que deram o ouro Olímpico ao México. Fica a pergunta se os badalados jogadores que atuam no exterior voltaram ao time titular. Resposta que encontraremos apenas na próxima data FIFA.


Camarões é o último adversário do Brasil. Nas eliminatórias africanas, os camaroneses lideraram o grupo I com 4 vitorias, 1 empate e apenas 1 derrota, deixando a Líbia e o Congo pelo caminho. Nos play-offs venceu a Tunísia por 4 a 1 no último jogo em casa, selando o passaporte para o Brasil. O time é dirigido por Volker Finke. O técnico alemão agarrou a seleção após um novo fracasso de Camarões nas eliminatórias para a ultima edição da Copa Africana de Nações.

Camarões atua no 4-2-3-1, com Charles Itandje do Kunyaspor da Turquia no gol. A linha de 4 é formada por Nyom, Chedjou do Galatasaray, Nkolou do Olympique Marseille e Ekotto, ex-Tottenham, atualmente no Queens Park Rangers. No meio campo, Alexander Song do Barcelona e Joel Matip do Schalke 04 formam a dupla de volantes. Na linha de armadores temos Eyong Enoh como extremo direito e Jean Makoon como armador. Samuel Eto'o, assim como na etapa vencedora de José Mourinho na Internazionale de Milão, vem atuando pela ponta-esquerda, deixando a posição de centroavante para o seu companheiro Pierre Webo. 

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