terça-feira, 19 de novembro de 2013

DÉJÀ VU COLORADO

O Internacional Campeão Gaúcho no 4-3-2-1 armado por Dunga

A atual direção do Internacional parece não aprender com os erros do passados. A atual temporada ficará novamente marcada por erros imperdoáveis na montagem do elenco.  Assim com em 2012, a metade vermelha de Porto Alegre termina o ano amargando mais um ano de bronca e desilusão, graças a um time que padece no  meio da tabela do Brasileirão apesar de um elenco farto de estrelas e jogadores veteranos. E pensar que  a era Dunga começava de forma animadora, com um titulo gaúcho conquistado sem sobressaltos(Levou tanto a taça Piratininga quanto a Taça Farroupilha). Há de se ressaltar que o Grêmio usou o estadual como pré-temporada priorizando a Libertadores , no entanto ficava a esperança de um trabalho promissor de Dunga, que logo de cara implantou o mesmo sistema usado em seu ciclo da seleção brasileira, o 4-3-2-1. O meio campo formado com 3 volantes - Ygor(Ailton), Josimar(Willians) e Fred -  tinha a missão de proteger o time e dar liberdade para Forlán e D'Alessandro na criação. A principio os gringos se entenderam maravilhosamente bem, dando a ilusão que o time chegaria forte para a disputa do nacional.  Ledo engano, o time começou o Brasileirao de forma irregular com apenas 6 pontos  conquistados nos primeiros 5 jogos. Veio a parada obrigatória para a disputa da Copa das Confederações e com ela também  vieram os malditos ucranianos com suas irrecusáveis malas cheias de Euros. O zagueiro Rodrigo Moledo, que fez uma dupla sólida com o veterano Juan, trocou o colorado pelo Metalist, ao passo que o jovem Fred - o melhor volante do elenco e um dos destaques do time do estadual - acabou seduzido pela chance de jogar a Champions League pelo Shakhtar Donetsk.

 
No Grenal um amargo empate em 1 a 1 pelo primeiro turno do Brasileirão

Com a janela de transferências aberta durante a  Copa das Confederações, o Inter foi buscar no Corinthians o polivalente Jorge Henrique. O meia se tornou símbolo da falta de planejamento do elenco, atuando em 3 posições diferentes durante a campanha - ora como meia aberto, ora como volante e até mesmo como lateral direito. Apesar das lesões e da falta de reposição na defesa, Dunga conseguiu armar o time ainda no 4-3-2-1 com Jorge Henrique e Fabricio como volantes; assim o colorado emplacou 3 vitorias consecutivas contra Vasco, Fluminense e Flamengo. O grande divisor de aguas na temporada foi a goleada sofrida contra o Náutico na Arena Pernambuco. Mais do que um mal pressagio, veio o alerta de que as coisas não andavam bem, muito em função de  uma zaga remendada e da falta irreparável de D'Alessandro - disparado o melhor jogador do time na temporada. O time acusou o revés perdendo na sequencia para o Santos e chegando fragilizado para o Grenal na décima primeira rodada. O empate em 1 a 1 deixou um sabor amargo. Era o começo da serie incrível de empates - 6 seguidos. Dunga, enfim,  cogitou a possibilidade de mudar o esquema de jogo para proteger  a vulnerável defesa -  que por ora atuava improvisada com Ednei na lateral direita e Ronaldo na zaga. Para piorar, o ataque também não funcionava; Forlán voltava a atuar mal, assim como Leandro Damião, claramente abatido com a perda de espaço com Felipão na seleção brasileira - somada a não concretização da esperada transferência para um grande time europeu. Nem mesmo a chegada do ídolo Alex e do badalado Ignacio Scocco - artilheiro do Campeonato Argentino e um dos destaques da marcante campanha do Newell's Old Boys na Libertadores - e do ídolo Alex resolveu o problema do ataque colorado. O argentino foi escalado fora de sua posição habitual, atuando muitas vezes como meia aberto pela esquerda na linha de armadores do novo 4-2-3-1 de Dunga. Alex pagou o preço de atuar a ultima temporada no mundo árabe, ficando longe da sua plenitude física e técnica.
 O Inter repaginado no 4-2-3-1  na vitória frente ao Corinthians pelo primeiro turno

No final do primeiro turno, Dunga repaginou o Internacional no 4-2-3-1 com Ygor e Willians como volantes. Andres D'alessandro foi sacrificado outra vez, agora escalado pelo flanco direito da linha de armadores. O jovem Otavinho ganhou minutos como segundo atacante, deixando Forlán no banco e Nacho Scocco como opção pelo lado esquerdo. O Internacional começou bem o returno embalando 3 vitorias consecutivas, mas logo veio a nova maré de derrotas e o empate em casa contra o Atletico Paranaense no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. A derrota contra o Vasco em Macaé - a terceira seguida no campeonato brasileiro - determinou o fim melancólico da era Dunga. Sem opção no mercado, Clemer assumiu a bronca, tentando aparar os problemas internos do vestiário. Contudo, O 4-2-3-1 foi mantido, agora com o garoto João Afonso ganhando oportunidade na cabeça de área ao lado de Willians. No Brasileiro, o time seguia a toada irregular dos últimos meses, deixando claro que o titulo da Copa do Brasil era a ultima chance palpável para salvar a temporada. No entanto, o empate sem gols contra o Furacão na Vila Capanema eliminou o Colorado e deu fim a uma temporada nebulosa. Para 2014, a torcida colorada  clama por mudanças no elenco, assim como reformulação drástica no departamento de futebol. Menos grife e mais transpiração deverá ser o lema a ser seguido no Beira Rio.
 
Sob o comando de Clemer na eliminação da Copa do Brasil frente ao Atlético/PR

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