Os times entram em campo e a fase tricolor fica resumida com a reposição de bola de Rogerio Ceni no aquecimento. Boom, a bola estoura a placa de publicidade. Segundo tiro e boom, pimba a gorducha na trave de sustentação de rede. Na Terceira, a redonda vai para a arquibancada. Que fase! na quarta ele acerta na mão do auxiliar de goleiros. Rogério acena para a torcida com os punhos para o alto. O São Paulo vem a campo cheio de novidades. Paulo Autuori decide manter o 4-2-3-1 com Rodrigo Caio improvisado na zaga e o garoto Lucas Evangelista como ponta-esquerda. A Portuguesa é melhor no inicio de jogo, graças ao plano tático de Guto Ferreira, que postou a Lusa no 4-1-4-1, sufocando a saída de bola tricolor, fazendo com Wellignton e Fabricio rifassem a bola constantemente. Diogo era o nome do jogo, aberto pela direita passava com facilidade pela marcação de Reinaldo, ao passo que Luis Ricardo subia constantemente sem o acompanhamento de Lucas Evangelista. Se não fosse Rogerio Ceni, a Lusa já poderia ter aberto o placar nos primeiros minutos, sempre em tiros de media distancia. O Tricolor vivia descompacto em campo, com as linhas distantes e um Jadson inoperante sob a marcação de William Arão. A única jogada de perigo veio em um contra-ataque puxado por Aloisio que venceu a marcação de Rogerio pelo lado direito, mas Luis Fabiano em péssima fase, bateu de tornozelo. No final do primeiro tempo, quando o domínio lusitano era menos latente, veio o gol do time do Canindé em jogada de bola parada - um dos grandes vilões do São Paulo nesta temporada. No segundo tempo o São Paulo voltou com outra postura e com as linhas adiantadas; graças ao o incentivo da torcida que fazia grande barulho no Canindé. O garoto Lucas Evangelista, que até então fazia péssima partida, aplicou um lindo chapéu em Luis Ricardo, passou pelo zagueiro e colocou no cantinho direito de Lauro: 1x1. Dai em diante o tricolor foi todo ataque. Aloisio começou a infernizar a marcação de Rogério. Ali, aberto pelo direita, Aloisio conseguiu sofrer um pênalti claríssimo. Rogerio se apresentou para cobrança. Com sua tranquilidade habitual, ajeitou a bola, pensou no canto em que ia bater, mas Lauro defendeu. Que fase! O boneco Voodoo de Ney Franco seguia fazendo efeito. Paulo Autuori resolveu mexer no time: Ganso e Osvaldo nos lugares de Jadson e Fabricio. O São Paulo seguia no 4-2-3-1 com Lucas Evangelista atuando como volante ao lado de Wellignton, ao passo que Osvaldo seguia pela ponta esquerda com Ganso como armador. Guto Ferreira também mexeu na Lusa, colocando Correa no lugar de William Arão, assim Bruno Henrique foi recuado para primeiro volante e Correa foi atuar como meia direita. Aos poucos a Lusa foi quebrando o forte ritmo do São Paulo. Guto Ferreira ainda trocaria o centroavante Gilberto pelo jovem Bruno Moraes. A Lusa cresceu novamente na partida, sempre com Diogo infernizando Reinaldo. Eis que, quando o jogo caminhava para um empate, veio o bate e rebate, Lucas Evangelista rebateu como não se deve - para o meio da área - e Diogo anotou o segundo gol da Lusa. O São Paulo ainda teria uma chance de empatar. Ganso cobrou a falta, a bola cruzou toda a pequena área. Sim, a redonda entraria no gol não fosse "la mano de dios lusitana" de Aloisio Boi Bandido. Gol anulado e outra derrota consumada. O Martirio tricolor não tem fim. A pequena e barulhenta torcida da Lusa seguia gozando a maioria tricolor. Esta que deixava o Canindé incrédula com a fase jamais vista na historia do São Paulo. Na Marginal Tiete seguiam-se as gozações. Risadinha canalha dos policiais e os caminhoneiros corintianos que passavam buzinando com sorriso de Monalisa. Uma lata de cerveja voa sob o vidro, corre-corre, impotência, desespero. Quinta-feira tem mais sofrimento. O Atletico Paranaense esfrega as mãos...3 pontos garantidos?
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